untal Escreveu:
Sadinus Escreveu:
Não estava a falar do que nós jogámos, que até nem foi mal na minha opinião. Acho que é mau uma equipa que tem que ganhar para se apurar passar 10/90 minutos do jogo ao ataque e depois vir chorar como se estivesse à espera de milagres sem fazer por isso.
Sobre o penalti, a mão do jogo com a Dinamarca, também num canto, só foi penalti porque a bola ia diretamente para golo. Aqui ele tocasse ou não, a bola acabava no Pepe a afastar ou no Patrício.
Isto de ir jogar com o Uruguai é chato. Já fomos papados pelo Chile há 1 ano, que joga parecido, e até pelo próprio Uruguai em sub-20.
Não jogamos mal? Estamos a jogar contra uma equipa cujos craques jogam no Olympiakos e no AZ (e tu ficaste surpreendido com a campanha do Egito, porque tinham jogadores que jogavam em Inglaterra e tal), respectivamente, que, na primeira parte, meteu o avançado a não largar o William Carvalho, o que resultou numa tremenda incapacidade de construção e em 0 lances de perigo. Eles trabalharam o processo defensivo, que é excelente, e tentaram procurar a sorte. De que forma é que isso é diferente do que a selecção portuguesa faz? Que ideias é que apresentamos que não procurar o Quaresma no flanco direito para ele cruzar? Ou esperar que o Ronaldo saque umas faltas e uns penaltis?
Esta é a segunda participação consecutiva do Irão em fases finais do mundial. Jogaram contra Espanha, Portugal e Marrocos (ou seja, um grupo muito difícil) e ficaram a um falhanço nos descontos de passar. O fornecimento das botas foi-lhes cortado, várias selecções recusaram jogar contra eles, entre outros problemas que tiveram. Jogaram da forma que puderam, que treinaram e tiveram manifesto azar (ver o golo da Espanha e o falhanço escandaloso nos descontos contra Portugal). Podes entender isso ou não, mas é por causa de comentários como esse que eu não me importava nada que fosses tu hoje a chorar.
É, o Irão são uns coitadinhos. O Queiroz desde que treina o Irão está-se sempre a queixar das sanções internacionais, apesar de elas terem sido levantadas em 2009 e só agora os Estados Unidos terem retomado esse caminho. Se formos por coisas exteriores ao futebol, também podemos falar que o Irão não respeita os direitos humanos e outras coisas, mas isso não entra no futebol.
E isso de chorar não é só agora. Pelo menos o Queiroz passou o mundial a chorar e a queixar-se, o problema é só se lembrar do mau e nunca se lembrar do bom, tipo ter tido uma cagada com Marrocos no último minuto depois de passar o jogo à cabeçada e protagonizar o jogo mais feio deste mundial. E não quero saber se lhe cortaram o fornecimento de botas, porque uma equipa quando joga bem e faz jogos decentes até descalços podem jogar. Não quero saber. Hoje, tudo o que vi foi uma equipa que precisava de ganhar e só de ganhar (hoje) e, apesar de ter capacidade para isso em todos os jogos,
como mostrou nos últimos minutos contra Portugal, preferiu passar os jogos à defesa e à porrada. Talvez Marrocos merecesse passar, mas o Irão, nem pensar. Jogasse mais futebol do que desse cacetada, e talvez merecesse também.
Muito rapidamente antes que a paciência se esgote, o que o Irão mostrou nos últimos minutos contra Portugal, não teria mostrado caso Portugal não recuasse 10 jogadores + o Ronaldo na frente. Que o Irão não tem capacidade para assumir o jogo de uma forma que os aproxime dos seus objectivos, toda a gente que atente na relação com a bola dos seus jogadores consegue entender. A Arábia Saudita, p.e., tentou fazer isso e teve muito menos sucesso que o Irão.
O Irão, pura e simplesmente, não deu cacetada ou porrada ou o que lhe quiseres chamar contra a Espanha e contra Marrocos. Hoje deu, em demasia, depois de ser assinalado o penalty contra eles.
Para terminar, o Irão-Marrocos não foi o jogo mais feio do mundial, na minha opinião. Cada um tem a sua e estou no meu direito de achar a tua uma oops, dado que estás muito mais preocupado em banalizar o Irão (e a dizer não quero saber, o que me faz crer que este post é uma pequena perda de tempo) e a sua forma de jogar do que atentar no jogo da nossa selecção contra uma visivelmente inferior.