Registado: 15 Set 2015, 20:55 Mensagens: 2913 Localização: Ponte de Lima
7 a 29 de Julho de 2018
Percurso:
1ªetapa - 7 de Julho: Noirmoutier-en-l'Île › Fontenay-le-Comte (201 KM)
2ªetapa - 8 de Julho: Mouilleron-Saint-Germain › La Roche-sur-Yon (182.5 KM)
3ªetapa - 9 de Julho: Team Time-Trial Cholet › Cholet (35.5 KM)
4ªetapa - 10 de Julho: La Baule › Sarzeau (195 KM)
5ªetapa - 11 de Julho: Lorient › Quimper (204.5 KM)
6ªetapa - 12 de Julho: Brest › Mûr de Bretagne Guerlédan (181 KM)
7ªetapa - 13 de Julho: Fougères › Chartres (231KM)
8ªetapa - 14 de Julho: Dreux › Amiens Métropole (181.5KM)
9ªetapa - 15 de Julho: Arras Citadelle › Roubaix (156.5KM)
.Descanso
10ªetapa - 17 de Julho: Annecy › Le Grand-Bornand (158.5KM)
11ªetapa - 18 de Julho: Albertville › La Rosière Espace San Bernardo (108.5KM)
12ªetapa - 19 de Julho: Bourg-Saint-Maurice Les Arcs › Alpe d'Huez (175.5KM)
13ªetapa - 20 de Julho: Bourg d'Oisans › Valence (169.5KM)
14ªetapa - 21 de Julho: Saint-Paul-Trois-Châteaux › Mende (188KM)
15ªetapa - 22 de Julho: Millau › Carcassonne (181.5KM)
.Descanso
16ªetapa - 24 de Julho: Carcassonne › Bagnères-de-Luchon (218KM)
17ªetapa - 25 de Julho: Bagnères-de-Luchon › Saint-Lary-Soulan (65KM)
18ªetapa - 26 de Julho: Trie-sur-Baïse › Pau (171KM)
19ªetapa - 27 de Julho: Lourdes › Laruns (200.5KM)
20ªetapa - 28 de Julho: Individual Time Trial Saint-Pée-sur-Nivelle › Espelette (31KM)
21ªetapa - 29 de Julho: Houilles › Paris Champs-Élysées (116KM)
Starlist:
Quick-Step Floors Niki Terpstra Yves Lampaert Philippe Gilbert Fernando Gaviria Bob Jungels Julian Alaphilippe Maximiliano Ariel Richeze Tim Declercq
Lotto Soudal Tiesj Benoot Jasper De Buyst Thomas De Gendt Andre Greipel Jens Keukeleire Jelle Vanendert Tomasz Marczynski Marcel Sieberg
Trek-Segafredo Julien Bernard John Degenkolb Koen de Kort Michael Gogl Tsgabu Grmay Bauke Mollema Toms Skujiņš Jasper Stuyven
Team LottoNL-Jumbo Primoz Roglic Steven Kruijswijk Paul Martens Timo Roosen Dylan Groenewegen Amund Grondahl Jansen Robert Gesink Antwan Tolhoek
Groupama-FDJ Arnaud Démare David Gaudu Jacopo Guarnieri Olivier Le Gac Tobias Ludvigsson Rudy Molard Ramon Sinkeldam Arthur Vichot
Team Dimension Data Mark Cavendish Edvald Boasson Hagen Tom-Jelte Slagter Mark Renshaw Reinardt Janse Van Rensburg Serge Pauwels Julien Vermote Jay Robert Thomson
Team Katusha-Alpecin Marcel Kittel Ilnur Zakarin Tony Martin Pavel Kochetkov Ian Boswell Robert Kiserlovski Nils Politt Rick Zabel
Movistar Team Andrey Amador Daniele Bennati Imanol Erviti Mikel Landa Nairo Quintana José Joaquín Rojas Marc Soler Alejandro Valverde
Team Sky Christopher Froome Geraint Thomas Wouter Poels Egan Bernal Michal Kwiatkowski Gianni Moscon Jonathan Castroviejo Luke Rowe
Bora-Hansgrohe Maciej Bodnar Marcus Burghardt Rafal Majka Gregor Muhlberger Daniel Oss Pawel Poljanski Peter Sagan Lukas Postlberger
BMC Racing Team Richie Porte Tejay Van Garderen Damiano Caruso Greg Van Avermaet Patrick Bevin Simon Gerrans Stefan Kung Michael Schar
AG2R La Mondiale Mathias Frank Oliver Naesen Alexis Vuillermoz Tony Gallopin Romain Bardet Pierre Latour Axel Domont Silvan Dillier
Team EF Education First-Drapac p/b Cannondale Rigoberto Uran Pierre Rolland Taylor Phinney Sep Vanmarcke Daniel Felipe Martinez Simon Clarke Thomas Scully Lawson Craddock
Astana Pro Team Jakob Fuglsang Jesper Hansen Magnus Cort Nielsen Michael Valgren Omar Fraile Luis Leon Sanchez Tanel Kangert Dmitriy Gruzdev
Bahrain Merida Pro Cycling Team Kristijan Koren Vincenzo Nibali Domenico Pozzovivo Ion Izagirre Gorka Izagirre Sonny Colbrelli Franco Pellizotti Heinrich Haussler
Cofidis, Solution Crédits Christophe Laporte Dimitri Claeys Nicolas Edet Jesús Herrada Daniel Navarro Anthony Perez Julien Simon Anthony Turgis
Team Fortuneo-Samsic Warren Barguil Maxime Bouet Elie Gesbert Romain Hardy Kevin Ledanois Amael Moinard Laurent Pichon Florian Vachon
Direct-Energie Lilian Calmejane Thomas Boudat Sylvain Chavanel Jerôme Cousin Damien Gaudin Fabien Grellier Rein Taaramae Romain Sicard
Wanty-Groupe Gobert Thomas Degand Timothy Dupont Guillaume Martin Marco Minnaard Yoann Offredo Andrea Pasqualon Dion Smith Guillaume Van Keirsbulck
Team Sunweb Soren Kragh Andersen Nikias Arndt Tom Dumoulin Laurens Ten Dam Simon Geschke Chad Haga Michael Matthews Edward Theuns
Mitchelton-Scott Jack Bauer Luke Durbridge Matthew Hayman Michael Hepburn Damien Howson Daryl Impey Mikel Nieve Adam Yates
UAE-Team Emirates John Darwin Atapuma Kristijan Durasek Roberto Ferrari Alexander Kristoff Marco Marcato Daniel Martin Rory Sutherland Oliviero Troia
