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MensagemEnviado: 22 Nov 2016, 11:56 
Dobradinha no Tour
Dobradinha no Tour
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Registado: 29 Set 2015, 17:43
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Bom dia!

Como vi que o meu projeto dos "Óscares do Ciclismo" não estava a resultar, decidi continuar a escrever como faço regularmente. Demorei um pouco mais porque estive bastante atarefado com a escola.

Adiante, hoje irei-vos falar sobre duas equipas cuja sua evolução rápida me surpreendeu nos últimos anos e tentar assinalar alguns fatores, positivos ou negativos,que levaram ou condicionaram o seu sucesso. Não estou a falar de doping mas sim de ciclistas, membros da staff, vitórias e outras situações que as marcaram e fizeram evoluir estes dois projetos que acompanhei desde ou quase desde o seu começo: a Sky e a Dimension Data.

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Dimension Data

O projeto foi criado em 1997, pelo ciclista sul-africano Douglas Ryder, que depois da sua reforma em 2002, começou a dedicar todo o seu tempo ao desenvolvimento desta equipa que chegaria ao ao nível continental em 2008. Mas não podemos contar a história inspiradora desta equipa sem falarmos noutra história inspiradora do qual esta também faz parte: a do desenvolvimento do ciclismo em África a partir do século XXI, onde convém mencionar outras ações de homens de países ricos que vieram para promovê-lo, como Jonathan Boyer e a formação da seleção nacional do Ruanda, que será documentada num filme com a participação de Leonardo DiCaprio e Michael Bay, de nome “Land of Second Chances: The Impossible Rise of Rwanda’s Cycling Team” (ver link abaixo; aconselho o site; tem muitos bons artigos).
Um ano antes da equipa chegar a continental, uma equipa britânica, com direção italiana e sponsors sul-africanos chamada Barloworld trouxe consigo para o Tour de France, pela primeira vez, nomes vindos do continente africano como Christopher Froome e Daryl Impey. Com uma vitória conseguida por Robert Hunter, outro nome que mais tarde seria fundamental no desfecho do projeto MTN-Qhubeka, deu-se o início oficial da crença no ciclismo africano.
Em 2012, a MTN-Qhubeka começou a despertar a atenção do mundo do ciclismo depois de ter dominado por completo o calendário continental africano, muito graças ao sprinter/rolador sul-africano Reinardt Janse Van Rensburg e em 2013, foram convidados para participar em algumas provas World Tour, tais como a Milano-Sanremo, a qual venceu com Gerald Ciolek, que tinha estado em baixo de forma durante alguns anos na formação belga da Quickstep e no fim do ano, ainda veio Louis Meintjes com um 2º lugar nos mundiais de sub 23.
Em 2014, a vitória num monumento do ciclismo e um ano espetacular valeram uma oportunidade de estreia numa grande volta com o convite para a Vuelta a España, onde Meintjes, Sergio Pardilla e Kristian Sbaragli tiveram algum destaque.
Em 2015, foi a vez da equipa se estrear no Tour de France e logo com uma vitória extraordinária do veterano inglês Stephen Cummings num dia simbólico para África, o dia de Nelson Mandela. Em 2016, a equipa perdeu Meintjes mas ganhou Mark Cavendish e Igor Anton. O sprinter britânico procurava voltar ao topo da hierarquia dos sprinters e conseguiu realizá-lo ao vencer quatro etapas no Tour de France. No caso do trepador basco, este não conseguiu alcançar o sucesso de novo assim como Cavendish o fez.

http://www.bikeelegal.com/leonardo-dicaprio-vai-produzir-filme-sobre-equipe-de-ciclismo-de-ruanda/

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"A Fonte da Juventude Africana"

