Registado: 21 Ago 2007, 02:49 Mensagens: 35071 Localização: Vila Nova de Gaia
19 de Agosto a 10 de Setembro de 2017
Mapa oficial
Percurso:
Etapa 1 (Sábado 19 de Agosto) » Nimes - Nimes (contra-relógio por equipas, 13.8 km)
Etapa 2 (Domingo 20 de Agosto) » Nimes - Gruissan (plana, 201.0 km)
Etapa 3 (Segunda-Feira 21 de Agosto) » Prades - Andorra la Vella (montanha, 158.5 km)
Etapa 4 (Terça-Feira 22 de Agosto) » Escaldes - Tarragona (plana, 193.0 km)
Etapa 5 (Quarta-Feira 23 de Agosto) » Benicàssim - Alcossebre-Ermita Santa Lucia (acidentada, 173.4 km)
Etapa 6 (Quinta-Feira 24 de Agosto) » Vila-Real - Sagunt (acidentada, 198.0 km)
Etapa 7 (Sexta-Feira 25 de Agosto) » Lliria - Cuenca (acidentada, 205.2 km)
Etapa 8 (Sábado 26 de Agosto) » Hellín - Xorret de Catí (média montanha, 184.0 km)
Etapa 9 (Domingo 27 de Agosto) » Orihuela - Cumbre del Sol (média montanha, 176.3 km)
1.Descanso (Segunda-Feira 28 de Agosto)
Etapa 10 (Terça-Feira 29 de Agosto) » Caravaca de la Cruz - Alhama de Murcia (média montanha, 171.0 km)
Etapa 11 (Quarta-Feira 30 de Agosto) » Lorca - Calar Alto (montanha, chegada em alto, 188.0 km)
Etapa 12 (Quinta-Feira 31 de Agosto) » Motril - Antequera (montanha, 181.4 km)
Etapa 13 (Sexta-Feira 1 de Setembro) » Coín - Tomares (plana, 197.0 km)
Etapa 14 (Sábado 2 de Setembro) » Écija - La Pandera (montanha, chegada em alto, 185.5 km)
Etapa 15 (Domingo 3 de Setembro) » Alcalá la Real - Sierra Nevada (montanha, chegada em alto, 127.0 km)
2.Descanso (Segunda-Feira 4 de Setembro)
Etapa 16 (Terça-Feira 5 de Setembro) » Circuito de Navarra - Logroño (contra-relógio individual, 42.0 km)
Etapa 17 (Quarta-Feira 6 de Setembro) » Villadiego - Los Machucos (montanha, chegada em alto, 180.0 km)
Etapa 18 (Quinta-Feira 7 de Setembro) » Suances - Santo Toribio de Liébana (média montanha, chegada em alto, 168.5 km)
Etapa 19 (Sexta-Feira 8 de Setembro) » Parque de Redes (Campo de Caso) - Gijón (acidentada, 153.0 km)
Etapa 20 (Sábado 9 de Setembro) » Corvera - Alto de L'Angliru (montanha, chegada em alto, 119.2 km)
Etapa 21 (Domingo 10 de Setembro) » Arroyomolinos - Madrid (plana, 101.9 km)
Lista oficial de inscritos TREK-SEGAFREDO 1 CONTADOR VELASCO Alberto 2 BERNARD Julien 3 DE KORT Koen 4 DEGENKOLB John 5 HERNANDEZ BLAZQUEZ Jesus 6 IRIZAR ARANBURU Markel 7 PANTANO GOMEZ Jarlinson 8 STETINA Peter 9 THEUNS Edward
QUICK STEP FLOORS 11 DE LA CRUZ MELGAREJO David 12 ALAPHILIPPE Julian 13 CAPECCHI Eros 14 DECLERCQ Tim 15 JUNGELS Bob 16 MAS NICOLAU Enric 17 LAMPAERT Yves 18 TERPSTRA Niki 19 TRENTIN Matteo
TEAM SKY 21 FROOME Christopher 22 KNEES Christian 23 PUCCIO Salvatore 24 LOPEZ GARCIA David 25 MOSCON Gianni 26 NIEVE ITURALDE Mikel 27 POELS Wouter 28 ROSA Diego 29 STANNARD Ian
BMC RACING TEAM 31 CARUSO Damiano 32 DE MARCHI Alessandro 33 DENNIS Rohan 34 FRANKINY Kilian 35 OSS Daniel 36 ROCHE Nicholas 37 VLIEGEN Loïc 38 VAN GARDEREN Tejay 39 VENTOSO ALBERDI Francisco José
ORICA - SCOTT 41 CHAVES RUBIO Johan Esteban 42 BEWLEY Sam 43 HAIG Jack 44 CORT NIELSEN Magnus 45 JUUL JENSEN Christopher 46 TUFT Svein 47 VERONA QUINTANILLA Carlos 48 YATES Adam 49 YATES Simon
MOVISTAR TEAM 51 ARCAS PEÑA Jorge 52 BETANCUR GOMEZ Carlos Alberto 53 CARAPAZ Richard 54 FERNANDEZ ANDUJAR Rubén 55 MORENO FERNANDEZ Daniel 56 OLIVEIRA Nélson 57 PEDRERO LOPEZ Antonio 58 ROJAS GIL Jose Joaquin 59 SOLER GIMENEZ Marc
TEAM SUNWEB 61 KELDERMAN Wilco 62 BARGUIL Warren 63 FROHLINGER Johannes 64 HAGA Chad 65 HAMILTON Chris 66 HOFSTEDE Lennard 67 KÄMNA Lennard 68 ANDERSEN Søren Kragh 69 OOMEN Sam
BORA-HANSGROHE 71 MAJKA Rafal 72 BUCHMANN Emanuel 73 KOLAR Michal 74 BENEDETTI Cesare 75 KONRAD Patrick 76 PFINGSTEN Christoph 77 POLJANSKI Pawel 78 SCHILLINGER Andreas 79 SCHWARZMANN Michael
AG2R LA MONDIALE 81 BARDET Romain 82 CHEVRIER Clement 83 DENZ Nico 84 DOMONT Axel 85 DUVAL Julien 86 GENIEZ Alexandre 87 GOUGEARD Alexis 88 HOULE Hugo 89 POZZOVIVO Domenico
CANNONDALE-DRAPAC PRO CYCLING TEAM 91 WOODS Michael 92 CANTY Brendan 93 CLARKE Simon 94 DOMBROWSKI Joseph Lloyd 95 SCULLY Thomas 96 SKUJINS Toms 97 CLARKE William 98 VILLELLA Davide 99 VAN ASBROECK Tom