Edição 2017:
1 Christopher Froome (GBr) Team Sky 86:20:55 2 Rigoberto Uran (Col) Cannondale-Drapac 0:00:54 3 Romain Bardet (Fra) AG2R La Mondiale 0:02:20 4 Mikel Landa (Spa) Team Sky 0:02:21 5 Fabio Aru (Ita) Astana Pro Team 0:03:05 6 Daniel Martin (Irl) Quick-Step Floors 0:04:42 7 Simon Yates (GBr) Orica-Scott 0:06:14 8 Louis Meintjes (RSA) UAE Team Emirates 0:08:20 9 Alberto Contador (Spa) Trek-Segafredo 0:08:49 10 Warren Barguil (Fra) Team Sunweb 0:09:25
1ªetapa, 7 de Julho: Noirmoutier-en-l'Île - Fontenay-le-Comte, etapa plana, 201.0 km
Está na estrada a 105ª Edição do Tour de France! As primeiras pedaladas serão dadas na zona Oeste de França, mais concretamente na região da Vendée, que já não acolhia uma Grand Départ desde o ano de 2011, cuja primeira etapa foi ganha por Philippe Gilbert, num final de jornada situado num pequeno topo. No entanto, e ao contrário do que aconteceu em 2011, este é um dia que não deverá favorecer os puncheurs. Será um dia totalmente plano, apenas com uma contagem de montanha de 4ªcategoria praticamente simbólica, para atribuir a primeira camisola de montanha. Os primeiros 135 quilómetros da tirada serão sempre percorridos junto ao mar, com os restantes 65 um pouco mais para interior, mas ainda assim não muito longe da costa. Todo o cuidado será pouco, já que o vento costuma soprar com alguma intensidade nesta região. Para além disso, existe o nervosismo acrescido do primeiro dia de competição da maior competição velocipédia mundial. O posicionamento será decisivo no caso de existirem cortes ou quedas, e alguns ciclistas poderão desde já começar a perder tempo importante. Mas o grande destaque do dia deverá ir para os sprinters, que terão aqui uma oportunidade de ouro para conquistar a etapa e assim a primeira camisola amarela do Tour de France. Será certamente uma batalha extremamente interessante entre os melhores sprinters do mundo!
2ªetapa, 8 de Julho: Mouilleron-Saint-Germain - La Roche-sur-Yon, etapa plana, 182.5 km
O segundo dia de competição continua na região da Vendée, com a partida de Mouilleron-Saint-Germain, uma das mais pequenas localidades da história a acolher uma partida do Tour, tendo apenas 1800 habitantes. Esta será mais uma jornada sem dificuldades orográficas de assinalar, com a excepção de uma pequena contagem de montanha de 4ªcategoria, logo na fase inicial da etapa, e que será certamente local de batalha pelo ponto atribuído ao primeiro ciclista que por lá passar. A fuga do dia deverá estabelecer-se de uma forma confortável, e as equipas dos sprinters tentarão certamente controlar a corrida, para o que final possa terminar num sprint compacto. O timing de lançamento do sprint será essencial, já que existe uma leve inclinação nos 500 metros finais da tirada. Esta é uma cidade com alguma tradição de ciclismo, já que por várias vezes foi palco do final do Tour de Vendée, tradicional prova de um dia do calendário francês e da Coupe de France, que já contou com vitórias de Nacer Bouhanni e Christophe Laporte. Mas a última vez que La Roche-sur-Yon acolheu uma chegada do Tour foi já no longínquo ano de 1938, quando o belga Eloi Meulenberg, na altura campeão do mundo em título, foi o mais forte numa chegada em pelotão compacto. Será bom prenúncio para os homens da Cofidis ou Peter Sagan?
3ªetapa, 9 de Julho: Cholet - Cholet, contra-relógio por equipas, 35.5 km
Chegada a 3ªetapa aparece um dos dias que pode começar a decidir o Tour, já que se disputa o contra-relógio por equipas! Ausente desde o Tour 2015, este será um dos dias que vai definir a ordem da classificação geral, pelo menos na primeira semana de competição. Depois dos contra-relógios por equipas disputados nos últimos meses, prevê-se que alguns dos favoritos ao Tour, principalmente os que estão integrados nas equipas Sky, BMC e Sunweb, possam sair favorecidos desta jornada. As equipas menos aptas para o esforço colectivo terão de tentar minimizar as perdas, que podem ainda ser assinaláveis num contra-relógio que terá mais de 35 quilómetros de extensão. Desde 2009 que o Tour não tinha um contra-relógio colectivo com mais de 30 quilómetros, pelo que as equipas dos favoritos terão de dar o seu melhor, para que os seus ciclistas não fiquem desde já numa posição desfavorável na classificação geral. Da última vez que se disputou um contra-relógio colectivo a vitória foi para a equipa BMC. Poderão Richie Porte e os seus colegas repetir a vitória de 2015?
