80ª Volta a Portugal a Bicicleta (1 a 12 de Agosto de 2018)

Thierry Henry

Etapas:
Prólogo: 1 de Agosto – Setúbal (1.8Km)
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1ªetapa: 2 de Agosto – Alcácer do Sal – Albufeira (191.8km)
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2ªetapa: 3 de Agosto – Beja – Portalegre (195.3km)
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3ªetapa: 4 de Agosto – Sertã – Oliveira do Hospital (175.9km)
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4ªetapa: 5 de Agosto – Guarda – Penhas da Saúde (171.4km)
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5ªetapa: 6 de Agosto – Sabugal – Viseu (191.7km)
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Descanso

6ªetapa: 8 de Agosto – Sernancelhe – Boticas (165.4km)
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7ªetapa: 9 de Agosto – Montalegre – Viana do Castelo - Stª Luzia (165.5km)
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8ªetapa: 10 de Agosto – Barcelos – Braga (147.6km)
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9ªetapa: 11 de Agosto – Felgueiras – Mondim de Basto - Srª Graça (155.2km)
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10ªetapa: 12 de Agosto– Fafe- Fafe (CRI) (17.3km)
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Equipas:

W52-FC Porto

1 Raúl Alarcón

2 Ricardo Mestre

3 César Fonte

4 António Carvalho

5 Rui Vinhas

6 João Rodrigues

7 Gustavo Veloso

WB Aqua Protect Veranclassic

11 Eliot Lietaer

12 Julien Stassen

13 Franklin Six

14 Ludovic Robeet

15 Antoine Warnier

16 Christophe Masson

17 Thomas Deruette

Israel Cycling Academy

21 Awet Gebremedhin

22 José Manuel Diaz

23 Omer Goldstein

24 Nathan Earle

25 Matteo Badilatti

26 Guy Niv

27 Ben Perry

Team Sapura Cycling

31 Muhammad Azman

32 Akmal Hakim Zakaria

33 Jesse Ewart

34 Mario Vogt

35 Muhsin Al Redha Misbah

36 Victor Niño

37 Wilmar Perez Munoz

Euskadi Basque Country-Murias

41 Fernando Barcelo

42 Aitor Gonzalez

43 Oscar Rodriguez

44 Sergio Samitier

45 Enrique Sanz

46 Beñat Txoperena

47 Gotzon Udondo

Team Ecuador

51 Byron Guama

52 Anderson Lopez

53 Cristian Bolaños

55 Jimmy Narvez

56 Alexis Moya

57 Wilson Criollo

Caja Rural-Seguros RGA

61 Joaquim Silva

62 Josu Zabala

63 Cristian Rodríguez

64 Rafael Reis

65 Antonio Molina

66 Jon Irisarri

67 Danilo Celano

Team Coop

71 Hakon Aalrust

72 Louis Bendixen

73 Anton Tunset

74 Krister Hagen

75 Øivind Lukkedahl

76 Trond Trondsen

77 Fredrik Ludvigsson

Team Differdange Losch

81 Olivier Pardini

82 Ivan Centrone

83 Samuel Mobberley

84 Maxim Rusnac

85 Josh Teasdale

86 Larry Valvasori

87 Laurin Winter

Sporting-Tavira

91 Jóni Brandão

92 Alejandro Marque

93 Alvaro Trueba

94 Mario Gonzalez

95 Frederico Figueiredo

96 Alexander Grigoryev

97 Rinaldo Nocentini

Aviludo-Louletano-Uli

101 Vicente Garcia de Mateos

102 Luís Mendonça

103 Oscar Hernandez

104 Luís Fernandes

105 David de la Fuente

106 Márcio Barbosa

107 Rui Rodrigues

Amore & Vita-Prodir

111 Pierpaolo Ficara

112 Kristian Yustre

113 Mirko Trosino

114 Viesturs Luksevics

115 Nika Iltjan

116 Maris Bogdanovics

117 Colin Stussi

Efapel

121 Sérgio Paulinho

122 Daniel Mestre

123 Rafael Silva

124 Henrrique Casimiro

125 Marcos Jurado

126 Bruno Silva

127 Jesús del Pino

Vito-Feirense-BlackJack

131 Edgar Pinto

132 Hugo Sancho

133 Luís Afonso

