Membro de Platina |
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Registado: 21 Abr 2012, 21:59 Mensagens: 7740 Localização: Coimbra
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Col du GalibierPendente média: 5.5 % Comprimento: 18 km Altitude inicial: 718 m Altitude no topo: 2642 m Pendente máxima: 12 %Última passagem numa grande volta: 2013, Giro de Itália Giovanni Visconti- 22/07/2011- Quem viu não esquece, provavelmente a melhor etapa que já tive o prazer de acompanhar, teve tudo que uma etapa de alta montanha merece, para quem não viu tem aqui o video dessa maravilhosa etapa!
Nesse dia o já retirado Andy Schleck escreveu uma das melhores páginas do ciclismo recente. Num Tour estranho onde Thomas Voeckler envergava a Amarela desde da etapa 9 e onde um incrível Rui Costa conquistou uma etapa em Super Besse (vingando o segundo lugar nesta mesma subida de Orlando Rodrigues nos anos 90.),sendo um Tour marcado por muitos heróis, desde de Hushovd, passando por Evans, acabando sempre no luxemburguês. Esse Tour era particularmente duro, com várias chegadas em alto e um crono antes de Paris, mas o Francês conseguiu dia após dia aguentar a Mailot Jaune, mesmo com os Ataques dos Schlecks(Frank e Andy), Contador, Basso e Evans e faltavam só 2 dias de alta montanha e um crono para acabar a 98ª edição da Grand Boucle e os franceses sonhavam com um título em Paris, algo que foge a nação gaulesa desde de 1984(B.Hinaut) Depois de uma entrada em falso na terceira semana, Andy Schleck estava obrigado a atacar e assim foi. Nesse dia a Leopard Trek lança dois homens na frente( Joost Posthuma e Maxime Monfort), tudo parecia antever o tal ataque de um dos irmãos. [youtube]http://youtu.be/2_D5QxbEmeg[/youtube] De muito longe o vencedor do Tour de 2010 atacou, a mais de 60km da meta e rapidamente ganhou tempo ao pelotão liderado pela Europcar de Voeckler e Rolland, aproveitando a inércia da SaxoBank de Contador e da Euskaltel Euskadi de Samuel Sanchez. Muitos perguntavam o porquê da inércia das equipas dos dois espanhóis, mas a subida até ao topo do Galibier explicou a decisão de não perseguir o ciclista da Leopard por parte das equipas de Bjarne Riis e de Galdeano. [youtube]http://youtu.be/-z3VIJtAxIM[/youtube] A 1,7 km deu se uma das imagens mais marcantes da carreira de Alberto Contador(ver video) e uma das mais divertidas para o clube de Antis de Alberto Contador!... as balas do Pistolero secaram perante o ritmo de Cadel Evans, algo que nunca tinha acontecido numa grande prova até então, Contador era humano e pagava lentamente o esforço da sua dupla Giro-Tour nas duras e inclinadas estradas do Galibier, perdendo 3 min e 50s para o Vencedor da tirada sendo apenas décimo quinto no final da etapa.
O momento que decidiu o Tour, Evans que percebe que não tem aliados no seu grupo, decide pegar na cabeça do pelotão a 12km da meta, naquele momento perdia mais de 4minutos para Schleck! A subida do Galbier no grupo dos favoritos nesse dia foi marcada pelo o enorme trabalho de Cadel Evans, com a vantagem de Schleck a ronda os 4 minutos, o australiano(já sem equipa nem ajudas) foi obrigado a pegar na corrida de modo a ter uma hipótese de finalmente triunfar na Grand Boucle. Nos últimos kms, Evans num duelo contra o mundo e contra o tempo, foi matando as aspirações de pódio a Cunego, Sanchez, Basso e Contador, limitando as perdas para um dia que se mostrou decisivo para o líder da BMC.
No final, venceria mesmo Andy Schleck com 2min e 7s de vantagem sobre o seu irmão, que aproveitou o enorme trabalho de Evans ao longo de toda a subida. Enquanto que Voeckler agradeceu a manutenção da amarela por escassos 15s a Deus(e a Rolland e Evans claro!). Nesse dia o melhor português deu pelo o nome de Sérgio Paulinho, com um modesto 78º lugar, enquanto que Rui Costa fechava no 88º no topo do Galibier, ele que lutou contra problemas físicos ao longo da segunda e terceira semana de prova.
E no final do Tour? Foi mesmo o Australiano a vencer! Com um enorme crono nas ruas de Grenoble, sendo só mesmo batido por 7s pelo o alemão Tony Martin. Nessa etapa Schleck até fez um bom crono(16º) mas mesmo assim perdeu 2min e 31 para o seu adversário.]Passo FedaiaPendente média: 7.5 % Comprimento: 14.1 km Altitude: 2057 m Pendente máxima: 18 % Último Vencedor: Mikel Nieve no ano de 2011 num ano em que o perfil do Giro era completamente desumano. Nesse dia bateu o veterano Stefano Garzelli e Alberto Contador(que foi desqualificado mais tarde) [youtube]http://youtu.be/qC4dfc-mub8[/youtube] Portugueses: O melhor tuga foi o Tiago Machado, com um 36º na etapa. Ele que no final da prova fecharia 19º na Geral, o seu melhor resultado de sempre numa grande Volta. Manuel Cardoso não partiu para essa etapa, abandonando pela segunda vez consecutiva uma Grande Volta precocemente(Tour 2010-Etapa 1)Obrigado a todos pela participação!
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