Davide Escreveu:
JorgeMiguel Escreveu:
Um advogado pode representar um ciclista só por curiosidade, assim como um familiar. Fora disso tens de ser agente
Por acaso dizia isso no site da UCI onde fui buscar aquela lista de agentes mas passou-em despercebido. Suponho que a maioria dos casos do WT sejam agentes ou familiares, não?
Este Continental devem ser todos o próprio ciclista.
https://www.uci.org/world-cycling-centre/training/uci-rider-agents-examAqui podes consultar um poucos as agências e respetivos representantes:
https://firstcycling.com/agent.phpQuanto à situação do Mendes é normal, apesar dos agentes andarem aqui para ganhar a vida, muitos deles já tiveram carreira desportiva e estão minimamente por dentro dos meandros do ciclismo. Procuram ajudar os corredores, existe sempre a preocupação de respeitar os contratos e o Mendes chega sem esse intuito, vem pelo dinheiro e monopolizar ao máximo. Não vai estar preocupado em respeitar o contrato se existir oferta melhor. Já existe um idiota igual que meio mundo não gosta dele (Acquadro) e a ideia é restringir ao máximo que apareçam mais.
WorldTour e ProCT a larga maioria tem agente, alguns casos raros que são advogados/familiares. A % também não é muita alta que cobram do ordenado, varia entre os 5 a 10%. Portanto, convém ter bons corredores no WorldTour para ter algum lucro e levar a vida. Continental muita pouca gente, em abono da verdade para o que ganhas não compensa, a não ser que a perspectiva seja dar o salto, aí compensa sempre. Por muito que se subestime o trabalho de um agente, ele tem sempre imensos contactos e eventualmente vai dar o jeito de encontrar alguma coisa melhor. Sei que o Amaro Antunes é agenciado ainda agora por exemplo.
Depois existe a outra parte do mercado, que começa a ser fortemente atacada, falo claro dos Sub23 e Júniores. Nunca lhe vais cobrar nada até terem o contrato professional. O teu objectivo com eles é o futuro, alguns ajudam com voos, testes e essas coisas, na esperança que um dia mais tarde lhes seja retribuido, caso do ex-agente do Bernal e do Sosa. É o mercado mais difícil, são jovens, vivem cheios de ilusões e pensam que estão em posição de fazer exigências por apresentarem algum talento. Acham que um Top5 na Volta Colômbia Sub23 ou um 4º lugar no Tour de Pays Vaud lhes vale um contrato professional e só assinam o contrato de representação até se conseguir um contrato nesses moldes. O fenómeno Evenepoel parece que contribuiu para esta ideia nos mais jovens e agora é recorrente, gente talentosa querer dar o salto imediato, não escutam ninguém e acham que estão a fazer o correcto, quando na verdade estão a léguas do talento dele e não estão preparados para dar um salto tão grande. Depois alguns agentes sujeitam-se a isso, o que para mim é estúpido. Um corredor destes anda a falar com 4 ou 5 agentes, o que lhe apresentar a melhor proposta, assina com ele. Só traz má reputação, os restantes que andaram a dar a cara, ficam com cara de pau e os representantes das equipas ficam logo com uma reputação errada do agente.