Hora de fazer o balanço final deste Tour. Para mim foi a edição mais emocionante e com maior suspense desde a vitória do Cadel Evans em 2011. Apesar da Sky ter tido sempre o controlo da corrida, mas tendo em conta o que foram os últimos anos, diria que foi até um Tour bastante interessante. Pena à primeira semana ter faltado alguma emoção, muito devido à falta de vento, e as desistências do Nibali e especialmente do Porte. Acho que este último teria condições para desafiar o Geraint Thomas, mas isso agora nunca saberemos...

E apesar de não ter havido dobradinha Giro-Tour, não deixa de ser assinalável que pela primeira vez, desde 1998, tenha existido uma dobradinha no pódio do Giro-pódio do Tour. E logo com 2 ciclistas. Acho que a vitória no Giro e no Tour no mesmo ano será alcançada a curto/médio prazo.

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Eu nem vou pelas quedas, porque perde-se sempre um ou outro favorito por aí e este ano até nem foi dos piores (e até acho que este percurso era muito ao jeito do Uran). Mas, realmente, a primeira semana foi muito morta e ficou bastante abaixo das expectativas. Além disso, a última etapa de montanha era horrível, notou-se que havia vontade de alguns ciclistas para mexer com a corrida, mas a escolha daquela subida (s) final foi muito má. E, por acaso, os 4 primeiros são todos bons no crono, mas não deixa de me aborrecer um Tour com apenas um crono individual.

Mas, no geral, até foi melhor que os anteriores. E, em 21 etapas, tivemos 18 vitórias de ciclistas de topo (+1 pq o CRE foi ganho por uma equipa de topo na especialidade), o que mostra bem o nível competitivo elevado.

Quanto ao Giro-Tour, fala-se muito da semana extra entre as corridas, não sei qual terá sido a influência real que teve na prestação do Dumoulin e do Froome.

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Nunca serás esquecido, Pedro Peixoto aka Robbie Contador (1992-2011)!!

Também achei que foi uma edição com mais suspense em relação à vitória final, porque ao contrário de anos anteriores o Froome veio desgastado do Giro e por isso desde início que não houve um favorito tão claro como em anos anteriores e com o decorrer da corrida fiquei na expectativa que o Thomas pudesse quebrar e isso acabou por não acontecer.
No entanto o percurso acabou por desapontar sobretudo a primeira semana já que nem o vento forte nem a chuva apareceram e por isso ter de esperar até à etapa 10 pela montanha foi uma seca. As etapas dos Alpes foram muito boas mas os Pirinéus podiam ter sido mais bem desenhados e com mais finais em alto também. Por fim, continuo a achar que houve pouco CR e que o CRE inicial devia ter sido um CRI.

Em termos de surpresas e desilusões

-Thomas (apesar de ter feito uma preparação tradicional pensei que pudesse quebrar na 3ª semana)
-Dumoulin (nunca pensei que fizesse 2º no Giro e no Tour no mesmo ano)
-Lotto Jumbo( a melhor equipa a seguir à SKY, Roglic a mostrar que é o ciclista para três semanas, Kruijswijk de volta ao seu melhor e o Groenewegen a confirmar que é dos melhores sprinters do mundo)
-Alaphillipe (grande evolução na montanha)
-Bernal (grande talento foi dos 10 mais fortes na montanha)


-Kittel e Cav (os dois fora de forma e o Kittel então já nem acompanharo comboio consegue)
-Movistar (para quem levou os 3 líderes mais Soler e Amador, o resultado foi fraco e nem a classificação por equipas ou a vitória em etapa do Quintana salvaram a equipa)
- Mitchelton (Adam Yates uma sombra do seu irmão no Giro e a ausência do Caleb Ewan acabou por deixar a equipa sem plano b)
-Bardet (num Tour à sua medida acabou bem mais atrás do que nos anos anteriores, talvez fazer Giro-Vuelta para o ano lhe fizesse bem)
-Barguil (depois da grande prova em 2017 este ano foi uma sombra).