4ªetapa, 10 de Julho: La Baule - Sarzeau, etapa plana, 195.0 km
A 4ªetapa do Tour 2018 será, teoricamente, mais uma jornada favorável aos velocistas. Tanto a localidade de partida como a de chegada recebem pela primeira vez a caravana do Tour, num dia maioritariamente plano, e em que os ciclistas começam e terminam junto ao mar, apesar de quase toda a tirada se disputar numa zona mais interior da região do Pays de la Loire, e com o final da etapa já a ser percorrido no sul da Bretanha. Pela situação geográfica este é mais um dia em que o vento poderá ser um dos principais protagonistas do dia, podendo levar a mais uma tirada nervosa e onde o posicionamento seja essencial ao longo da jornada. Em termos de dificuldades montanhosas há apenas a referir uma contagem de montanha de 4ªcategoria, com menos de 1000 metros de extensão, no início da segunda metade da etapa. Se o vento não deixar a sua marca, este deverá um daqueles dias tradicionais de início do Tour, em que uma fuga se forma na fase inicial da etapa, rapidamente estabelece a sua vantagem, e as equipas dos sprinters controlam toda a tirada, para que o final possa ser disputado em sprint compacto. Esta poderá ser a terceira oportunidade para os ciclistas mais rápidos, e a hierarquia entre os principais sprinters já se poderá começar a definir.
5ªetapa, 11 de Julho: Lorient - Quimper, etapa acidentada, chegada em topo não categorizado, 204.5 km
No quinto dia de competição o pelotão terá pela frente mais de 200 quilómetros, em pleno coração da Bretanha, e naquele que será o dia mais duro do Tour até aqui. A segunda metade da etapa reserva-nos 5 contagens de montanha, com as duas iniciais de 4ªcategoria, que servem de “aperitivo” para as 3 últimas contagens de montanha do dia, já de 3ªcategoria, e que poderão começar a abanar um pouco o pelotão. Apesar da última subida categorizada do dia se situar a cerca de 25 quilómetros da meta, não se pense que as dificuldades terminam por aí, já que o terreno é um constante sobe e desce até à chegada em Quimper, que é também em subida. O último quilómetro apresenta uma inclinação média de 4.8%, mas a parte mais dura é mesmo nos 500 metros iniciais, com os últimos metros a tornarem-se mais planos. Esta é uma tirada que até poderá ser decidida ao sprint mas, se assim for, nem todos os sprinters estarão na discussão final. Dada a dureza da segunda metade da etapa não é de excluir que possam haver ataques nos quilómetros finais, principalmente entre os puncheurs, que impeçam que a etapa seja discutida ao sprint. Os favoritos à classificação geral deverão também estar atentos, uma vez que poderão ser apanhados desprevenidos em cortes a posição no pelotão não seja a mais favorável. Não é também de descartar que a subida final possa fazer pequenos cortes, que levem a alguns ajustes na classificação geral.
6ªetapa, 12 de Julho: Brest - Mûr de Bretagne, etapa acidentada, chegada em alto, 181.0 km
Na 6ªetapa do Tour 2018 os ciclistas continuarão a pedalar por estradas Bretãs, em mais uma jornada com alguma extensão, e em que as dificuldades montanhosas poderão marcar algumas diferenças. Apesar do percurso ser, aparentemente, mais fácil que o da etapa anterior, o final do dia é tudo menos fácil, já que o pelotão terá de enfrentar a mais conhecida subida da Bretanha, o Mur de Bretagne. E logo com uma dupla ascensão e uma chegada em alto, tal como nas etapas disputadas em 2015 e 2011, que contaram com vitórias de Alexis Vuillermoz e Cadel Evans, respectivamente. A primeira passagem por esta ascensão situa-se a apenas 16 quilómetros da meta, pelo que poderá constituir uma excelente oportunidade para ataques de ciclistas menos marcados na classificação geral, e que tenham a intenção de disputar a etapa. Ainda assim o mais provável será que tudo se decida nos últimos 2000 metros da etapa, a 6.9% de inclinação média, na subida final de 3ªcategoria. Quem quiser estar na luta pelo Tour de France terá de começar a mostrar-se nesta subida, e um mau posicionamento ou um dia menos favorável poderão já começar a marcar algumas diferenças relevantes. Esta deverá ser uma etapa discutida entre os puncheurs e alguns dos ciclistas da geral com melhor ponta final.