TEAM KATUSHA-ALPECIN 101 ZAKARIN Ilnur 102 BELKOV Maxim 103 BYSTROM Sven Erik 104 GONCALVES José 105 HALLER Marco 106 LOSADA ALGUACIL Alberto 107 MORKOV Michael 108 MAMYKIN Matvei 109 TAARAMAE Rein
TEAM LOTTO NL - JUMBO 111 KRUIJSWIJK Steven 112 BENNETT George 113 TOLHOEK Antwan 114 BOUWMAN Koen 115 CLEMENT Stef 116 DE TIER Floris 117 LINDEMAN Bertjan 118 LOBATO DEL VALLE Juan Jose 119 OLIVIER Daan
UAE - TEAMEMIRATES 121 COSTA Rui 122 ATAPUMA HURTADO Jhon Darwin 123 AIT EL ABDIA Anass 124 MEINTJES Louis 125 MODOLO Sacha 126 MOHORIC Matej 127 NIEMIEC Przemyslaw 128 POLANC Jan 129 ZURLO Federico
ASTANA PRO TEAM 131 ARU Fabio 132 BILBAO LÓPEZ DE ARMENTIA Pello 133 CHERNETSKY Sergey 134 DE VREESE Laurens 135 HANSEN Jesper 136 LÓPEZ MORENO Miguel Ángel 137 LUTSENKO Alexey 138 SANCHEZ GIL Luis Leon 139 STALNOV Nikita
LOTTO - SOUDAL 141 ARMEE Sander 142 DE CLERCQ Bart 143 DE GENDT Thomas 144 DEBUSSCHERE Jens 145 MARCZYNSKI Tomasz 146 MERTZ Rémy 147 MONFORT Maxime 148 WALLAYS Jelle 149 HANSEN Adam
BAHRAIN - MERIDA 151 NIBALI Vincenzo 152 AGNOLI Valerio 153 BOARO Manuele 154 GARCIA CORTINA Ivan 155 MORENO BAZAN Javier 156 NIBALI Antonio 157 NOVAK Domen 158 PELLIZOTTI Franco 159 VISCONTI Giovanni
FDJ 161 COURTEILLE Arnaud 162 FOURNIER Marc 163 HOELGAARD Daniel 164 LE BON Johan 165 LUDVIGSSON Tobias 166 MAISON Jérémy 167 MANZIN Lorrenzo 168 ROUX Anthony 169 EIKING Odd Christian
DIMENSION DATA 171 ANTON HERNANDEZ Igor 172 DOUGALL Nick 173 REGUIGUI Youcef 174 FRAILE MATARRANZ Omar 175 JANSE VAN RENSBURG Jacques 176 KING Benjamin 177 KUDUS GHEBREMEDHIN Merhawi 178 MORTON Lachlan David 179 PAUWELS Serge
COFIDIS, SOLUTIONS CRÉDITS 181 BONNAFOND Guillaume 182 MATE MARDONES Luis Angel 183 NAVARRO GARCIA Daniel 184 PEREZ Anthony 185 ROSSETTO Stéphane 186 TURGIS Anthony 187 TURGIS Jimmy 188 VAN GENECHTEN Jonas 189 VANBILSEN Kenneth
CAJA RURAL-SEGUROS RGA 191 PARDILLA BELLON Sergio 192 ARROYO DURAN David 193 FERRARI Fabricio 194 MAS BONET Luis 195 REIS Rafael 196 ROSON GARCIA Jaime 197 RUBIO HERNANDEZ Diego 198 SÁEZ BENITO Hector 199 SCHULTZ Nicholas
AQUA BLUE SPORT 201 BLYTHE Adam 202 CHRISTIAN Mark 203 DENIFL Stefan 204 GATE Aaron 205 HANSEN Lasse Norman 206 KREDER Michel 207 WARBASSE Larry 208 KONING Peter 209 DUNNE Conor
MANZANA POSTOBON TEAM 211 REYES Aldemar 212 AGUIRRE CALPA Hernan Ricardo 213 BOHORQUEZ SANCHEZ Hernando 214 ORJUELA Fernando 215 OSORIO Juan Felipe 216 MOLANO Juan Sebastián 217 SUAZA ARANGO Bernardo 218 VILELA Ricardo 219 BOL Jetse
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Edição 2017 - Análise
Percurso:
1ªetapa, 19 de Agosto: Nîmes - Nîmes, contra-relógio por equipas, 13.7 km
A terceira e última Grande Volta da temporada arranca apenas pela terceira vez fora de território espanhol, com a primeira grande partida em solo francês, na cidade de Nîmes, num já tradicional contra-relógio colectivo ao final da tarde. O percurso desde contra-relógio inicial é efetuado quase na sua totalidade dentro da malha urbana e centro histórico, o que deverá possibilitar a recolha de belíssimas imagens televisivas da cidade. Este dia servirá para apresentar as equipas e os ciclistas participantes na 72ªEdição da Vuelta, mas é de ter em conta que o facto do contra-relógio se disputar dentro da cidade poderá constituir um problema para algumas equipas e corredores, não sendo de excluir que possam existir incidentes em algumas das viragens. Todas as precauções serão poucas para evitar estragar a participação nesta Vuelta logo ao primeiro dia. A ausência de dificuldades orográficas deverá constituir uma oportunidade para as equipas com os melhores roladores e contra-relogistas marcarem a diferença, e arrecadar assim segundos importantes que se possam vir a reflectir nas contas da classificação geral, apesar da curta extensão do esforço. O primeiro ciclista a cortar a meta da equipa com o melhor tempo terá a honra de envergar a primeira camiseta roja da Vuelta!
