Pessoal, corri a primeira corrida...
Etapa do Monte Zocolan do Giro. Estavam os tubarões todos na startlist. Eu controlava a Leopard.
Tenho a dizer que o jogo está bastante mais realista, salvo alguns pormenores. Mas vamos lá relatar a etapa.
A etapa começou bastante agitada, com ataques a surgir por todos os lados. Quanto a mim, estava apenas a tentar habituar-me ao novo sistema de manter no pelotão e dos ciclistas não passarem por cima uns dos outros. Demorou algum tempo a posicionar os meus ciclistas, pois agora, se o vosso ciclista ficar bloqueado no meio dos outros, garanto-vos que isso pode trazer graves consequências.
Entretanto, posso afirmar com toda a certeza que nos primeiros 30/40 kilometros houve mais de 50 ataques! E o mais engraçado é: o pelotão nunca os deixava ter mais de 2 minutos de avanço. Uns por vezes deixava-os fugir, mas como mais ataques partiam de trás, o pelotão reagia imediatamente e apanhava toda a gente.
Portanto, tentei fazer algo: tomei conta do pelotão e toca a puxar pelo povo. No sobe e desce em que iamos, fiquei admirado, pois pouca gente descolava. Mas os que descolavam, muitas vezes era por má colocação. Por exemplo, o Mollema, que mais tarde viria a fazer TOP 25 na etapa, descolou enquanto a minha equipa puxava, devido a estar na cauda do pelotão (que ia bastante alongado). Como ficou preso entre os sprinters que começavam a descolar (estavamos numa estrada muito estreita), teve que ficar para trás. Isto tudo para dizer, tenham cuidado como colocam os vossos ciclistas, porque basta vir uma estrada mais estreita e pode acabar logo a etapa ali para vocês.
Continuando, a uns 40 kms do Monte Crostis há um ataque do Richie Porte. Decidi contra atacar com o Fuglsang, para ver como o pelotão reagia.
Deixaram-nos ir.
Portanto, colaborando com o Porte, chegamos ao sopé do Monte Crostis com uma vantagem de 7 minutos para o pelotão, que continha nesta altura ainda mais de 160 unidades. Aí começou a festa.
O Monte Crostis, para além de íngreme, tem uma estrada estreitissima em quase toda a subida.
A Liquigas começou a puxar pelo pelotão e passado cerca de 2 quilómetros já estavam cerca de 80 unidades no pelotão, que ia bastante alongado nas estreitas passagens. A vantagem do duo da frente tinha descido para metade. Da minha equipa, o Gerdemann já tinha ficado para trás, mesmo sendo o 4º melhor trepador.
Qual a razão, podem perguntar vocês?
Mau posicionamento! Ele estava mais para trás no pelotão e ficou preso no pessoal que descolava. Obviamente que foi conseguindo progredir, desembaraçando-se dos ciclistas mais fracos que iam à sua frente, mas o certo é que a etapa acabou ali para ele, pois nunca mais conseguiu reentrar. No final da etapa, perdeu mais de 45 minutos... Penso já ter mostrado o que quero dizer acerca do posicionamento
Voltando ao grupo principal, também já Rujano, Cunego e Van den Broeck tinham descolado pela mesma razão.
Nessa altura, iamos a meio da subida, já só com cerca de 35 unidades no grupo principal e eis que o Menchov tenta fazer uma gracinha e puxa forte no pelotão a turnos com o Evans.
Resultado: Chegamos ao fim da subida e o duo já tinha sido apanhado e deixado para trás (nem consegui por o Fuglsang a fazer de aguadeiro, tal era o seu cansaço) e restavam apenas os melhores (cerca de 9 ou 10 unidades). Da minha equipa apenas restavam os irmãos Schleck.
A descida decorreu com normalidade e se eu já estava a adorar a montanha no novo jogo, o Monte Zocolan deixou-me verdadeiramente contente.
Mal atingimos as primeiras rampas, o Nibali começa a puxar forte para o Basso. Passados 2 kilometros o resultado era evidente. No grupo principal restavam apenas 6 corredores. O F.Schleck já tinha descolado, bem como o próprio Nibali (encostou completamente ao lado) e o Scarponi.
Foi então que decidi entrar em acção e puxar pelo grupo, mas estava um pouco receoso porque não tinha havido ataques e tanto quanto eu sabia, a IA não costuma ser tão "fria". Aqui me apercebi da beleza das etapas da montanha no PCM11. Parecia a etapa na vida real, como os resultados vão provar.
Os meus oponentes caiam a conta-gotas. Primeiro o Menchov descola, passado 1 kilometro descola o Sanchez e mais tarde o Evans. Pareceu-me bastante realista ver os ciclistas espalhados pela subida. Mesmo nos grupos que vinham atrasados, isto acontecia. Os ciclistas estavam completamente espalhados pela subida, nunca havendo grupos com mais que 4 ou 5 elementos e muitos ciclistas completamente isolados. Mas isto não invalida que houvesse gruppetto, pois ele existia com cerca de 80 unidades.
Em suma, foi uma grande subida e bastante realista, para meu prazer.
Voltando à frente da corrida, paguei o esforço e o Contador lança um ataque à Contador a cerca de 3 kilometros. Eu, mesmo com gel, bem tentei responder, bem como o Basso que ia connosco. A verdade é que foi daqueles ataques que não dá hipótese, ficamos completamente a pé...
Resultado, o Contador ganha (com quase 2 minutos de avanço!), o Basso conservou um pouco mais de energia para o final e ainda lançou um ataque ao qual não consegui responder no fim e eu fico em 3º. O resto dos ciclistas chegou a conta-gotas e apenas 117 ciclistas terminaram a etapa (que para mim foi o mais irrealista), ao ponto de gajos como o Tiago Machado (69 montanha??!) e o Sérgio Paulinho, com 71 de montanha, terem sido eliminados.
Mesmo assim, foi provavelmente das etapas que mais gozo me deu a fazer. Está a melhorar o PCM!
--------------------
Resultados finais:
Passei por aqui para ver opinioes sobre o jogao PCM 11, e digo'vos, prefiro estas diferenças e esta pica de tentar "bater" a serio os verdadeiros especialistas nas montanhas do que como estava no 2010. No 2010 consegui fazer top 30 com o cavendish numa etapa de montanha, fazendo toda a etapa protecçao, com um colega de equipa...
Esta IA está muito fixe, mesmo que quase 2 minutos para o 3º lugar seja um exagero, mas torna o jogo mais competitivo.