7ªetapa, 13 de Julho: Fougères - Chartres, etapa plana, 231.0 km
Ao sétimo dia não há descanso para o pelotão, já que se percorre a mais longa tirada desta edição do Tour. Os ciclistas deixarão para trás a Bretanha e terão pela frente mais de 230 quilómetros, estando a meta situada em Chartres. Este é um local marcante para a história do Tour, já que foi em Chartres que Bradley Wiggins confirmou a sua vitória na edição de 2012, num contra-relógio individual, tendo também sido o palco da longa fuga que atribuiu a camisola amarela pela primeira vez na carreira a Thomas Voeckler, tendo na altura a vitória de etapa sorrido a Stuart O’Grady. Apesar do percurso ser quase totalmente plano, contando apenas com uma contagem de montanha situada a meio da etapa, não seria de estranhar que uma fuga pudesse vir a ter sucesso, dada a extensão da etapa. As equipas dos sprinters poderão não ter interesse em controlar a tirada, e assim propiciar a que a fuga do dia possa ter sucesso, tal como em 2004. Outro dos factores a ter em conta será novamente o vento, que poderá soprar com alguma intensidade nos 40 quilómetros finais da etapa. É ainda de realçar que, no caso de uma chegada ao sprint, o timing de lançamento do mesmo poderá ser essencial na decisão da etapa, já que o último quilómetro apresenta uma ligeira inclinação,, que poderá ser suficiente para deixar sem pernas os sprinters que arrancarem primeiro para a meta. Sprint ou fuga?
8ªetapa, 14 de Julho: Dreux - Amiens, etapa plana, 181.0 km
O segundo fim de semana de competição inicia-se com mais uma etapa com perfil relativamente semelhante ao que tem sido habitual nesta primeira semana de competição, tendencialmente plana e poucas (ou nenhumas) dificuldades montanhosas. A etapa apresenta duas contagens de montanha de 4ªcategoria, ainda na fase inicial da etapa, e que não irão criar problemas aos ciclistas. Mas o grande destaque desta jornada pode ir novamente para a meteorologia. A fase final da etapa, já disputada na Normandia, decorre em estradas muito expostas e descampadas, pelo que o vento poderá ser um factor a ter em conta no rumo dos acontecimentos. Este deverá ser mais um daqueles dias típicos do Tour, em que todos os blocos tentam o melhor posicionamento possível, numa fase em que ainda está praticamente tudo por decidir em termos de classificação geral. A cidade de Amiens já foi palco de várias chegadas do Tour ao longo da sua história, sendo que na história recente tivemos vencedores como André Greipel ou Mario Cipollini, o que reflecte o tipo de ciclista que, com maior grau de probabilidade, deverá ser o primeiro a cortar a meta. Em vésperas de um dia muito importante para as contas da geral os sprinters serão novamente os grandes candidatos à vitória da etapa. Sendo este o dia 14 de Julho, poderá um ciclista francês erguer os braços em Amiens?
9ªetapa, 15 de Julho: Arras - Roubaix, etapa plana com pavé, 156.5 km
Chega aquele que é por alguns considerado como até, eventualmente, o dia mais importante desta edição do Tour de France, em que o pavé do Paris-Roubaix irá certamente deixar as suas marcas! A meta da 9ªetapa está situada em Roubaix, que já não acolhe uma chegada do Tour desde 1985, naquele que deverá ser um regresso em grande à cidade que alberga o final da mais importante clássica do ciclismo mundial. A etapa será relativamente curta, com pouco mais de 150 quilómetros, mas extremamente exigente, já que o percurso contempla 15 sectores de pavé, num total de 21.7 quilómetros. Nem é preciso referir que os candidatos à vitória final do Tour terão de estar totalmente concentrados, já que um deslize ou uma queda pode significar, não só uma perda de tempo, como até a eventualidade de se ficar completamente arredado da luta pelo Tour. Esta é uma das tradicionais etapas em que não se deverá ganhar o Tour, mas em que se o poderá perder de forma irremediável. Este será um dia de grande espectáculo, e em que as equipas dos principais favoritos terão de estar à altura dos acontecimentos. Se a meteorologia for adversa, à semelhança do que aconteceu em 2014, as diferenças de tempo podem ser ainda mais pronunciadas e, quem sabe, colocar alguns dos candidatos à geral na linha da frente para a vitória e o pódio final.
16 de Julho – dia de descanso: Annecy
10ªetapa, 17 de Julho, Annecy - Le Grand-Bornand, etapa de montanha, 158.5 km
Logo após o primeiro dia de descanso arranca a segunda semana do Tour num contexto completamente distinto, já que passamos directamente do norte de França para os Alpes! A primeira etapa de montanha, apesar de não ter um final em alto, vai começar a seleccionar os ciclistas, e será um primeiro crivo para definir os ciclistas que definitivamente não terão capacidade para discutir os primeiros lugares do Tour. A jornada não chega aos 160 quilómetros, mas apresenta 5 contagens de montanha categorizadas, que vão certamente provocar enormes alterações na classificação geral. A jornada começa em Annecy, e o pelotão terá uma contagem de 4ªcategoria logo a abrir o dia, para aquecer as pernas. O pior virá depois. Ainda na primeira hora de subida começa a escalada para o Col de Croix-Fry, naquela que é a primeira contagem de 1ªcategoria do Tour. O restante da jornada é praticamente sempre em permanente sobe e desce, com especial destaque para a duríssima subida da Montée du plateau des Glières, de categoria extra, e com uma inclinação média acima dos 11%. A combinação final de 2 subidas de primeira categoria, com o Col de Romme e Col de la Colombière, com inclinações quase sempre a rondar os 8%, deverá ser demolidora, e deixar um grupo muito restrito de favoritos na frente da corrida, isto se a fuga do dia não vier a ter sucesso. Os trepadores têm aqui o seu primeiro teste, e poderão começar a recuperar tempo depois do pavé e do contra-relógio colectivo.