2ªetapa, 20 de Agosto: Nîmes - Gruissan. Grand Narbonne. Aude, etapa plana, 203.4 km
A Vuelta continua em Nîmes, para mais uma tirada disputada na sua totalidade em território francês, ao longo da costa mediterrânica, o que deverá constituir uma oportunidade para presentar os ciclistas com excelentes vistas sobre as praias da Côte d'Azur! Esta jornada inicial em linha é uma das mais longas da volta, sendo a primeira de três tiradas com mais de 200 quilómetros. A etapa não apresenta qualquer dificuldade montanhosa nem terreno acidentado, o que é reflectido pelo facto do ponto mais alto se encontrar a apenas 40 metros de altitude. No entanto este é um dia que se pode acabar por revelar decisivo até para as contas finais da Vuelta, já que esta zona é particularmente exposta ao vento Mistral que, ao soprar de sul, poderá encontrar-se de forma lateral aos ciclistas durante todo o dia. Se este vento for forte algumas das equipas poderão aproveitar a oportunidade para afastar alguns dos concorrentes nos tradicionais abanicos, tão típicos da Vuelta. Prevê-se um dia de muito nervosismo e de preocupação pela colocação na frente do pelotão, especialmente se as condições meteorológicas estiverem favoráveis à formação de cortes. Apesar disso deverá ser um sprinter a erguer os braços na linha de meta e, quem sabe, à conta das bonificações, a chegar a liderança desta edição da Vuelta!
3ªetapa, 21 de Agosto: Prades Conflent Canigó - Andorra la Vella, etapa de montanha, 158.5 km
Logo ao terceiro dia de competição chega a alta montanha a esta Vuelta! A jornada parte da cidade francesa de Prades, na zona dos Pirinéus Orientais, numa região que não é habitualmente ultrapassada no Tour. Os ciclistas têm pela frente um dia relativamente curto, mas com uma dureza assinalável para uma fase tão precoce de uma Grande Volta. Para começar em grande, o pelotão terá de abordar uma contagem de montanha de 1ªcategoria, ainda em solo francês (Col de la Perche), que apresenta quase 20 quilómetros de extensão, a uma inclinação média que ronda os 5%. Durante a descida entramos em Espanha mas por pouco tempo, já que assim que começar a segunda subida do dia chegamos a Andorra, para abordar o duríssimo Coll de la Rabassa, este já mais tradicional em edições da Vuelta. Esta dura subida será coroada a apenas 31 quilómetros da meta, e já deverá fazer uma importante selecção de valores no que respeita a quem estará aqui para discutir a classificação geral. Apesar do final da subida estar colocada já muito perto de Andorra-la-Vella, existe ainda uma pequena maldade preparada pela organização, que irá colocar o pelotão a efectuar um pequeno circuito à volta da cidade, que os fará ultrapassar o Alto de la Comella, situado a apenas 7100 metros da linha de chegada! Apesar de ser apenas uma contagem de montanha de 2ªcategoria, os 8.6% de inclinação média irão certamente fazer estragos muito sérios, e não é de excluir que tenhamos já um grupo muito reduzido a chegar à meta. A luta pela vitória na Vuelta começa-se a discutira aqui!
4ªetapa, 22 de Agosto: Escaldes-Engordany - Tarragona. Anella Mediterránea 2018, etapa plana, 198.2 km
Estamos agora na Catalunha, por onde toda a etapa se desenrolará. O início simbólico é ainda em Andorra, em plenos Pirinéus, mas a partida real será já na fronteira entre Andorra e a Catalunha, com a etapa a iniciar-se na sua plenitude na província de Lérida. Toda a etapa se desenrola desde o maciço pirenaico em direcção à beira-mar, pelo que praticamente todo o trajecto será em tendência descendente, com a honrosa excepção da contagem de montanha de 3ªcategoria em Alto de Belltall, ainda situada a mais de 65 quilómetros da linha de chegada. Esta subida apresenta uma pendente média bastante suave, de apenas 2.8% de inclinação, apesar de contar com 13 quilómetros de extensão. Não deverá constituir qualquer problema para a esmagadora maioria dos ciclistas, e será assim de esperar que o final da etapa possa ser disputado ao sprint. No entanto, e depois de todo o esforço da véspera, não é de desprezar a hipótese que este possa ser o primeiro dia em que a fuga do dia tem sucesso, já que teremos certamente muitas equipas desgastadas e sem capacidade e/ou interesse em assumir a perseguição da fuga ao longo de quase 200 quilómetros. Ainda assim, as equipas dos sprinters têm aqui uma excelente oportunidade para alcançarem o sucesso, depois da etapa que terminou ainda em território francês..