134 Ricardo Vale

135 João Matias

136 Soufiane Haddi

137 Xuban Errazkin

Rádio Popular-Boavista

141 Domingos Gonçalves

142 Daniel Silva

143 David Rodrigues

144 Luis Gomes

145 Oscar Pelegri

146 Filipe Cardoso

147 João Benta

MSTina Focus

151 Emil Dima

152 Mattia Marcelli

154 Andrea Ruscetta

155 Raul-Antonio Ainza

156 Riccardo Stacchiotti

157 Federico Zurlo

Miranda-Mortágua

161 António Barbio

162 Nuno Meireles

163 Hugo Nunes

164 Jorge Magalhães

165 Francisco Campos

166 Gonçalo Carvalho

167 Pedro Teixeira

Liberty Seguros-Carglass

171 André Carvalho

172 César Martingil

173 Gaspar Gonçalves

174 Rafael Lourenço

175 Venceslau Fernandes

176 Carlos Cobos

177 Samuel Blanco

LA Alumínios

181 Nuno Almeida

182 Gonçalo Leaça

183 David Ribeiro

184 Fábio Oliveira

185 Paulo Silva

186 Patrick Videira

187 João Fernandes

Edição 2017:
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1. ALARCON Raul (W52 - FC Porto) 41:46:14
2. ANTUNES Amaro (W52 - FC Porto) +1:23
3. GARCIA DE MATEOS Vicente (Louletano - Hospital de Loulé) +5:25
4. NOCENTINI Rinaldo (Sporting Clube de Portugal - Tavira)+5:54
5. MARQUE Alejandro (Sporting Clube de Portugal - Tavira) +7:10
6. CARVALHO Antonio (W52 - FC Porto) +7:25
7. BENTA Joao (Radio Popular Boavista) +7:54
8. CASIMIRO Henrique (Efapel) +8:11
9. PAULINHO Sérgio (Efapel) +8:36
10. NEILANDS Krists (Israel Cycling Academy) +9:35

Palmarés
1927

Augusto Carvalho (Carcavelos)
-
2000

Vítor Gamito (Porta da Ravessa)
2001

Fabian Jeker (Milaneza/MSS)
2002

Claus Moller (Milaneza/MSS)
2003

Nuno Ribeiro (La-Pecol)
2004

David Bernabeu (Milaneza/Maia)
2005

Vladimir Efimkin (Team Barloworld)
2006

David Blanco (Comunitat Valenciana)
2007

Xavier Tondo (LA/MSS)
2008

David Blanco (Palmeiras Resort – Tavira)
2009

David Blanco (Palmeiras Resort-Prio-Tavira)
2010

David Blanco (Palmeiras Resort-Prio)
2011

Ricardo Mestre (Tavira-Prio)
2012

David Blanco (Efapel-Glassdrive)
2013

Alejandro Marque (OFM – Quinta da Lixa)
2014

Gustavo Cesar Veloso (OFM - Quinta da Lixa)
2015

Gustavo Cesar Veloso (W52 - Quinta da Lixa)
2016

Rui Vinhas (W52 - FC Porto)
2017

Raul Alarcon (W52 - FC Porto)

Equipas:
1927

Carcavelos
-
2000

LA-Pecol
2001

Porta da Ravessa
2002

Milaneza-MSS
2003

Milaneza-MSS
2004

Milaneza-Maia
2005

Comunitat Valenciana
2006

LA Alumínios-Liberty Seguros
2007

Liberty Seguros
2008

Liberty Seguros
2009

Palmeiras Resort-Prio-Tavira
2010

Barbot-Siper
2011

Tavira-Prio
2012

Efapel-Glassdrive
2013

Efapel-Glassdrive
2014

OFM - Quinta da Lixa
2015

W52 - Quinta da Lixa
2016

W52 - FC Porto
2017

W52 - FC Porto

Pontos:
1955

Alves Barbosa (Sangalhos)
-
2001

Salvatore Commesso (Saeco)
2002

Angel Edo (Milaneza\MSS)
2003

Cândido Barbosa (L.A. Pecol)
2004

Cândido Barbosa (L.A. Pecol)
2005

Cândido Barbosa (LA Aluminios)
2006

Cândido Barbosa (LA Aluminios-Liberty Seguros)
2007

Cândido Barbosa (Liberty Seguros)
2008

Francisco Pacheco (Barbot-Siper)
2009

Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio-Tavira)
2010

Sérgio Ribeiro (Barbot-Siper)
2011

Sérgio Ribeiro (Barbot-Efapel)
2012

Reinardt Janse Van Rensburg (MTN-Qhubeka)
2013

Manuel Cardoso (Caja Rural)
2014

Davide Vigano (Caja Rural)
2015

Gustavo Cesar Veloso (W52 - Quinta da Lixa)
2016

Gustavo Cesar Veloso (W52 - FC Porto)
2017

Vicente Garcia de Mateos (Louletano - Hospital de Loulé)

