zeduarte 10 Escreveu:
Concerto de menos a mais dos Coldplay. Acho que a minha opinião estava altamente condicionada por outros aspectos, mas no início não gostei tanto como estava à espera de gostar. Convenci-me de que não ia reprovar qualquer que fosse o alinhamento, que até foi bastante aceitável, mas quando entramos em campos campo a The Scientist, Yellow ou a In My Place quase para cumprir calendário não senti a energia e a envolvência que esperava.
Para mim o concerto começa a mudar na Clocks que foi um espetáculo brutal. Um bocado divergente do resto do concerto, muito colorido e tal, foi uma música forte e escura que deu muita fibra e jogou bem a teatralidade da Tour. Foi uma boa surpresa. Talvez isso me tenha puxado para dentro do concerto e a partir daí, mesmo sendo músicas menos boas que as habituais, gostei mais do concerto. As próprias interações do Chris Martin (é muito forte nisto) melhoraram e aumentaram muito com o avançar do concerto. Caraças, até o Roger Waters que se está a borrifar para os Pink Floyd passa imenso tempo do concerto a falar nas maravilhas que por lá fizeram e recordar e valorizar o passado com histórias e audiovisual a acompanhar. Os Coldplay vieram e despejaram os seus greatest hits sem arroz nem pão. Depois fechou-se muito bem com Charlie Brown e Fix You (aqui já foi muito diferente dos hits iniciais). Destaco 3 momentos do concerto: Clocks, Sky Full of Stars e depois o C-Stage com a Bárbara Bandeira, a Carminho e o Ivandro. Musicalmente não diz grande coisa, mas por algum motivo gostei de os ver e toda gente devolveu a adoração sobretudo à Carminho.
Gostei mais do Porto em 2013 e tenho pena se nunca mais voltar a ouvir Coldplay e gostar tanto como já gostei. Nem tenho grandes expetativas de ver revisitações de albuns anteriores ao Viva La Vida em concertos mais pequenos, mas gostava de os ver a entrarem nos clássicos com outro entusiasmo. Enfim, ao fim de 4 noites pode não ser assim tão motivante tocar as mesmas músicas de sempre e o público até facilita porque gosta sempre, mas eu não fico totalmente convencido.
Por acaso na quinta a Yellow foi um dos pontos altos, pelo menos para mim. Deve ter sido o momento, a par da Fix You, em que o estádio todo entrou num coro mais sintonizado.
Para mim por acaso não foi de menos a mais, foi de mais a menos e novamente a mais. Começou bem, depois lá para o meio abaixou um bocado de qualidade (talvez por serem músicas que não aprecio) e depois voltou a subir novamente no final. Embora seja uma música que não tenha o hábito de ouvir, a A Sky Full of Stars é um excelente espetáculo em concerto na plateia. Esperava mais no entanto da Fix You, que era a canção pela qual tinha mais expectativa e que não as completou totalmente. Trocava muita música mais recente por algumas músicas mais conhecidas do período anterior ao X&Y (inclusive) que ficaram de fora (como a In My Place), e trocava a Viva La Vida (odeio essa) pela Violet Hill.
Como não estava para ouvir a Bárbara Bandeira fui jantar durante essa hora e só entrei já estava ela no final e por isso fiquei cá muito para trás. Uma palavra de indignação especial por ter que andar a meter-me em bicos dos pés para ver por cima dos telemóveis de quem vai para lá filmar o concerto todo em modo horizontal no seu Galaxy S931.
Já agora, o que achaste do som? Havia partes em que me parecia extremamente distorcido cá atrás, mas ninguém que foi comigo se queixou do mesmo.