5ªetapa, 23 de Agosto: Benicàssim - Alcossebre, etapa acidentada, chegada em alto, 175.7 km
Ao quinto dia estamos já em plena Comunidad Valenciana, para uma jornada que se prevê bastante dura para todo o pelotão. Apesar desta não poder ser considerada uma etapa de montanha, um traçado rompe-pernas aguarda o pelotão, com 5 contagens de montanha para serem percorridas. A animação começa ainda dentro dos 20 quilómetros iniciais da tirada, com a subida de 2ªcategoria para o Alto del Desierto de las Palmas, onde quase seguramente se irá formar a fuga que poderá marcar grande parte da etapa. Cerca de 30 quilómetros depois nova subida, desta vez de 3ªcategoria, para o Alto de Cabanes. A partir daí um terreno ondulante aguarda o pelotão, com as subidas de 2ªcategoria para Coll de la Bandereta e Alto de la Serratella, que fica situado a cerca de 50 quilómetros da chegada. Não é de esperar que o pelotão chegue muito reduzido a esta fase da etapa, mas a dureza acumulada irá certamente reflectir-se na última subida, que coincide com a meta, em Ermita de Santa Lucia. São apenas 3400 metros, mas a quase 10% de inclinação média, o que irá provocar certamente algumas diferenças entre os favoritos para a geral. Todo o cuidado será pouco com o posicionamento à entrada da subida final, já que uma má colocação poderá representar uma perda importante de tempo, tendo em conta que o pelotão ainda deverá chegar bastante numeroso ao início da última subida do dia.
6ªetapa, 24 de Agosto: Vila-real - Sagunt, etapa acidentada, 204.4 km
Continuamos dentro da Comunidad Valenciana, para mais um dia com bastante dureza e uma quilometragem assinalável, naquela que é a segunda mais etapa mais longa desta edição da Vuelta. Este é um típico dia de média montanha, que conta com 5 subidas categorizadas, e será, possivelmente, um dia propício a que uma escapada tenha sucesso. A dureza mais a sério começa apenas a partir do quilómetro 40, e será de esperar que seja aí que se discuta de forma aguerrida a presença na fuga do dia, e que esta venha a estabilizar. Depois de ultrapassada a segunda subida existe um período de algum repouso, até atacarem nova subida para o Alto de Chirivilla, também de 3ªcategoria, já perto do miolo da etapa. Mas as mais importantes subidas estarão reservadas para o fim. A pouco mais de 60 quilómetros da meta o Puerto del Oronet aguarda os ciclistas, com uma inclinação média relativamente suave, de apenas 4%, mas 6400 metros de extensão. Ultrapassada esta contagem, e após um breve período plana, o pelotão vai ter de enfrentar a mais dura subida do dia, de 2ªcategoria, para o Puerto del Garbí. São 9.3 quilómetros a 5.1% de inclinação média, com o cume situado ainda a 36 quilómetros da chegada. Será de esperar que esta subida possa ter um impacto importante no desenrolar da corrida, já que não existe qualquer dificuldade mais até à linha de chegada. O pelotão poderá reduzir-se consideravelmente, mas alguns ciclistas rápidos poderão ser capazes de passar com os melhores.
7ªetapa, 25 de Agosto: Llíria - Cuenca. Ciudad Patrimonio de la Humanidad, etapa acidentada, 207.0 km
Chegada a 7ªetapa, a Vuelta deixa finalmente para trás a Comunidad Valenciana, rumo às estradas da Comunidade de Castilla-La Mancha. Depois de um longo dia na bicicleta os ciclistas não terão mais uma vez tarefa fácil, já que esta é a etapa mais extensa da Vuelta, com 207 quilómetros. Os ciclistas começam o dia a baixa altitude, mas tudo começa a mudar assim que é ultrapassada a primeira contagem de montanha do dia, aos 925 metros de altitude, situada ainda na fase inicial da jornada. A partir daí todo o dia se vai disputar em altitudes a rondar os 1000 metros, o que poderá deixar os ciclistas bastante expostos ao vento, caso este esteja presente. O final da etapa em Cuenca apresenta o tradicional Alto del Castillo, situado a menos de 12 quilómetros da chegada. Apesar de ser uma subida de 3ªcategoria, com apenas 2000 metros, apresenta uma inclinação média de 7.2%, e rampas acima dos 10%. Na última chegada a Cuenca, no ano de 2006, foi Samuel Sanchez o vencedor da etapa, o que revela a dureza de que se reveste a parte final da tirada. Um bom descedor poderá também ter aqui uma boa oportunidade de surpreender o reduzido pelotão que irá passar no alto da última subida, já certamente fragmentado. Não é no entanto de descartar que o final da etapa possa ser discutido entre alguns dos sprinters em melhor forma nesta Vuelta.
8ªetapa, 26 de Agosto: Hellín - Xorret de Catí. Costa Blanca Interior, etapa acidentada, 199.5 km
Ao oitavo dia de competição os ciclistas enfrentam mais uma longa tirada de quase 200 quilómetros, que vai percorrer um caminho tendencionalmente inverso ao do dia anterior, partindo de Castilla-La Mancha para voltar à Comunidad Valenciana, do interior para o litoral. Mas não pense que isso significa facilidades. A fase mais suave da etapa é precisamente a inicial, já que a primeira metade da etapa não apresenta qualquer contagem de montanha. Tudo começa a mudar a partir, sensivelmente, do quilómetro 100, quando os ciclistas, enfrentam, quase em sucessão, duas contagens de montanha de 3ªcategoria, que irão deixar algumas marcas nas pernas dos ciclistas, especialmente se o ritmo for alto. Mas o prato principal do dia está mesmo nos quilómetros finais, com a temível subida para Xorret de Cati! São apenas 5 quilómetros de ascensão, mas com uma percentagem média de cerca de 9%, e rampas que se aproximam perigosamente dos 20% de inclinação. Apesar do final da subida estar colocado a 3 quilómetros da meta, pode-se quase considerar esta como uma chegada em alto, já que depois do alto se desce de forma vertiginosa para a meta. O último vencedor aqui foi David Moncoutié, no ano de 2010. Curiosamente aqui também já ganhou Gustavo Veloso, por 2 vezes vencedor da Volta a Portugal. É de esperar que se possam marcar algumas diferenças importantes na luta pela geral.