Montanha:
1935

Filipe Melo (Carcavelos)
-
2001

Pedro Martins (Gresco-Tavira)
2002

Gonçalo Amorim (Milaneza/MSS)
2003

Rui Lavarinhas (Milaneza/MSS)
2004

David Arroyo (LA Pecol)
2005

Krasimir Vasilev (Duja-Tavira)
2006

Ricardo Mestre (Duja-Tavira)
2007

André Cardoso (Fercase/Rota Dos Moveis)
2008

Rui Sousa (Liberty Seguros)
2009

Sérgio Sousa (Madeinox-Boavista)
2010

David Blanco (Palmeiras Resort-Prio)
2011

Fabricio Ferrari (Caja Rural)
2012

Rui Sousa (Efapel-Glassdrive)
2013

Márcio Barbosa (LA Alumínios-Antarte)
2014

António Carvalho (LA Alumínios - Antarte)
2015

Bruno Silva (LA Alumínios - Antarte)
2016

Jóni Brandão (Efapel)
2017

Amaro Antunes (W52 - FC Porto)

Juventude:
1982

Manuel Zeferino (FC Porto-UBP)
-
2000

Juan Mercado (Vitalicio Seguros)
2003

Rui Pinto (Milaneza-MSS Barbot-Torrié)
2004

David Arroyo (LA Pecol)
2005

Vladimir Efimkin (Team Barloworld)
2006

Ricardo Mestre (Duja Tavira)
2007

Tiago Machado (Riberalves-Boavista)
2008

Tiago Machado (Madeinox–Boavista)
2009

Tiago Machado (Madeinox-Boavista)
2010

Alfredo Balloni (Lampre - Farnese Vini)
2011

Garikoitz Bravo (Caja Rural)
2012

David De La Cruz (Caja Rural)
2013

Vladislav Gorbunov (Astana Continental)
2014

David Rodrigues (Selecção Nacional)
2015

Alexander Rybalkin (Lokosphink)
2016

Alexander Vdovin (Lokosphinx)
2017

Krists Neilands (Israel Cycling Academy)

tozequio

Edição 2018 - Análise
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Percurso:

Prólogo, 1 de Agosto: Setúbal - Setúbal, contra-relógio individual, 1.8 km
- A Volta a Portugal arranca em Setúbal, nas margens do Rio Sado! Desde o ano de 2007 que a Volta arranca com um prólogo. A 80ª Edição da maior prova do calendário nacional não será excepção, já que os ciclistas terão pela frente um esforço individual contra o cronómetro numa extensão de apenas 1800 metros que, por isso, não deverá fazer diferenças importantes e servirá, essencialmente, como forma de apresentação dos ciclistas aos adeptos. O percurso é totalmente plano, e é efectuado quase sempre junto ao rio e estuário do Sado, o que deverá proporcionar imagens fantásticas da cidade de Setúbal, do rio, estuário e das zonas envolventes. Apenas existirão 2 curvas, pelo que não deverá existir grande risco de queda, e os ciclistas poderão aproveitar para fazer quase um sprint até à meta. Aliás, não é de descurar que possa ser um ciclista rápido o primeiro camisola amarela da Volta a Portugal. Apesar da curta extensão do contra-relógio, não será de admirar que os menos aptos para o esforço individual possam perder já alguns segundos que, mesmo podendo não ser significativos, possam ter um impacto para o resto da Volta. Este é o primeiro aperitivo para o que se espera ser uma grande corrida!