11ªetapa, 18 de Julho, Albertville - La Rosière Espace San Bernardo, etapa de montanha, chegada ao alto, 108.5 km
Ao segundo dia nos Alpes temos finalmente a primeira verdadeira chegada em alto do Tour, naquele que é sempre um dia muito esperado por todos os adeptos da modalidade! Esta é uma etapa muito curta, que não chega aos 110 quilómetros, e que poderá ser atacada quase desde o início, especialmente por ciclistas que estejam mais atrasados na classificação geral e pretendam recuperar tempo. A etapa praticamente não apresenta um metro plano, e inicia-se com duas contagens de montanha de categoria extra de seguida (Montée de Bisanne e Col du Pré), que já deverão seleccionar de forma significativa o pelotão principal. Logo em seguida há uma relativamente curta ascensão pela vertente mais acessível do Cormet de Roseland, para depois uma longa descida até Bourg-Saint-Maurice, de onde se inicia a ascensão final para La Rosière, que acolhe pela primeira vez uma chegada do Tour. São mais de 18 quilómetros, a uma pendente média que não chega aos 6%, sendo a parte central da subida a mais dura, com 6 quilómetros consecutivos em que as inclinações nunca baixam dos 6%. No entanto, os 4 quilómetros finais apresentam uma inclinação que ronda os 4 a 5%, pelo que, a existirem diferenças importantes, terão de surgir ataques numa fase mais precoce da subida. Em véspera de Alpe d’Huez a pólvora poderá ficar guardada para o dia seguinte…
12ªetapa, 19 de Julho, Bourg-Saint-Maurice Les Arcs - Alpe d'Huez, etapa de montanha, chegada em alto, 175.5 km
Este é talvez o dia mais tradicional do Tour, já que a etapa termina na mais conhecida das subidas da Volta à França, o Alpe d’Huez! Uma enorme multidão de centenas de milhares de pessoas aguardará os ciclistas nas 21 míticas curvas da subida final. Mas não se pense que a etapa se resume aos últimos 14 quilómetros, já que os restantes 160 também apresentam dificuldades importantes. Esta etapa também outras duas tradicionais subidas do Tour, caracterizadas principalmente pela sua extensão. A primeira dificuldade do dia é a contagem de montanha situada no Col de la Madelaine, aos 2000 metros de altitude, numa ascensão de mais de 25 quilómetros. Ultrapassada esta subida e a contagem seguinte, de 2ªcategoria, começa a ainda mais longa ascensão para o Col de la Croix de Fer, de 29 quilómetros. Apesar da inclinação média destas duas subidas não ser a mais elevada do Tour (6,3 e 5,2% respectivamente), o desnível acumulado vai certamente deixar muitos ciclistas de pernas bem pesadas para encararem o final da etapa no Alpe d’Huez, pela 30ª vez na história do Tour. Esta poderá ser das etapas mais propícias aos trepadores mais puros, tanto pela sua dureza e extensão, bem como pelo facto dos ciclistas andarem próximo dos 2000 metros de altitude. A última chegada ao Alpe d’Huez foi no ano de 2015, com vitória de Thibaut Pinot. Aliás, das 3 últimas vezes que o Tour aqui terminou, a vitória acabou sempre por sorrir aos franceses. Poderá a história repetir-se?
13ªetapa, 20 de Julho, Bourg d'Oisans - Valence, etapa plana, 169.5 km
A 13ªetapa não deverá ser de azar para grande parte do pelotão, já que estamos de saída dos Alpes, e portanto é a altura ideal para descansar activamente do enorme desgaste dos dias anteriores. Curiosamente a etapa inicia-se em pleno coração dos Alpes, em Bourg d’Oisans, local onde se iniciou no dia anterior a subida final para o Alpe d’Huez. Mas hoje o percurso é inicialmente descendente, sendo de esperar que os primeiros 30 quilómetros sejam percorridos a uma enorme velocidade. Só aí o pelotão enfrenta um primeiro obstáculo, com uma contagem de montanha de 3ªcategoria, que poderá servir de plataforma de lançamento para a fuga do dia. Sendo esta uma etapa de transição, depois de 3 dias de alta montanha, e em vésperas de nova chegada em alto, é muito provável que uma fuga venha a ter sucesso. Ainda assim poderão existir equipas interessadas em controlar a etapa para que o final seja ao sprint, já que a ausência de dificuldades relevantes poderá propiciar a que a chegada se dispute num sprint compacto. A meta está localizada em Valence, no vale do Rio Ródano, cidade que acolhe pela terceira vez uma chegada do Tour, tendo a última ocorrido no ano de 2015, na altura com vitória de André Greipel. Poderá o alemão repetir o feito, ou teremos uma fuga vencedora?