9ªetapa, 27 de Agosto: Orihuela. Ciudad del Poeta Miguel Hernández - Cumbre del Sol. El Poble Nou de Benitatxell, etapa acidentada, chegada em alto, 174.0 km
O segundo fim de semana da Vuelta termina em grande, com uma chegada em alto! Depois da difícil etapa da véspera, com final em Xorret de Cati, os ciclistas terão mais um exigente teste pela frente. Apesar disso a quase totalidade da etapa é plana e disputada junto ao mar, na costa de Levante, em mais um dia disputado na Comunidad Valenciana. O panorama da etapa começa a mudar com a primeira subida do dia (que será ultrapassada outra vez na chegada) para o Alto de Puig Llorença. Apesar de curta, com apenas 3200 metros de extensão, tem uma inclinação média de 9.2%, e rampas acima dos 21%, que deixarão certamente de sobreaviso os ciclistas, que assim poderão reconhecer a subida final do dia (à excepção dos últimos 800 metros, apenas ultrapassados na chegada). Após a primeira passagem, existirão cerca de 30 quilómetros planos, que serão certamente de muito nervosismo e de preocupação pela colocação numa posição dentro do pelotão. A meta coincide então com a última subida do dia, situada em Cumbre del Sol, com 4 quilómetros de extensão e uma inclinação média de 9.1%. Este final de etapa foi apenas efectuado por uma vez na Vuelta, no ano de 2015, numa subida que deu muito espectáculo, e que deu, na altura, a primeira vitória numa etapa de uma Grande Volta a Tom Dumoulin. Quem sucederá ao holandês?
28 de Agosto - Dia de descanso (Provincia de Alicante)
10ªetapa, 29 de Agosto: Caravaca Año Jubilar 2017 - ElPozo Alimentación, etapa acidentada, 164.8 km
Após o muito ansiado dia de descanso, a caravana da Vuelta tem mais uma complicada jornada pela frente, apesar dos 120 quilómetros iniciais da jornada não terem praticamente um metro a subir. No entanto o panorama vai-se alterar significativamente a partir daí. A cerca de 40 quilómetros da chegada o pelotão irá enfrentar a subida para o Alto del Morrón de Totana, de 3ªcategoria, mas com 5.7 quilómetros e 5.7% de inclinação média, que irá fazer desde logo uma primeira selecção, tanto na fuga como no pelotão. Logo em sequência, sem praticamente nenhum descanso pelo meio, começa a subida mais dura do dia de 1ªcategoria, para Collado Bermejo, muito conhecida da Vuelta a Murcia, sendo regularmente final de etapa quando esta competição era uma prova por etapas, algo que não tem acontecido nos últimos anos. A contagem de montanha não é propriamente a mais dura da Vuelta, mas os 7700 metros a uma inclinação média de 6.5% irão certamente provocar os seus estragos, e afastar muitos ciclistas da luta pela vitória na etapa. E, quem sabe, até provocar algumas surpresas em ciclistas que estão a disputar a classificação geral, já que as etapas seguintes a dias de descanso costumam ser propícias a desilusões. Esta subida será certamente decisiva nas contas finais da jornada, já que os 22 quilómetros até à meta são praticamente sempre a descer, com excepção dos 1500 metros finais, já dentro da localidade de Alhama de Murcia. Fuga ou sprint reduzido?
11ªetapa, 30 de Agosto: Lorca - Observatorio Astronómico de Calar Alto, etapa de montanha, chegada em alto, 187.5 km
Depois da jornada de transição da véspera, temos pela frente um dia que pode ser decisivo nas contas finais da Vuelta. A fase inicial da etapa é relativamente simples, e disputar-se-á em parte junto à costa mediterrânica. Este período da etapa será o ideal para que uma fuga se forme e ganha uma larga vantagem, tendo em conta o que ainda há pela frente. E o que há por ultrapassar não é nada fácil, com duas contagens de montanha de 1ªcategoria nos últimos 40 quilómetros da etapa! Ainda antes de começar a subida categorizada para o Alto del Velefique os ciclistas já vêm progressivamente a subir ao longo de aproximadamente 15 quilómetros. A contagem de montanha propriamente dita é extremamente complicada, com 13,2 quilómetros e uma inclinação média de 8.6%! Será de esperar que se faça uma primeira selecção bastante considerável já nesta subida. Coroado o alto temos 15 quilómetros de descida até os ciclistas começarem a subir para o Observatório Astronómico de Calar Alto, em nova contagem de montanha de 1ªcategoria. Apesar de mais longa, com cerca de 16 quilómetros, a inclinação média não ultrapassa os 5.5%, muito devido a uma fase de falso plano no segundo terço da subida. O último quilómetro é também bastante suave, e não seria de admirar que um grupo muito reduzido viesse a discutir a vitória da etapa ao sprint. Quem sucederá a Igor Antón, vencedor em 2006?
12ªetapa, 31 de Agosto: Motril - Antequera. Los Dólmenes, etapa acidentada, 160.1 km
A segunda metade da Vuelta inicia-se com uma tirada em que estão reunidas todas as condições para que uma fuga venha a ter sucesso. A etapa não é muito longa, mas a presença de uma contagem de montanha de 2ªcategoria a 18 quilómetros da meta deverá afastar os sprinters de todas as pretensões da disputa pela etapa. Para além disso a véspera foi um dia de alta montanha com chegada em alto, pelo que é provável que o pelotão tente levar a jornada de uma forma tranquila. A primeira metade da etapa é mais uma vez muito fácil, com terreno praticamente plano, e será certamente crucial para a definição da fuga que pode vir a integrar o vencedor da etapa. O terreno começará a inclinar depois de iniciada a segunda parte da etapa, com a subida de 1ªcategoria para Puerto de León, com 17.4 km de extensão e uma inclinação média de 4.9%. Esta primeira subida já irá certamente selecionar a fuga e excluir alguns dos elementos da luta pela etapa. Coroada esta contagem de montanha, os ciclistas terão pela frente cerca de 30 quilómetros maioritariamente em descida, para chegarem à base da última subida do dia, uma contagem de montanha de 2ªcategoria, mas bem dura, com 7.6 km a 7% de inclinação média. Se a fuga vier a ter sucesso é bastante possível que o primeiro ciclista a passar no alto venha a sagrar-se o vencedor da etapa. Ainda assim existe algum terreno plano antes da meta, o que dá espaço para eventuais recuperações.