1ªetapa, 2 de Agosto: Alcácer do Sal - Albufeira, etapa plana, 191.8 km
- A primeira etapa em linha da Volta a Portugal reserva aos ciclistas uma longa ligação entre Alcácer do Sal e a cidade de Albufeira, num regresso muito saudado ao Algarve, que já não acolhia a caravana da Volta desde 2008. Em termos orográficos a tirada parece não apresentar grandes dificuldades, contendo apenas 3 contagens de montanha de 4ªcategoria, que deverão servir para lançar a batalha pela camisola da montanha. O pelotão deverá enfrentar, como habitualmente, temperaturas elevadas na travessia pelo Alentejo, apesar desta não ser feita demasiadamente longe da costa. Se o vento soprar este poderá ser um factor a ter em conta durante os mais de 190 quilómetros da jornada. Será previsível que uma escapada marque a maior parte do dia, porém o reduzido número de etapas destinadas a sprinters deverá levar a que as equipas com os ciclistas mais rápidos tentem controlar a corrida, de forma a que a tirada seja disputada num sprint. Porém é de ter em conta que o final em Albufeira não é fácil, sendo já bastante conhecido da Volta ao Algarve. Uma subida de cerca de 600 metros a 5% aguarda o pelotão, já dentro do quilómetro e meio, e esta zona pode ser propícia a um ataque que se revele decisivo no desfecho da etapa. Esta é uma tirada aberta a múltiplos cenários. Fuga, sprint, ou ataque no último quilómetro?

2ªetapa, 3 de Agosto: Beja – Portalegre, etapa plana, 195.3 km
- A ausência de qualquer subida categorizada poderia indiciar que este seria um dia fácil para os ciclistas, ainda a entrarem no ritmo desta Volta. Tudo menos correcto! O pelotão vai partir da cidade de Beja, numa etapa que se prevê no mínimo escaldante, pelo menos em termos de temperatura. Os mais de 40ºC que aguardam o pelotão poderão eventualmente deixar as suas marcas, aliados aos mais de 200 quilómetros de extensão da etapa, que é a mais longa desta edição da Volta. Como se isso não bastasse irão atravessar uma zona relativamente exposta no Alentejo, que pode ser aproveitada em caso de vento para provocar o caos no pelotão. Os blocos terão de estar atentos e posicionar os seus líderes, isto se não quiserem perder desde já as aspirações a lutar por um lugar de destaque na classificação final da Volta. Apesar da ausência de qualquer contagem de montanha o terreno é algo ondulado, e mais ainda vai ficar na aproximação à meta em Portalegre, que é quase sempre em ligeira subida. Mas o penúltimo quilómetro não terá nada de ligeiro, já que terá uma inclinação próxima dos 6%, e poderá ser palco de ataques para a vitória na etapa. O derradeiro quilómetro é em ligeira descida e será por isso muito rápido, apesar de algumas curvas. Quem mais arriscar poderá sair a ganhar no final do dia.

3ªetapa, 4 de Agosto: Sertã - Oliveira do Hospital, etapa acidentada, 175.9 km
- A Volta continua a subir no mapa, mas o calor não deverá diminuir de forma significativa, e será o elemento comum que acompanhará o pelotão em mais uma jornada. A etapa parte da Sertã e apresenta um percurso que visa homenagear as populações que foram vítimas dos terríveis incêndios de 2017, com passagens por Pedrógão Grande e Castanheira de Pêra, entre muitos outros locais afectados. Em termos desportivos este será um dia extremamente interessante, já que o percurso é de um sobe e desce quase constante. O primeiro terço da etapa é talvez o mais simples, mas tudo começa a dificultar-se na subida para a Serra da Lousã, que constitui a primeira contagem de 2ªcategoria desta Volta. Depois de uma longa descida para a Lousã os ciclistas terão pela frente uma contagem de montanha de 3ªcategoria, seguida de uma interminável face de terreno acidentado até que, a menos de 12 quilómetros, surge uma contagem de montanha de 4ªcategoria, encadeada com uma outra subida de 3ªcategoria, apenas 5 quilómetros depois, e a menos de 7 quilómetros da linha de chegada. É bem provável que existam movimentações importantes entre os candidatos à geral nesta fase da etapa. Como se isso não bastasse, os últimos 600 metros são a cerca de 5% de inclinação. Os favoritos terão de estar atentos, e poderá ser um deles a erguer os braços em Oliveira do Hospital.