Na minha opinião, este foi e ainda é sem dúvida o maior fator de sucesso desta equipa. Desde 2013 que a então MTN-Qhubeka se foca na contratação de ciclistas experientes, com a contratação de Gerald Ciolek, de Sergio Pardilla e de Ignatas Konovalovas nesse ano, juntando-os a ciclistas de qualidade de origem africana, como Jacques Janse Van Rensburg, Daniel Teklehaymanot, Merhawi Kudus e Tsgabu Grmay. E logo ai se começou a ver o "rejuvenescimento" que habitualmente acontece nesta equipa: Apesar do lituano Konovalovas não ter feito nada de relevante, Ciolek conquistou a mais importante vitória da sua carreira na Milano-Sanremo e Pardilla andou muito ativo o ano inteiro, inclusive vencendo a Senhora da Graça e envergando a liderança na Volta a Portugal até ao dia da Torre, onde perdeu muito tempo. Sabendo desta espécie de poder, mais ciclistas quiseram-se juntar à MTN-Qhubeka: Linus Gerdemann em 2014, a grande vaga de 2015, composta por Edvald Boasson Hagen, Theo Bos, Matthew Brammeier, Stephen Cummings, Tyler Farrar, Matthew Goss e Serge Pauwels; Igor Anton, Mark Cavendish, Bernhard Eisel, Nathan Haas, Mark Renshaw e Kanstantsin Siutsou juntaram-se ao plantel em 2016 e em nada mais nada menos que dois anos, a agora Dimension Data transformou-se numa das melhores equipas do mundo. Para termos uma noção da evolução do ciclismo africano, antes dele começar aconteceram apenas duas vitória africanas no Tour: a do argelino Marcel Molinès, em 1950 (a Argélia era ainda uma colónia francesa quando esta vitória aconteceu) e a do sul-africano Robert Hunter, em 2007. Depois disto, Daryl Impey tornou-se no primeiro homem do continente africano a vestir a camisola amarela no Tour e Chris Froome, africano de nascimento mas britânico de nacionalidade, venceu essa mesma prova. Em 2015, o eritreio Daniel Teklehaymanot vestiu a camisola da montanha por quatro dias, fazendo história, assim como o britânico Stephen Cummings, que se tornou no primeiro ciclista de uma equipa africana a vencer no Tour.

O Monumento de Gerald Ciolek

Eu não vi a corrida porque na altura ainda não era fã da Milano-Sanremo mas as fotos que vi dizem tudo: um dia chuvoso com alguma neve, terrível e dificílimo, sobretudo quando se atravessa as descidas técnicas da Milano-Sanremo e para ajudar ainda mais à festa, La Manie, a subida que os sprinters detestam na corrida italiana, estava no percurso. Gerald Ciolek conseguiu seguir um ataque de Fabian Cancellara e Peter Sagan no Poggio e já lá em baixo, Ciolek sprintou contra o suíço e o eslovaco para uma vitória que foi a grande injeção de fé neste projeto. Como qualquer ideia que surja, esta nunca passará de uma ideia se alguém ou algum grupo tiver fé nela e com este triunfo, o universo do ciclismo começou a acreditar fortemente nesta equipa e na ideia de termos ciclistas africanos em grande destaque nos próximos anos, apesar de Ciolek ser alemão.

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Louis Meintjes, o Rapaz Diamante (alcunha inventada por mim)

Louis Meintjes estreava-se no nível continental nesse ano depois de ter obtido resultados interessantes na categoria sub 23, interessantes mas não relevantes. Na sua época de estreia na Qhubeka, o seu verdadeiro aparecimento aconteceu nos mundiais de Florença, que contaram com uma dureza acima da média, tendo atacado nos quilómetros finais e quase apanhando Matej Mohoric, que se sagrou campeão do mundo de sub 23 de 2013. Nesse ano, ainda conseguiu um 2º lugar no Tour du Rwanda, uma prova que está a decorrer neste momento e que muito recentemente me despertou o interesse. Em 2014, Meintjes conseguia fazer uma boa época, ficando em 11º no Tour de Langkawi, em 5º no Giro del Trentino, sendo o melhor jovem da prova e participou na Vuelta a España, onde andou fugido por várias ocasiões. Em 2015, Meintjes faz uma época espetacular: campeão continental de África, 6º no Tour do Oman, vence a Settimana Internazionale Coppi e Bartali, 8º no Giro del Trentino, 11º na Liège-Bastogne-Liège, anda em destaque no Criterium du Dauphine e no Tour de France e por fim, fecha top 10 na Vuelta a España. Em 2016, transferiu-se para a Lampre-Merida, tornando-se colega dos irmãos Costa. Na Lampre, Meintjes conseguiu novamente um bom ano com destaque para um top 10 no Criterium du Dauphine, no Tour de France e na prova de estrada dos Jogos Olímpicos. Louis Meintjes é por isso o mentor desta revolução no ciclismo africano; trata-se do diamante mais duro, mais rijo e mais valioso entre tantos outros do ciclismo africano.