13ªetapa, 1 de Setembro: Coín - Tomares, etapa plana, 198.4 km
Voltam as etapas com quase 200 quilómetros, mas para felicidade do pelotão este será um dia sem grandes dificuldades, pelo menos a nível do terreno. A etapa inicia-se junto à costa, mas em termos meteorológicos as coisas poderão complicar-se ao longo dia, uma vez que nos dirigimos para o pleno coração da escaldante Andaluzia, com a chegada a situar-se nos arredores de Sevilha, na cidade de Tomares, apenas separadas pelo Rio Guadalquivir. Será portanto um dia em que a principal preocupação dos ciclistas terá a ver com o calor e a necessidade de hidratação, até porque estamos em véspera de 2 jornadas decisivas no rumo da Vuelta. É de esperar que a habitual fuga do dia se forme e ganhe alguma vantagem, mas será algo difícil que tenham sucesso, uma vez que esta é uma das poucas etapas propícias aos sprinters, e é aqui que as equipas com velocistas não poderão enjeitar a oportunidade. A etapa contará apenas com uma contagem de montanha, situada ainda nos primeiros 30 quilómetros da jornada, mas a parte final poderá reservar algumas surpresas, já que existe algum sobe e desce já muito perto da chegada, dentro dos 3 quilómetros finais. Será possivelmente um sprinter a erguer os braços na linha de meta, mas as equipas terão de estar atentas a eventuais movimentações por parte dos puncheurs nos quilómetros finais.
14ªetapa, 2 de Setembro: Écija - Sierra de La Pandera, etapa de montanha, chegada em alto, 175.0 km
O terceiro fim-de-semana de competição desta Vuelta arranca com a quarta chegada em alto da competição, mas esta será seguramente na mais difícil montanha até agora ultrapassada na Vuelta, já que a meta coincide com uma contagem de categoria extra! Este deverá ser mais um dia de forte calor, o que aliado à orografia do terreno se poderá tornar demolidor para as pernas dos ciclistas. Até perto dos 30 quilómetros finais o terreno é essencialmente ondulante, com apenas uma contagem de montanha a registar, e com uma inclinação média inferior aos 4%,que não deverá provocar grandes problemas. A grande animação estará reservada para a parte final da etapa. A pouco mais de 22 quilómetros da meta os ciclistas terão de ultrapassar uma contagem de 2ªcategoria, situada no Alto de Valdepeñas de Jaén, cuja fase inicial apresenta rampas próximas dos 20% de inclinação, o que irá, desde logo, certamente dinamitar a corrida. Depois desta subida temos uma curta descida de apenas 7 quilómetros e estaremos imediatamente a subir para a Sierra de La Pandera! Os 12 quilómetros a 7.3% de inclinação média irão certamente deixar muitas marcas no pelotão desta Vuelta, e irão certamente registar-se diferenças importantes entre alguns dos favoritos na linha de chegada. A última vez que aqui terminou uma etapa da Vuelta foi em 2009, na altura com vitória isolada de Damiano Cunego. Quem sucederá ao Piccolo Principe
15ªetapa, 3 de Setembro: Alcalá la Real - Sierra Nevada. Alto Hoya de la Mora. Monachil, etapa de montanha, chegada em alto, 129.4 km
Chega finalmente aquela que é, muito provavelmente, a etapa rainha da Vuelta! Continuamos por estradas andaluzes, para mais um dia que se afigura temível. Apesar da reduzida extensão da jornada, que não chega sequer aos 130 quilómetros, vamos ter certamente um dia em que só os mais fortes resistirão à dureza. Como tem sido habitual nesta edição da Vuelta, a montanha fica reservada para uma fase mais tardia da etapa, com a primeira contagem de montanha, já de 1ªcategoria, a iniciar-se um pouco antes de terminada a primeira metade da jornada. Estamos na subida do Alto de Hazallanas, com 16.3 quilómetros e 5.5% de inclinação média, inclinação essa que é muito atenuada pela primeira parte da subida, já que a segunda metade apresenta quase sempre percentagem nos dois dígitos e, inclusivamente, rampas acima dos 20%! Ultrapassado o alto, os ciclistas descem para imediatamente começarem a subir para o Alto del Purche, também de 1ªcategoria. Esta é uma subida mais curta, com “apenas” 8 .5quilómetros, mas com uma respeitável inclinação média de 8%. Assim que os ciclistas terminam esta subida descem apenas durante 700 metros, para logo a seguir iniciarem a subida para a meta, em plena Sierra Nevada, no Alto Hoya de la Mora, de categoria especial! Os 5.6% de inclinação média podem não parecer demasiado agressivos, mas os mais de 19 quilómetros irão com toda a certeza provocar diferenças importantes entre os candidatos à Vuelta! Não é de excluir que no final desta etapa já tenhamos uma ideia bem clara de quem poderá ser o vencedor final.