4ªetapa, 5 de Agosto: Guarda - Covilhã (Penhas da Saúdea), etapa de montanha, chegada em alto, 171.4 km
- Chega um dos dias mais aguardados de qualquer edição da Volta a Portugal, com a etapa da Serra da Estrela! O pelotão arranca da Guarda para uma das mais duras etapas da competição. No entanto o primeiro terço da etapa será certamente percorrido a grande velocidade, uma vez que é quase sempre em descida ou plano, com a excepção de uma ligeira subida para Gouveia. No entanto a acção estará reservada para alguns quilómetros mais à frente, quando os ciclistas começarem, via Seia, para a Torre, naquela que é a primeira contagem de categoria especial da etapa e da Volta. Esta é uma ascensão clássica, e já por várias vezes repetida nas últimas voltas, com uns intermináveis 30 quilómetros a cerca de 5% de inclinação média, que é bastante diminuída pela descida no Sabugueiro e os quilómetros finais, já quase em falso plano. Foi aqui que em 2017 a W52 conseguiu eliminar a concorrência e partir para a vitória final. No entanto, depois dos ciclistas ultrapassarem Manteigas, a etapa segue um rumo diferente ao dos últimos anos. Pela frente ainda haverá que ultrapassar a contagem de montanha de 3ªcategoria no Sarzedo, que servirá como aquecimento para o grande momento da etapa, que terminará nas Penhas da Saúde, depois de mais uma subida de categoria especial! A ascensão inicia-se na Covilhã, e os 12.2 km a 7.6% de inclinação média irão certamente fazer uma enorme selecção, e provocar diferenças importantes na geral. A decisão da Volta a Portugal começa a desenhar-se aqui.

5ªetapa, 6 de Agosto: Sabugal – Viseu, etapa plana, 191.7 km
- Depois de um dos dias mais importantes da corrida, chega aquele que poderá ser o dia mais apetecível para que os velocistas possam brilhar. O pelotão arranca do Sabugal, em plena Beira Interior. Apesar de toda a tirada se disputar entre serras e montanhas, o dia apresenta apenas duas contagens de montanha de terceira categoria, que não deverão criar grandes problemas, mesmo aos ciclistas que passam pior nos terrenos montanhosos. A última subida situa-se a cerca de 80 quilómetros da meta, não devendo por isso ter qualquer impacto no desfecho final da tirada. No entanto, e com as diferenças já estabelecidas na geral, especialmente na véspera, existirão certamente muitos ciclistas com liberdade para se escaparem, e tentarem uma vitória em fuga. As equipas dos velocistas e homens rápidos certamente tudo farão para controlar a corrida, naquela que é uma oportunidade de ouro para a vitória de etapa. A aproximação aos quilómetros finais deverá ser feita em alta velocidade, uma vez que é em ligeira descida. O final de etapa é em Viseu, cidade que acolheu em 2017 o contra-relógio final da Volta. Da última vez que aqui terminou uma etapa em linha, no ano de 2016, foi o louletano Vicente Garcia de Mateos a levar a melhor na linha de meta. Poderá a história repetir-se?

7 de Agosto – dia de descanso: Viseu (Etapa da Volta)

6ªetapa, 8 de Agosto: Sernancelhe - Boticas, etapa acidentada, 165.4 km
- Recarregadas as baterias, o pelotão da Volta terá pela frente a segunda metade da competição, numa jornada que tem um final inédito, e que poderá propiciar grande espectáculo. A pequena vila de Sernancelhe acolhe a partida da jornada, num dia de grande beleza e variedade paisagística, já que a caravana irá sair da Beira Alta, atravessar as fabulosas encostas do Douro, e terminar em Trás-os-Montes, onde se jogará a fase decisiva. Apesar de “apenas” 4 subidas categorizadas, este é um dia com um desnível assinalável, e que deverá criar grande desgaste nos ciclistas. Depois de ultrapassar Lamego, o Rio Douro, e a Régua, o pelotão enfrenta 2 contagens de montanha de terceira categoria ainda antes da passagem por Vila Real. A partir daí é quase sempre em ligeira subida até Vila Pouca de Aguiar, para depois se descer rapidamente até à última meta volante em Vidago. É aqui que tudo deverá começar a acontecer. A subida para Pinho, de 3ªcategoria, tem mais de 7 quilómetros, mas a inclinação média não ultrapassa os 4%. Mas o “melhor” ainda estará para vir, já que logo de seguida, e pouco depois da primeira passagem pela meta, o pelotão (ou o que restar dele) enfrenta a duríssima subida de primeira categoria para Torneios. São 5 quilómetros a 10% de inclinação média, e os candidatos à geral terão necessariamente de estar à altura dos acontecimentos. O topo da subida situa-se a 17 quilómetros da meta, e a partir daí é quase sempre a descer até à meta, com a excepção de uma ligeira subida não categorizada. Será certamente um grupo muito seleccionado a lutar pela vitória em Boticas.

