Davide Escreveu:
A verdade é que há muitas subidas duras, a questão é também uma: vais fazer uma subida para o meio do nada? E mesmo que termines na cidade, Melgaço tem €€ para uma chegada (ou interesse). Falou-se aí no Alto Minho, mas só Viana tem dinheiro para pagar pela Volta.
Dava para investir por exemplo num dia como hoje, chegada a Braga e ter um bloco bom em algumas subidas do Gerês, ainda assim a mais dura e perto de Braga (Santa Isabel, Subida dos Porcos, como lhe quiserem chamar) que depois teria a subida das Cerdeirinhas (habitaualmente denominada Caniçada na VAP) ainda fica relativamente longe de Braga. Desde o fim da subida de Caniçada até ao início da subida do Sameiro são 25kms rolantes, as subidas só serviriam de desgaste, nunca para ataques de longe.
Uma combinação que sempre foi mal explorada, e essa está ali à mão se semear é Viso + Fafe, em 2017 quando ganhou o Rui Sousa fizeram uma versão soft porque depois se meteram a dar voltinhas e ainda juntou muita gente. Mas Viso e logo de seguida para Fafe é uma solução fácil e que não percebo não usarem.
Das n vezes que já discutimos isto aqui chegamos sempre à mesma conclusão: há boas subidas mas não há dinheiro para passar lá porque quem paga a VaP são as câmaras. Ainda assim acho que com alguma imaginação (como os exemplos que deste) podiam fazer alguma coisa diferente. E com algum esforço podiam fazer como em Miranda do Corvo para haver alternativas. Não me acredito que Mondim pague assim tanto para ter a Volta por exemplo. Parece-me é que não há esforço nenhum para tentar alternativas e é usar os tracks de uns anos para os outros (a repetição de etapas este ano foi ridícula).
Em relação a terminar no meio do nada, temos visto isso a acontecer ano após ano em Espanha onde andam a asfaltar estradas de propósito para a corrida e é uma prova que tem feito o seu caminho e está cada vez mais interessante. Eu continuo a achar que a VaP tinha mais em ganhar em vender um produto atrativo e com espectáculo do que andar a chular câmaras. Dá é muito trabalho e o ciclismo em Portugal resume-se a seguir o caminho mais fácil.
Ah e também não percebo não pegarem mais no Viso, mesmo quando estava na etapa da Sra. da Graça era uma etapa muito mais interessante. Ou então é só saudosismo da minha parte