4 de Setembro - Dia de descanso (Logroño)
16ªetapa, 5 de Setembro: Circuito de Navarra / Logroño, contra-relógio individual, 40.2 km
A Vuelta regressa a Logroño 3 anos depois da vitória de John Degenkolb, ao sprint. Mas desta vez o esforço será completamente distinto, já que teremos pela frente um contra-relógio individual entre o Circuito de Navarra, palco de várias provas de desportos motorizados, e a cidade de Logroño. O regresso à competição logo após o dia de descanso dá-se assim num dia que se pode revelar decisivo para as contas finais da Vuelta. Este é o mais longo contra-relógio individual da Vuelta e, curiosamente, o mais extenso das 3 Grandes Voltas em 2017. O percurso é praticamente plano, apenas com algumas ondulações no miolo do percurso, em que os ciclistas terão de enfrentar algumas rampas a não mais de 5% de inclinação. Será por isso um dia para especialistas puros no esforço contra o cronómetro, ao contrário do que tem sido habitual em contra-relógios dos últimos anos, em que a presença de algumas fases em subida permitia aos ciclistas menos adaptados a este tipo de esforço defenderem-se de alguma forma, e minimizarem as perdas de tempo. É de esperar portanto que a classificação geral possa ter alterações significativas, e que a ordem até aqui estabelecida devido às etapas de montanha se possa vir a modificar de forma importante. Os mais aptos no contra-relógio têm aqui a sua oportunidade de ouro para ganharem tempo aos adversários, apesar do esforço de 2 semanas de competição provavelmente já se reflectir na prestação dos ciclistas.
17ªetapa, 6 de Setembro: Villadiego - Los Machucos. Monumento Vaca Pasiega, etapa de montanha, chegada em alto, 177.5 km
No segundo dia da terceira e última semana de competição a caravana dirige-se para o norte da península, numa etapa que mais uma vez se poderá revelar fulcral na decisão dos lugares mais importantes da classificação geral. A jornada inicia-se com uma longa fase de plano, a alguma altitude, para depois os ciclistas começarem a subir gradualmente para a primeira contagem de montanha do dia, de 2ªcategoria, no Portillo de Lunada, numa extensão de 8.3 km a 5.7% de inclinação média. Depois de alcançado o topo da montanha existe uma longa descida pela frente, até que a 28 quilómetros do final da etapa se começa a subir para a contagem de montanha situada em Puerto de Alisas, de 1ªcategoria, e que irá certamente deixar muita gente em dificuldades. Será provavelmente já um grupo reduzido que irá enfrentar a descida, e a quase imediata subida para Los Machucos, num final inédito na Vuelta. Esta é mais uma contagem de categoria especial a ser ultrapassada na Vuelta, com apenas 7200 metros, mas com rampas que ultrapassam, em algumas zonas, os 26% de inclinação! A percentagem média de inclinação será de “apenas” 8.7%, já que a subida é extremamente irregular, alternando rampas acentuadas com pequenos troços a descer, mas este será sem dúvidas um final de etapa brutal, e que irá certamente definir muita coisa no que respeita à classificação geral da Vuelta.
18ªetapa, 7 de Setembro: Suances - Santo Toribio de Liébana, etapa acidentada, chegada em alto, 169.0 km
Continuamos no norte da Península, na Cantábria, onde os ciclistas terão de enfrentar mais 1 etapa com duas partes completamente distintas. Se a primeira metade da jornada é tendencialmente plana, apesar de algum sobe e desce, a segunda metade já apresenta outro tipo de dificuldades, com 4 contagens de montanha, com a última a coincidir novamente com a linha de chegada! Depois da dureza quase desumana da etapa da véspera não será de admirar que uma fuga venha a conquistar bastante terreno e possa ter sucesso. A mais dura subida do dia estará situada a cerca de 29 quilómetros da meta, em Collada de la Hoz, com 7 quilómetros com uma inclinação média de 6%. Se a fuga do dia vier a ser bem-sucedida é muito provável que estas primeiras subidas façam já uma primeira selecção no que respeita aos possíveis vencedores da tirada, apesar do espaço que resta até à meta ainda permitir recuperações, caso exista entendimento nos eventuais grupos que se formem nesta subida. Se a situação não ficar totalmente definida aqui, tudo ficará para decidir na subida para o Alto de Santo Toribio de Liébana, que coincide com a chegada. É apenas uma 3ªcategoria, mas os 3.2 quilómetros a 6.4% de inclinação média irão certamente ser palco de uma batalha acesa pela vitória da etapa. Caso a fuga do dia venha a ser alcançada, poderemos ter novo combate entre os favoritos, mas as diferenças deverão ser escassas.
19ªetapa, 8 de Setembro: Caso. Parque Natural de Redes / Gijón, etapa acidentada, 149.7 km
Mais uma etapa nada fácil que aguarda o pelotão da Vuelta, num dia em que mais uma vez são elevadas as probabilidades de uma fuga vir a ter sucesso. A Vuelta continua pelo norte de Espanha, desta vez nas Astúrias. Ao contrário do que tem vindo a ser o habitual, as dificuldades estão mais concentradas nos dois primeiros terços da etapa. Ainda antes de ultrapassados os primeiros 30 quilómetros da etapa os ciclistas já terão enfrentado a mais difícil subida do dia, numa contagem de montanha de 1ªcategoria que leva o pelotão ao Alto de la Colladona, que apresenta 7 quilómetros de extensão a 6.8% de inclinação média. A restante etapa será maioritariamente plana, com apenas algumas excepções a assinalar, que serão as 3 restantes contagens de montanha, todas de 3ªcategoria. A última subida do dia, no Alto de San Martín de Huerces, encontra-se apenas a 14 quilómetros da meta, situada em Gijón, e apesar de contar com apenas 4500 metros apresenta uma inclinação média algo importante, de 7.2%. Se a fuga chegar ao fim poderá jogar-se aqui a decisão pela etapa, já que o terreno até ao final será quase sempre a descer, com excepção dos últimos 4 quilómetros. Mesmo no pelotão os favoritos deverão estar atentos para evitar surpresas antes da última etapa decisiva da Vuelta.