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A ligação com Robert Hunter

Se tivesse que atribuir um prémio à pessoa que mais esforços fez para promover o ciclismo africano, atribuiria sem margem para dúvidas a Robert Hunter, sprinter sul-africano que se encarrgou de assegurar um futuro aos melhores ciclistas africanos caso o projeto MTN-Qhubeka não resultasse. O mesmo homem que venceu em Montpellier em 2007 é a razão de Louis Meintjes e de Tsgabu Grmay terem chegado à Lampre-Merida, equipa onde Hunter começou a sua carreira como profissional e com quem mantinha uma ligação amigável desde aí. O facto de Hunter manter estas ligações com múltiplas equipas do World Tour era um excelente plano de reserva caso o projeto falhasse. Mas felizmente não falhou.

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A Questão da Raíz Africana

Atualmente, alguns acusam a Dimension Data de estar a perder rapidamente as suas raízes africanas, com a contratação de diversos veteranos europeus. Não concordo nem um pouco com estas pessoas. Primeiro, a equipa nunca poderia chegar onde chegou com uma enorme percentagem de ciclistas africanos no plantel e mesmo que a equipa estivesse a perder as suas raízes africanas, o que eu acho que não está de maneira nenhuma, já cumpriram a sua missão no que diz respeito a revolucionar o ciclismo em África, desde campanhas de distribuição de bicicletas pela África do Sul, levadas a cabo pelo antigo patrocinador Qhubeka, até ao lançamento de jovens talentos como Louis Meintjes, Tsgabu Grmay, os companheiros Janse Van Rensburg (não são irmãos, curiosamente), Merhawi Kudus, Mekseb Debesay, Natnael Berhane (este foi lançado pela Europcar, assim como Dan Craven), Youcef Reguigui e Adrien Niyonshuti, que tem uma história de vida inspiradora, tendo perdido seis irmãos no genocídio do Ruanda!