14ªetapa, 21 de Julho, Saint-Paul-Trois-Châteaux - Mende, etapa acidentada, chegada em alto, 188.0 km
O terceiro fim de semana do Tour abre com uma etapa acidentada, principalmente na sua segunda metade, já disputada em pleno Maciço Central. Os últimos 80 quilómetros da jornada são em permanente sobe e desce, contando com duas contagens de 2ªcategoria e uma de 3ªcategoria. A separação das águas deverá começar a cerca de 70 quilómetros da meta, quando o pelotão estiver a enfrentar uma subida de mais de 9 quilómetros com uma inclinação média superior a 5%, para o Col de la Croix de Berthel. Aqui é de esperar que as equipas que tenham intenções de disputar a etapa comecem a endurecer a corrida, até porque 13 quilómetros depois há nova contagem de montanha, apenas de 3ªcategoria, mas com uma inclinação média superior aos 6%. Daí até final, e depois de ultrapassado um pequeno topo não categorizado, o percurso é maioritariamente muito rápido e em descida, até à entrada de Mende, onde a temível subida do Col de la Croix Neuve aguarda o pelotão. Esta é também já um habitué do Tour. Apesar de apenas 3 quilómetros apresenta uma inclinação média de 10.2%, com rampas que atingem os 18%, e que irá certamente colocar despedaçar o grupo que lá chegar. Os ciclistas explosivos têm aqui uma grande oportunidade, e os candidatos à geral terão de estar à altura dos acontecimentos. A meta está colocada 700 depois de ultrapassada a subida, o que ainda assim poderá ser suficiente para mudar o rumo dos acontecimentos, como se viu em 2015, quando Stephen Cummings, de uma forma memorável, veio a conquistar a etapa.
15ªetapa, 22 de Julho, Millau - Carcassonne, etapa acidentada, 181.5 km
O desgaste começa a acumular-se nas pernas dos ciclistas depois de 2 semanas de competição, e esta 15ª etapa do Tour, apesar de teoricamente não ser das mais difíceis, poderá até revelar-se surpreendente. Este é mais um dia aparentemente destinado a uma fuga vencedora, já que dificilmente os sprinters terão capacidade para estar na luta pela etapa, com a subida de 1ªcategoria para o Pic de Nore situada a apenas 41 quilómetros da linha de meta. No entanto, e mesmo que a fuga do dia venha-se a revelar vencedora, poderá haver mais acção do que o esperado na última subida do dia. A Route d’Occitanie, corrida disputada no passado mês de Junho, contou com uma passagem nesta mesma subida, tendo sido bastante atacada, principalmente na descida, onde Alejandro Valverde e Luis Léon Sanchez chegaram a ter uma vantagem próxima dos 2 minutos nos 20 quilómetros finais, mas foram neutralizados em plena linha da meta. E se nessa prova o Pic de Nore estava situado a 70 quilómetros da meta, aqui a chegada fica bem mais próxima, não havendo mais de 20 quilómetros planos antes da linha de meta, o que poderá dar ideias a alguns ciclistas, tanto na fase de subida como de descida, até porque o dia seguinte é de descanso. Carcassonne acolhe o final da etapa, o que já não acontece desde 2006, sendo que na altura a fuga inicial teve sucesso, com a vitória de Yaroslav Popovych. É possível que a história se repita, mas com diferentes personagens.
23 de Julho – dia de descanso: Carcassonne
16ªetapa, 24 de Julho, Carcassonne . Bagnères-de-Luchon, etapa de montanha, 218.0 km
Está na estrada a derradeira e decisiva semana do Tour de France! E à semelhança da entrada dos Alpes, depois de um dia de descanso, temos um dia inicial nos Pirinéus com montanha importante, mas ainda sem uma chegada em alto. Esta é a segunda mais longa etapa do Tour o que, aliado à dureza dos 70 quilómetros finais e ao facto de se disputar logo após um dia de descanso, poderá causar algumas surpresas e, quem sabe, abanar a classificação geral. Os dois primeiros terços da etapa são relativamente tranquilos, em que existem apenas a assinalar 2 contagens de montanha de 4ªcategoria, que mesmo na classificação da montanha não terão grande influência. Mas pode este ser o terreno propício para que a fuga ganhe uma larga vantagem e seja bem sucedida. A parte final da etapa reserva-nos 3 importantes contagens de montanha (1 de 2ªcategoria e 2 de 1ªcategoria), que poderão servir de palco para ataques surpreendentes. Atenção à subida (e respectiva descida) do Col du Portillon, na única (e breve) incursão do Tour fora de território francês, que com mais de 200 quilómetros nas pernas poderá provocar diferenças inesperadas entre alguns dos candidatos, principalmente se houver alguém que arrisque nos 10 quilómetros finais em descida até à linha de meta. Aliás, da última vez que o Tour chegou a Bagnéres de Luchon, foi Chris Froome o vencedor da etapa, depois de um arranque memorável na última descida do dia em direcção à chegada. Poderá a história repetir-se?
17ªetapa, 25 de Julho: Bagnères-de-Luchon - Saint-Lary-Soulan Col du Portet, etapa de montanha, chegada em alto 65.0 km
Se a edição 2017 do Tour já surpreendeu o mundo do ciclismo, quando apresentou uma etapa de montanha com 101 quilómetros, que dizer desta 17ªetapa? Os ciclistas terão pela frente apenas 65 quilómetros (e não, não é um contra-relógio), mas este dia será, no mínimo, enigmático. Não há registo na história recente de uma etapa em linha tão curta, pelo menos desde o tempo em que acabaram as etapas com 2 sectores, pelo que ninguém sabe o que se poderá esperar ao certo. Mas pelas características da maior parte da etapa, a subir ou a descer desde o quilómetro zero, não será de admirar que a velocidade seja alucinante, e que a corrida seja lançada desde a subida inicial para Peyragudes, que poderá já servir de palco para uma enorme batalha entre os favoritos. Ultrapassada a primeira contagem de montanha e a descida, inicia-se nova subida, desta vez para o Col Val Louron-Azet, de 1ªcategoria que, não sendo muito longa, apresenta uma inclinação média acima dos 8%. Por esta altura a corrida já estará provavelmente partida, mas o pior (ou o melhor, dependendo da perspectiva) ainda está por vir. O Col de Portet aguarda os ciclistas, naquele que será o local a maior altitude desta edição do Tour. Esta é uma subida terrível, com uns intermináveis 17 quilómetros a uma inclinação média a rondar os 9%. Apesar de ser a mais curta etapa do Tour (excluindo os contra-relógios), este dia poderá revelar-se absolutamente decisivo nas contas finais do Tour. Não seria de admirar que o camisola amarela no final desta etapa se revele o vencedor final em Paris.