20ªetapa, 9 de Setembro: Corvera de Asturias - Alto de l'Angliru, etapa de montanha, chegada em alto, 117.5 km
Chega finalmente o dia em que tudo vai ficar decidido. O pelotão enfrenta a etapa que vai definir a classificação final da Vuelta. E que etapa! A chegada ao Angliru é sempre um dos momentos mais aguardados por qualquer adepto do ciclismo, naquela que é uma das mais temidas subidas do ciclismo mundial! Esta será apenas a sexta etapa com final na monstruosa subida asturiana, mas esta já ganhou claramente contornos de lenda, pela sua dureza, rampas muitas vezes acima dos 20%, especialmente na zona de Cueña les Cabres, e pela enorme quantidade de público que arrasta até às estradas. Mas não se pense que o caminho até ao Angliru será fácil, apesar da reduzida quilometragem da tirada, que é a mais curta desta edição da Vuelta. Os ciclistas terão ainda de passar pela duríssima combinação do Alto de la Cobertoria e Alto del Cordal, ambas contagens de montanha de 1ªcategoria, com inclinações médias a rondar os 9%, antes do início para a subida final que irá arrumar as contas finais da Vuelta. Depois de tanto desgaste acumulado, a brutal inclinação do Angliru e a sucessão de montanhas poderão provocar alterações de relevo na classificação geral. Os 12.5 quilómetros finais da etapa irão possivelmente marcar a história da Vuelta 2017, numa subida cuja percentagem de inclinação nos 7 últimos quilómetros não baixa dos 11%, com excepção do derradeiro quilómetro. Um dia em que todos os trunfos terão de ser jogados por quem ainda luta pela Vuelta. O espectáculo está garantido!
21ªetapa, 10 de Setembro: Arroyomolinos - Madrid, etapa plana, 117.6 km
Depois de 3 longas semanas de muito sofrimento por planícies, montanhas e vales chega ao fim a 72ªedição da Vuelta a España! Estamos no dia da consagração final. Todos estão de parabéns, mas obviamente que o vencedor final e os ciclistas que atingiram os objectivos a que se propuseram antes da Vuelta rejubilarão de alegria pelo sentimento de missão cumprida. O último dia serve para homenagear os vencedores e saudar os vencidos, para em comum festejarem o final de mais um capítulo nas suas carreiras enquanto ciclistas. Contudo, há ainda uma etapa para disputar, e o último vencedor para proclamar, numa das mais curtas etapas da Vuelta, mas que pelo menos na fase inicial será com toda a certeza percorrida a ritmo de passeio. Os ciclistas deverão começar a acelerar à medida que entram no tradicional circuito final em Madrid, a cerca de 50 quilómetros do final da etapa. O Paseo de la Castellana e a Plaza Cibelles, lugares icónicos da cidade, constituem o pano de fundo deste circuito, que tem a linha de meta precisamente na Plaza Cibelles, palco ideal para os sprinters de despedirem em grande desta edição da Vuelta. Quem será o ciclista a ter a honra de levantar os braços na capital espanhola e assim suceder a Magnus Cort Nielsen, vencedor em 2016?
Para finalizar a análise do percurso deixo alguns números, 1 contra-relógio individual, 1 contra-relógio por equipas, 6 etapas de montanha, 9 etapas acidentadas, 4 etapas planas, 2 dias de descanso, 23 dias de prova. Em termos de chegadas, 4 em possível sprint compacto, 8 em montanhas categorizadas, 7 em descida, 2 contra-relógios.
Registado: 21 Ago 2007, 02:49 Mensagens: 35071 Localização: Vila Nova de Gaia
tozequio Escreveu:
Bernalve Escreveu:
Etapa 15 e 20
A subida final para Sierra Nevada na etapa 15, incluindo o Alto de Monachil, é de 19 km a 8.8% de média.
Esqueçam, já nem sei fazer contas. São 28 km a 6% de inclinação média. É parecida à Torre desde a base da Covilhã, com mais 4 ou 5 quilómetros em cima.
Finalmente lembraram-se que existe média montanha e as etapas de montanha, embora não sejam nada do outro mundo, dão pelo menos a possibilidade de ataques de longe se os ciclistas a isso estiverem dispostos (a de La Pandera é uma surpresa particularmente positiva).
Pontos negativos: Quilometragem disparatada na etapa de Sierra Nevada (no Anglirú compreende-se), e falta-lhe uns 30 km's de CR. A etapa 17 está bastante descafeinada, faz lembrar algumas etapas do Tour do ano passado que até pareciam interessantes no papel mas depois não davam em nada. Mesmo assim parece-me um bom percurso, sendo que por estarmos a falar da Vuelta é mesmo excelente atendendo à desgraça que costuma ser.
PS: Há uns anos eu classificaria a etapa 18 como horrorosa para a altura da corrida em que está, mas olhando bem é uma mistura entre Fuente Dé e Formigal. Será que o Contador desta vez ataca à saída de Suances ou na Collada de la Hoz? Aceitam-se apostas
Finalmente a Vuelta conseguiu fazer um bom percurso. A 3ª etapa com aquele final em descida está muito boa e vai ser muito interessante ver os candidatos a terem de enfrentar alta montanha logo ao 3º dia. A etapa 5 e 6 também estão boas com a média montanha que muitas vezes falta na Vuelta. As etapas da 2ª semana não estão nada de especial mas também não estão mal. A etapa 15 gostava que fosse mais longa mas quase que compreendo devido à longíssima subida que os ciclistas vão ter de enfrentar. O CR tem uma distância até um pouco maior do que é costume na Vuelta e é plano pelo que dará para fazer muitas diferenças. Mesmo assim acho que não é suficiente mas para aquilo que tem sido os últimos anos está bem bom. As etapas 17 e 18 estão muito boas também e 20 tem tudo para ser épica.