7ªetapa, 9 de Agosto: Montalegre – Viana do Castelo (Santa Luzia), etapa acidentada, chegada em alto, 165.5 km
- O sétimo dia de competição reserva-nos mais uma chegada que se tem tornado clássica nos últimos anos, com o final no Santuário de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Mas antes disso ainda há uma etapa com mais de 160 quilómetros a percorrer, e que conta como única dificuldade prévia o Alto de Covide, situado a ainda 80 quilómetros da meta. O início da tirada deverá ser extremamente rápido já que os ciclistas partem a mais de 1000 metros de altitude, em Montalegre, baixando progressivamente até aos 150 metros de altitude, quando começarem a subida para Covide. Esta poderá ser mais uma oportunidade para uma fuga ser bem sucedida, já que depois do desgaste da véspera, e com as diferenças acentuadas na classificação geral, o pelotão poderá deixar um grupo de escapados a discutir a vitória na subida para Santa Luzia. Se assim não for, tudo ficará para decidir entre os homens da geral e os sprinters que melhor passarem o pavé da subida final, cujo nível de exigência não costuma ser o suficiente para causar grandes estragos a nível da classificação geral. No ano passado foi Gustavo Veloso o vencedor da etapa, mas ciclistas como Vicente Garcia de Mateos, Daniel Mestre e Krists Neilands a chegarem nos lugares seguintes. Um grupo de 12 unidades fechou com o mesmo tempo do vencedor. Apesar das diferenças de tempo não serem grandes, o posicionamento é essencial para evitar a perda de segundos que podem vir a ser preciosos na discussão pela geral.

8ªetapa, 10 de Agosto: Barcelos – Braga, etapa acidentada, 147.6 km
- O coração do Minho acolhe a 8ªetapa da Volta a Portugal, numa ligação relativamente curta, que não chega aos 150 quilómetros, entre Barcelos e a Braga. A cidade dos arcebispos acolhe pela terceira vez em 5 anos uma chegada da Volta. Esta não parece ser, aparentemente, uma tirada demasiadamente exigente, no entanto o final, apesar de bem conhecido do pelotão português, pode deixar de fora alguns dos eventuais candidatos à etapa. Nos primeiros 100 quilómetros da etapa, e apesar de algum sobe e desce, há apenas a relevar a subida para Portela do Vade, de terceira categoria. Depois da passagem por Amares os ciclistas enfrentam a ascensão para Geraz do Minho, e será a partir daí, e já depois de ultrapassarem a Póvoa do Lanhoso, que os ciclistas enfrentarão a primeira subida para o Sameiro, que será de apenas terceira categoria. A subida apresenta quase 13 quilómetros de extensão, mas não chega aos 3% de inclinação média. Depois de coroado o topo os ciclistas descem pela Falperra até à primeira passagem pela meta, e fazem nova subida ao Sameiro, desta vez pela vertente mais tradicional, com cerca de 5 quilómetros a quase 7% de inclinação. Dependendo do ritmo a que for feita a subida final, situada a 8 quilómetros da meta, o desfecho da etapa poderá tender para um ciclista da geral ou até um sprinter, como se verificou em 2014 com a vitória de Davide Vigano, e em 2016, quando Daniel Mestre foi quem ergueu os braços na linha de meta.

9ªetapa, 11 de Agosto, Felgueiras – Mondim de Basto (Senhora da Graça), etapa de montanha, chegada em alto, 155.4 km
- Este é talvez o dia mais tradicional e aguardado pela grande maioria dos adeptos de ciclismo em Portugal, já que é dia da mítica chegada à Senhora da Graça! Longe vão os tempos do paralelo que antigamente caracterizava a subida, mas a dureza continua lá. O início da etapa será dado em Felgueiras, e a primeira metade da etapa não apresenta qualquer dificuldade montanhosa, apesar do terreno “torto”, tão típico do norte do país. Mas as grandes dificuldades arrancam com a subida para o Alto da Barra (também conhecido como Alto do Velão ou Alto de Campanhó) que, com os seus 13 quilómetros a quase 6% de inclinação média, irá criar uma primeira selecção. Logo após rápida descida e segue-se a inédita subida para o Barreiro, na Serra do Alvão, com 10 quilómetros a 6.5% de inclinação. Depois existe uma viragem para a esquerda, onde vão coincidir com a estrada que vem da mais tradicional subida para a Barragem do Alvão, e rápida aproximação a Mondim de Basto, com a abordagem à fantástica subida da Senhora da Graça, com 8200 metros sempre em subida até ao topo do Monte Farinha, a uma inclinação média de 7.7%. Espera-se que as habituais multidões voltem a ladear a estrada até porque, ao contrário do que aconteceu em 2017, a etapa regressa a um dia de fim-de-semana, o que deverá atrair mais público. Esta é a última oportunidade para os trepadores fazerem a diferença na Volta! Nos últimos 2 anos a W52-FC Porto tem sido a rainha da Senhora da Graça. Poderá este ano a história ser distinta?