18ªetapa, 26 de Julho: Trie-sur-Baïse - Pau, etapa plana, 171.0 km
O enquadramento desta etapa, entre 2 jornadas de alta montanha, é o típico de uma etapa de transição, em que a grande maioria das vezes uma fuga arranca logo nos quilómetros iniciais para nunca mais ser vista pelo pelotão. No entanto estamos precisamente a meio da terceira semana de competição, e a ausência de chegadas ao sprint nos dias anteriores, e nas etapas que se seguem poderá motivar as equipas dos sprinters, principalmente nos casos em que ainda não tiverem ocorrido vitórias e não existirem objectivos no que respeita à geral. Em 2017 existiu também uma chegada a Pau, mas ainda antes do pelotão enfrentar os Pirinéus, e que terminou com vitória ao sprint de Marcel Kittel. Este ano a dúvida reside mesmo no facto dos ciclistas já contarem com 17 dias de competição nas pernas, que poderá levar a que a jornada seja encarada com uma maior tranquilidade pelo pelotão, com a excepção óbvia dos ciclistas que se intrometerão na fuga. Este é um dia de difícil definição até porque tradicionalmente as chegadas a Pau terminam em fuga. Excluindo a vitória de Kittel em 2017, é preciso recuar até 1997 para recordar uma vitória de um sprinter, tendo sido Erik Zabel a bater toda a concorrência. O dia é praticamente todo disputado em terreno rolante, com a excepção de 2 pequenas contagens de montanha de 4ªcategoria, estando a última localizada a pouco mais de 20 quilómetros da chegada. No entanto não é crível que este venha a ter algum impacto no desfecho final da etapa. Teremos fuga vencedora, ou uma luta entre sprinters?
19ªetapa, 27 de Julho: Lourdes - Laruns, etapa de montanha, 200.5 km
A derradeira etapa de montanha conta com algumas das mais conhecidas subidas dos Pirinéus, sendo de destacar as subidas ao Aspin, Tourmalet e Aubisque, embora por uma vertente diferente da tradicional. A mais longa etapa pirenaica reserva ainda outras subidas. Logo após a partida de Lourdes o pelotão enfrenta duas subidas de 4ªcategoria, que deverão constituir o local ideal para que a fuga do dia se forme. A acção no pelotão pode começar a aquecer na segunda hora de corrida, quando se iniciar a subida para o Col d’Aspin. Os seus 12 quilómetros a 6.5% de inclinação vão certamente começar a seleccionar o grupo de favoritos, especialmente se o ritmo for endurecido. Ultrapassado o Aspin temos uma rápida descida e nova subida para o mítico Tourmalet. Apesar de ainda situado a cerca de 100 quilómetros da chegada não seria de admirar que sejam lançados ataques de longe por parte de ciclistas que ainda pretendem recuperar tempo importante na classificação geral. No entanto, se as diferenças forem curtas, a acção poderá ficar reservada para a combinação Col des Bordères e Aubsique. Serão cerca de 30 quilómetros maioritariamente em subida, apesar de algumas curtas descidas, e do facto de constituírem 2 contagens de montanha separadas. Ultrapassado o Aubisque os ciclistas terão pela frente uma sinuosa descida até Laruns. Se a subida para o Aubisque não fizer diferenças importantes, poderá até ser a descida final a ter influência decisiva na etapa e, quem sabe, no próprio desfecho do Tour.
20ªetapa, 28 de Julho: Saint-Pée-sur-Nivelle - Espelette, contra-relógio individual, 31.0 km
Chega o dia de todas as decisões da edição 2018 do Tour de France, com o contra-relógio individual que irá ajustar definitivamente as contas finais do Tour. À semelhança do que aconteceu em 2017, o contra-relógio final fica reservado para a véspera do final do Tour, de forma a (tentar) manter o suspense até ao fim. Apesar de ser bastante provável que o vencedor do Tour já esteja praticamente definido, existirão certamente lugares por ajustar, e poderá ser aqui que o pódio final vai ficar fechado. Não se deve no entanto desvalorizar a importância deste contra-relógio, já que é mais extenso e duro que o de 2017. O País Basco francês é uma zona bastante acidentada, e o percurso deste esforço individual reflecte precisamente essa realidade. A capacidade enquanto contra-relogista terá sempre a sua influência, mas o posicionamento e a dureza do mesmo poderá ditar resultados algo inesperados, e que serão mais uma consequência da frescura física e momento de forma dos principais candidatos aos primeiros lugares do Tour. A última subida do dia, com uma inclinação média superior aos 10%, e rampas que atingem os 20%, constitui o último grande teste desta edição do Tour. Todas as energias que ainda restarem, depois de 3 longas semanas de Tour, terão de ser gastas aqui. Não há mais espaço para recuperações.
