CandidoBarbosaPT Escreveu:
O Contador nunca tinha atacado o Armstrong, o Landa nunca teria atacado o Aru, etc. Há ciclistas que têm uma certa fibra e outros que se prestam a estes fretes. Penso que é óbvio quais são os que merecem a minha simpatia. Todos acham normal o Frederico Figueiredo atacar o líder, que envergava a camisola amarela, na chegada ao Observatório de Miranda do Corvo, ao mesmo tempo que defendem a situação do Frederico Figueiredo, sendo ele o camisola amarela, não atacar, sabendo que não tem vantagem suficiente para o contrarrelógio, por ordens da equipa? Eu até percebia se o Mauricio Moreira fosse alguém com um certo estatuto que já tivesse vencido a competição por várias vezes e há um outro respeito, mas nesse caso, o Frederico não tinha andado a atacar nas outras chegadas em alto, certamente.
O Frederico foi embora no Observatório porque os adverários mais fortes estavam com ele e o Mauricio nâo estava com pernas para os acompanhar. Hoje a situação foi diferente, simplesmente não havia adversários! Não é preciso ter ganho a competição para se ter estatuto, é preciso é ter pernas e todos sabem que as do Maurício amanhã andam mais do que todos os outros (é só recordar como perdeu a Volta o ano passado para o Amaro). Quanto à parte de obedecer ou não às ordens do diretor desportivo, pois claro que nem todos os corredores se chamam "Joni Brandão".
Como é que chegas a esta conclusão? O Frederico ataca precisamente quando quem ia a impor ritmo era o António Carvalho e o Maurício ia na roda do mesmo. O que o Frederico fez foi precisamente atacar o líder da equipa, que na altura era o líder da prova. Atenção que eu também não sou adepto que se ande a atacar o líder à toa como o Froome fez ao Wiggins, quando este até ia de amarelo. O que me causa perplexidade é vermos como perfeitamente normal o Frederico Figueiredo atacar como atacou na Torre e principalmente no Observatório, quando podia apenas impor ritmo para o seu líder, após o António Carvalho abrir, se fosse o caso e ao mesmo tempo achar-se perfeitamente normal o Frederico enquanto líder da prova, que passou o tempo todo a atacar o líder, não atacar por supostas ordens da equipa, porque poderia eventualmente ganhar a prova.