10ªetapa, 12 de Agosto, Fafe – Fafe, contra-relógio individual, 17.3 km
- Estamos no dia de todas as decisões da 80ª Edição da Volta a Portugal em Bicicleta! Tudo o que ainda há por decidir ficará decidido em Fafe, pela primeira vez na história. O último dia reserva-nos o contra-relógio mais longo desta edição da Volta, mas ainda assim o mais curto (se compararmos os contra-relógios mais longos de cada edição) desde os anos 50, com apenas 17,3 quilómetros. Não é um contra-relógio totalmente plano, mas não apresenta subidas de relevo, pelo que será um esforço mais adaptado aos especialistas no exercício individual contra o cronómetro, o que poderá prejudicar os ciclistas mais leves e menos adaptados. Contudo, o peso dos 10 dias de competição irá certamente influenciar o resultado final deste dia e, por sua vez, o desfecho final da Volta a Portugal. Os ciclistas mais frescos poderão minimizar as perdas e, quem sabe, surpreender positivamente na luta por um lugar de destaque na classificação geral final. Da última vez que Fafe recebeu um contra-relógio individual este disputou-se precisamente no início da Volta, em 2014, com vitória de Victor de la Parte, com uma escassa vantagem de 4 segundos sobre Gustavo Veloso, e 10 segundos sobre Luis León Sanchez, numa Volta que teve como vencedor final Gustavo Veloso. Teremos novamente domínio espanhol no Salão de Visitas do Minho?

Davide

tozequio Escreveu:

Finalmente alguma informação. Já não era sem tempo. Aproveitei e criei o tópico, já que creio que o justifica, para começarmos já a discutir o percurso da Volta assim como toda a envolvente em torno da prova.

Será que vamos ter Senhora da Graça na véspera do final em Fafe? Geograficamente faria todo o sentido...

Mais rápido acaba na Guarda e vai para Fafe.

Assim sendo suponho que tenhamos partida em Lisboa e dia de descanso em Viseu.

Jbtour

Este ano é o sonho do Joaquim Gomes, com tantas equipas nacionais só tem necessidade de trazer 9 formações de qualidade duvidosa. :mrgreen:

Davide

Afinal já há varias coisas a saber da VAP.
http://jornalciclismo.com/?p=47602

Espero que a etapa de Portalegre tenha um final durinho, como vimos na Volta ao Alentejo.

Jbtour

https://www.tarteletto-isorex.be/2018/04/10/10-04-18-tarteletto-isorex-maakt-zich-klaar-voor-volta-a-portugal/

Se traduzirem a equipa Tarteletto - Isorex afirma que vai estar na Volta a Portugal e que podemos acompanhar a prova no Eurosport :shock:

(se o Google tradutor não me falha).

Pengo · **Registado:** 31 Jul 2011, 20:42 **Mensagens:** 13703 **Localização:** Leiria

Jbtour Escreveu:

https://www.tarteletto-isorex.be/2018/04/10/10-04-18-tarteletto-isorex-maakt-zich-klaar-voor-volta-a-portugal/

Se traduzirem a equipa Tarteletto - Isorex afirma que vai estar na Volta a Portugal e que podemos acompanhar a prova no Eurosport :shock:

(se o Google tradutor não me falha).

Equipa de craques....como o Joaquim gosta.

tozequio

Jbtour Escreveu:

https://www.tarteletto-isorex.be/2018/04/10/10-04-18-tarteletto-isorex-maakt-zich-klaar-voor-volta-a-portugal/

Se traduzirem a equipa Tarteletto - Isorex afirma que vai estar na Volta a Portugal e que podemos acompanhar a prova no Eurosport :shock:

(se o Google tradutor não me falha).