21ªetapa, 29 de Julho: Houilles - Paris Champs-Élysées, etapa plana, 116.0 km
O Tour entra no seu dia de consagração! Glória aos vencedores, mas honra também aos vencidos, que tiveram de ultrapassar um verdadeiro cabo das tormentas no decorrer destas extenuantes 3 semanas de competição. O champagne jorrará pelas gargantas dos heróis que percorreram as estradas francesas, mas com um sabor bem mais especial para todos aqueles que tiverem alcançado os seus objectivos, e especialmente para o vencedor final da 105ªedição do Tour. Contudo, há ainda uma etapa para disputar. E se os primeiros quilómetros deverão ser corridos a ritmo de passeio, com as brincadeiras e descontracção a marcarem presença, assim que chegarmos aos Campos Elísios tudo mudará. As tentativas de fuga vão-se suceder no circuito final, e nunca se pode excluir a hipótese de um ciclista em fuga conseguir a vitória de etapa. Mas o mais provável é mesmo um final em pelotão compacto. Todos os sprinters têm como sonho vencer nos Campos Elísios. Mas só um o poderá fazer, e assim suceder a Dylan Groenewegen, que foi o último a levantar os braços na edição 2017 do Tour de France. O vencedor desta jornada juntar-se-á à lista de notáveis que venceram nos Campos Elísios, entre os quais se incluem o próprio Groenewegen, André Greipel, Marcel Kittel, Mark Cavendish, Tom Boonen, Alexandre Vinokourov, Robbie McEwen, Djamolidine Abdoujaparov, Johan Museeuw, Bernard Hinault ou Freddy Maertens, entre muitos outros. Até 2019!
Para finalizar a análise do percurso deixo alguns números, 1 contra-relógios individual, 1 contra-relógio por equipas, 6 etapas de montanha, 4 etapas acidentadas, 8 etapas planas, 1 etapa plana com pavé, 2 dias de descanso, 23 dias de prova. Em termos de chegadas, 8 em sprint compacto, 1 num pequeno topo não categorizado, 5 em montanhas categorizadas, 5 em plano/descida, 2 contra-relógios.
Mesmo não sendo esse percurso oficial, não há muito mais a fazer. 4 dias na Vendée, mais uns quantos na Bretanha e a etapa a terminar a Roubaix no segundo domingo de prova tornam quase impossível passar por montanha pelo meio.
Registado: 15 Set 2015, 20:55 Mensagens: 2913 Localização: Ponte de Lima
Ainda tem o Mur de Bretagne pelo meio para testar um pouco as pernas. Mas espero bem que uma daquelas etapas planas seja rompe-pernas com 3a e 4a categorias.
Registado: 28 Mai 2017, 01:30 Mensagens: 399 Localização: Somewhere
2 cronos, 1 de 40 km (Lille até Lens) e o outro pelos meus cálculos pode ir até 30 km? Se este ano queriam que o Bardet ganhasse à força, acho que para o ano querem o Dumoulin.
Registado: 15 Set 2015, 20:55 Mensagens: 2913 Localização: Ponte de Lima
King da Montanha Escreveu:
2 cronos, 1 de 40 km (Lille até Lens) e o outro pelos meus cálculos pode ir até 30 km? Se este ano queriam que o Bardet ganhasse à força, acho que para o ano querem o Dumoulin.
O da etapa 20 é crono escalada, não sei é se tem uma zona plana antes da subida. Se não tiver, o CR fica com uns 12/13 Km e acho que o Froome ganha tempo ao Dumoulin.
Registado: 28 Mai 2017, 01:30 Mensagens: 399 Localização: Somewhere
AfonsoL19 Escreveu:
King da Montanha Escreveu:
2 cronos, 1 de 40 km (Lille até Lens) e o outro pelos meus cálculos pode ir até 30 km? Se este ano queriam que o Bardet ganhasse à força, acho que para o ano querem o Dumoulin.
O da etapa 20 é crono escalada, não sei é se tem uma zona plana antes da subida. Se não tiver, o CR fica com uns 12/13 Km e acho que o Froome ganha tempo ao Dumoulin.
Sendo assim está bem. De Arette a La Pierre Saint Martin afinal são 20,7km pela rota mais rápida por isso deve ser à volta dos 15-20km.
É muito improvável este percurso se concretizar: os designers do Tour nunca colocarão 5 subidas com mais de 12 quilómetros a fazer de chegada em alto, muito menos colocar Tourmalet, Alpe d'Huez e Superbagnères na mesma edição.
Observações: - Continua o número exagerado de etapas planas, o que sem etapas de média montanha pelo meio pode tornar-se bastante aborrecido - Média montanha quase inexistente, o que se começa a tornar ridículo visto que 80% dos punchers vão ao Tour - Na etapa do pavé os últimos 20 quilómetros são fraquíssimos (que tal em vez do Gruson, que tem quase mais berma que pavé, colocar o Carrefour de l'Arbre?) - Como já disse, parece-me muito improvável haver tantas chegadas em alto com tanta qualidade (as etapas do Alpe d'Huez, Mende e Superbagnères estão brutais), mas se a primeira semana for tão horrível como é neste percurso temporário, já não me parece tão improvável que a organização tenha que dar ao espetador uma compensação por uma semana de sono.
Mesmo não sendo esse percurso oficial, não há muito mais a fazer. 4 dias na Vendée, mais uns quantos na Bretanha e a etapa a terminar a Roubaix no segundo domingo de prova tornam quase impossível passar por montanha pelo meio.
As Ardenas Francesas onde faziam antigamente o Criterium Internacional dava para uma boa etapa.
_________________ “No one should expect that any logical argument or any experience could ever shake the almost religious fervor of those who believe in salvation through spending and credit expansion.”