Sky

Como muitas vezes se diz, "the sky's the limit" (o céu é o limite) do que podemos alcançar na vida e agora no ciclismo é exatamente isto que se passa. Desde a sua criação, em 2010, até ao dias de hoje, a equipa britânica Sky atingiu o limite daquilo que uma equipa de ciclismo pode se tornar não só levando o seu líder máximo Christopher Froome à vitória no Tour de France e ao pódio na Vuelta a España como também destacando-se nas clássicas do pavé e vencendo um monumento com Wouter Poels.
Observando o sucesso de Bradley Wiggins, que na altura representava a equipa da Garmin-Slipstream, no Tour de France 2009, onde fez 4º (3º após a desqualificação de Lance Armstrong), alguns especialistas ingleses como Dave Brailsford começaram a sonhar com a "criação do primeiro vencedor britânico do Tour em cinco anos". O Reino Unido sempre foi uma potência a nível mundial no ciclismo de pista mas na estrada, o facto de nunca um britânico ter vencido um Tour de France até 2012 diz tudo. Com a promessa bastante ambiciosa feita por Brailsford na cabeça, o projeto foi para a estrada em 2010, onde fez logo uma época bastante interessante, com várias vitórias em terrenos diversos. Infelizmente para a equipa, Wiggins foi "vítima de má forma" nesse ano e as coisas não correram muito bem no Tour. Em 2011, a Sky começou a ascender ao topo mundial. A equipa estava à espreita em quase todas as provas em que participava e no Tour de France, apesar do acidente terrível de Juan Antonio Flecha, que afetou também Johnny Hoogerland, e do abandono do líder Bradley Wiggins, que já tinha vencido o Criterium du Dauphine nesse ano, Edvald Boasson Hagen conseguiu a vitória por duas ocasiões, um feito sempre notável. Mas foi na Vuelta que a dupla Froome/Wiggins entrou em ação. Não conhecia Froome de lado nenhum até essa Vuelta e graças a um erro de estratégia, cometido ao mandar Froome perder tempo propositadamente e ceder a liderança para Wiggins, a equipa perdeu tudo para Juan José Cobo no mítico Angliru, onde finalmente o manager da equipa percebeu que Froome estava melhor que Wiggins. Ainda destaque para aquela vitória de Froome em Peña Cabarga e como não à forma de descrever a espetacularidade daquele último quilómetro deixo o vídeo em baixo. Em 2012 todos já se lembram de certeza. Com Mark Cavendish, Edvald Boasson Hagen, Michael Rogers, Richie Porte, Chris Froome e por fim o líder Bradley Wiggins, a equipa dominou por completo o Tour, de uma forma que quase fez lembrar a US Postal ou até mesmo a Renault-Elf, conseguindo 6 vitórias (3 com Cavendish, 2 com Wiggins e 1 com Froome). Acho que não vale a pena entrar em mais pormenores porque todos sabem muito bem o que aconteceu depois. A Sky foi-se reforçando com grandes nomes e foi ganhando tanto apoiantes como contestantes. Estes últimos defendem que a equipa estraga o espetáculo das corridas em que participa, o que não é totalmente verdade e já irei explicar porquê mais à frente. No âmbito disto, também gostaria que alguns de vocês fizessem de "advogado de acusação" e defendessem essa teoria. Selecionarei a melhor acusação e adicioná-la-ei a esta crónica.

(avançar para 14:35)

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O ciclismo britânico de pista

Como não acompanho ciclismo de pista, prefiro não falar um pouco sobre aquilo que não conheço, mas tenho ideia que, como já referi acima, o Reino Unido sempre foi uma das grandes potências nele. E Sir David Brailsford quis pegar no sucesso que o Reino Unido tem na pista e levá-lo para a estrada, com a contratação de Bradley Wiggins, de Geraint Thomas, de Luke Rowe, entre outros. Como muitos de vocês saberão, o ciclismo de pista é importante e quase imprescindível no desenvolvimento dos jovens para a estrada. Vejam o caso dos irmãos Oliveira em Portugal: foi graças às competências que ganharam na pista que conseguiram assinar pela Axeon, provavelmente a melhor equipa sub 23 do mundo.

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Froome vs. Wiggins

Foi na Vuelta de 2011, quando os dois ciclistas andaram na disputa da liderança da prova que esta rivalidade surgiu. Aí se viu a grande diferença entre os dois e o porquê da equipa ter apostado mais em Wiggins numa primeira fase: enquanto Wiggins é um verdadeiro inglês (ao nível da atitude e também das patilhas), Froome é um meio-inglês mais introvertido que nunca poderia atingir o mesmo nível de popularidade no Reino Unido que o seu companheiro de equipa. O que eu penso é que a direção da Sky apostou em Wiggins por este ter potencial para ser mais popular, apesar de Froome ser melhor na estrada.
Em 2012, no Tour, mais uma vez Froome mostrou-se melhor que Wiggins, naqueles curtos momentos em que Froome atacava e deixava Wiggins para trás e em dificuldades. Esta rivalidade ainda não era claramente visível entre os dois mas a mulher de Wiggins e a namorada de Froome anteciparam-se aos ciclistas e começaram a discutir via redes sociais.
No ano seguinte, a rivalidade tornou-se finalmente visível e para que se evitasse maiores confusões, a direção da equipa resolveu mandar Wiggins ao Giro e Froome ao Tour, uma decisão sem qualquer sentido, visto que para discutir o Giro é preciso descer minimamente bem, qualidade que Wiggins nem de perto nem de longe possui e como tal, a sua prestação no Giro foi catastrófica. A partir de uma altura cedia tempo simplesmente por estar desatento ou por descer mal e no contrarrelógio, foi vítima de uma queda que lhe impediu de recuperar o tempo perdido. Por fim, perdeu três minutos numa etapa plana e abandonou. Por outro lado, Froome conseguiu vencer o Tour, talvez com aquela que desde 2012 foi a equipa mais fraca da Sky num Tour.
Em 2014, Wiggins decidiu começar a sua preparação para as provas de pista nos Jogos Olímpicos e dedicar cada vez menos tempo ao ciclismo de estrada. O ano passado, fundou a Team Wiggins, que teve bastante sucesso no desenvolvimento de jovens britânicos, sendo que dois deles (Owain Doull e Jonathan Dibben) irão representar a Sky em 2017. Quanto a Wiggins, este já se retirou oficialmente e não competirá ao mais alto nível, pelo menos em estrada, no próximo ano.