Disseram aos belgas que havia transmissão televisiva, e eles lá acharem que era no Eurosport.

vem_castro · **Registado:** 14 Jul 2009, 00:10 **Mensagens:** 1726

Pengo Escreveu:

Jbtour Escreveu:

https://www.tarteletto-isorex.be/2018/04/10/10-04-18-tarteletto-isorex-maakt-zich-klaar-voor-volta-a-portugal/

Se traduzirem a equipa Tarteletto - Isorex afirma que vai estar na Volta a Portugal e que podemos acompanhar a prova no Eurosport :shock:

(se o Google tradutor não me falha).

Equipa de craques....como o Joaquim gosta.

Não é brilhante, mas quem nos dera que esta fosse a equipa mais fraca a vir cá correr.

Pengo · **Registado:** 31 Jul 2011, 20:42 **Mensagens:** 13703 **Localização:** Leiria

vem_castro Escreveu:

Pengo Escreveu:

Jbtour Escreveu:

https://www.tarteletto-isorex.be/2018/04/10/10-04-18-tarteletto-isorex-maakt-zich-klaar-voor-volta-a-portugal/

Se traduzirem a equipa Tarteletto - Isorex afirma que vai estar na Volta a Portugal e que podemos acompanhar a prova no Eurosport :shock:

(se o Google tradutor não me falha).

Equipa de craques....como o Joaquim gosta.

Não é brilhante, mas quem nos dera que esta fosse a equipa mais fraca a vir cá correr.

Não posso falar enquanto não souber quem são as outras.

Jbtour

Calma meus caros, aposto que a organização já está a trabalhar na presença da Inteja, Team Ecuador, Amore & Vita - Prodir e Start - Gusto Cycling Team. :mrgreen:

Walter Morgan · **Registado:** 14 Jul 2009, 21:07 **Mensagens:** 13328

A Volta a Portugal deste ano apresenta como grande novidade, o regresso ao maciço das Penhas da Saúde, uma partida inédita, de Sernancelhe, o regresso ao Algarve , e sem as duas grandes cidades, Lisboa e Porto no seu mapa.

Vejamos as etapas :

Dia 1 – Prólogo em Setúbal.

Dia 2 – Alcácer do Sal – Albufeira.

Dia 3 – Beja – Portalegre .

Dia 4 – Sertã – O. Hospital.

Dia 5 – Guarda – Penhas da Saúde.

Dia 6 – Sabugal – Viseu.

Dia 7 – descanso VIseu.

Dia 8 – Sernancelhe – Boticas.

Dia 9 – Montalegre – Viana do Castelo (Sª Luzia)

Dia 10 – Barcelos – Braga.

Dia 11 – Felgeuiras – Sª Graça

Dia 12 – Fafe- Fafe – C/RI

Uma Volta dificial, faltando saber, por exemplo, em Portalegre se a tirada acaba por Cabeço de Mouro.

A etapa das Penhas da Saúde, passa pela Torre ( via Seia), desce para Manteigas, para terminar nas Penhas da Saúde, podendo ser considerada a rainha da prova.

Etapa que se aparenta difícil é a ligação Sernancelhe – Boticas, com a entrada da região do Douro. Em Viana do Castelo tudo indica que a chegada será localizada no alto de Santa Luzia, enquanto na chegada a Braga a subida do Sameiro antecede a chegada à cidade dos arcebispos.

Depois é a chegada à Senhora da Graça, para a Volta terminar bem perto, no dia seguinte, em Fafe com um C/RI.

Uma Volta diferente, ao que tudo o indica bem mais atraente do ponto de vista competitivo.

Fonte: Jornal Ciclismo

Hugo Contador · **Registado:** 26 Fev 2009, 13:03 **Mensagens:** 24723

F0dasse bem que já estava na hora da chegada ás Penhas da Saúde ,crl. :mrgreen:

Thierry Henry

Bah, a Volta vai estar no sul quando eu estou no norte e no norte quando estou no sul.

A ver se arranjo forma de ir ver uma chegada.

Davide

A chegada a Viseu e partindo do Sabugal podiam fazer ali umas brincadeiras, tipo uma subida à Torre a meio para rebentar a coisa. :lol:

Boticas também tem lá uma subida bem dura às portas da cidade, que se usou na VAP do Futuro no ano em que ganharam os colombianos e dava para fazer um daqueles finais estilo Volta ao País Basco.

80ª Volta a Portugal a Bicicleta (1 a 12 de Agosto de 2018)

Quem está ligado: