Como tenho vindo a dizer, um dos problemas actuais nos percursos dos GT's para mim é a crescente redução da quantidade de CR plano. Sem tantos km's de CR as diferenças são mais curtas e os trepadores não têm necessidade nenhuma de arriscar ataques de longe. Basta ver que o Giro do ano passado foi o que foi, porque a equipa mais forte (Astana) tinha um líder bastante mau no CR, e com o crono gigantesco pela frente precisavam de aproveitar todas as oportunidades para atacar. Por isso o melhor percurso do Tour que me lembro de ver foi o de 2007, exactamente porque havia bastante CR, mas também bastante montanha para poder compensar isso, e com etapas que incentivavam os ataques de longe.
Os percursos do Giro funcionam um bocado por fases, sendo que actualmente estão numa fase boa, depois daquele devaneio de 2014 em que resolveram imitar a Vuelta. O percurso do Giro 2015 é dos melhores que me lembro de ver em Grandes Voltas, porque felizmente perceberam que o formato de 2014 não tinha resultado (o percurso de 2013 também era bastante bom, antes de ter sido afectado pela neve). Mas aquele famoso Giro de 2004, por exemplo, ainda me dá náuseas
A Vuelta como já escrevi no tópico da prova faz constantemente percursos para no final os organizadores virem dizer que existiu emoção até ao fim, esquecendo-se de que isso na maior parte das vezes é tudo menos positivo, porque prefiro ver um jogo de futebol que termine 5-2 do que um que termine 0-0 sem remates à baliza mas que foi a penaltis. Na Vuelta, geralmente, e com uma ou duas excepções, basta ligar a televisão a 4 km's do fim das etapas para não se perder nada de relevante na corrida. As Vueltas de 2011 e 2015 foram os piores GT's a que tive de assistir, o que é um feito assinalável porque também existiram Tours bastante fracos recentemente.
Dito isto, actualmente:
Giro>Tour>>>Vuelta