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Um Bom Ambiente Interno

Apesar da rivalidade que falei anteriormente, a Sky consegue, no geral, proporcionar um ambiente interno excelente, ao contrário de equipas como a Tinkoff, onde Oleg Tinkov consegue tornar uma estadia na equipa num inferno a qualquer ciclista, mesmo que este seja o mais popular do mundo e faça uma super época, caso de Peter Sagan. Parecendo que não, este fator é um dos maior importantes. Se este ambiente não existisse, ninguém aceitaria de bom grande trabalhar para Froome. Apesar de muitos não concordarem, a Sky consegue dar uma oportunidade a muitos dos seus ciclistas. Deu a Luke Rowe, Ian Stannard e Michal Kwiatkowski nas clássicas do pavé, deu a Wouter Poels nas clássicas das Ardenas e deu a Mikel Landa e a Mikel Nieve no Giro d'Italia. Uma coisa a Sky e a Tinkoff têm em comum: muitos ciclistas que integraram as duas equipa não conseguiram alcançar o sucesso, caso de Beñat Intxausti e Danny Van Poppel, estes da Sky, e de Yuri Trofimov (chegou ao ponto de ter que se transferir para a Caja Rural) e Robert Kiserlovski, na Tinkoff.

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A super equipa

É óbvio que não podemos falar da Sky sem falar da super equipa que apresentou este ano no Tour de France. Depois lá vieram as habituais acusações de doping que as super equipas têm que carregar. Se formos ver, tivemos ao lado de Froome no Tour Geraint Thomas, Mikel Landa, Mikel Nieve, Wouter Poels e Sergio Henao. Estes três últimos podiam ser sem qualquer dúvida a aposta da equipa para a vencer a Vuelta ou o Giro e os seus resultados dizem isso mesmo. Como é que esta equipa atua? Lança Froome na primeira etapa de montanha para uma vitória que deixa os adversários em estado de choque e depois controla-os através do medo que ganharam de atacar esta equipa. Este ano nem foi preciso Froome ganhar minutos na montanha. Atacou numa descida, numa etapa ventosa e depois fez dois excelentes contrarrelógios. Nos dois primeiros casos, é ridículo os adversários deixarem isto acontecer, se bem que não têm total culpa, mas estas situações são perfeitamente evitáveis; basta um pouco de atenção. Mas depois também vêm os diretores a dizer a um ciclista para manter um lugar x porque é o melhor para o negócio. Infelizmente tenho que admitir que a tendência é para que no futuro quase todas as corridas sejam como o Tour de France deste ano foi, na parte do negócio estar à frente da própria modalidade. É claro que isto trás consequências negativas a longo prazo e o ciclismo perde adeptos e consequentemente patrocínios.

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E assim conclui-o a minha crónica. Mais uma vez peço desculpa por não estar a conseguir escrever regularmente e infelizmente isso irá continuar porque agora começa a segunda parte de testes. Por isso, só na segunda semana de dezembro é que poderei voltar a escrever.


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