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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 13 Out 2016, 23:45 
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Bom texto Miguel, agora só por curiosidade e porque vi o teu post do facebook, eu por acaso tenho um trabalho sobre o Churchill para fazer, e o Kalado aqui do tasco emprestou-me o Memórias da II Guerra, que ele escreveu.

Ainda não li grande coisa do Livro, mas da pesquisa que fiz, parece ser um trabalho historiográfico bem escrito, para além de um relato na primeira pessoa do que aconteceu não só à vista de todos, como também nos bastidores da segunda guerra, que é, provavelmente, o acontecimento mais importante do séc. XX, porque acreditas que o Nobel que ele recebeu foi de certa forma mal atribuído? :P


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 14 Out 2016, 00:37 
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Alguém ja leu o livro do Harry Potter?

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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 14 Out 2016, 01:37 
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Miguel Escreveu:

Em primeiro lugar, não concordo com a ideia de que o Bob Dylan é ou foi somente um músico. Também não concordo que o facto de ser mais músico do que escritor faça dele pior que outros ou, melhor ainda, menos importante ou menos influenciador do que outros escritores. É um artista cuja influência das suas criações é tão abrangente que contam-se pelos dedos de uma mão os artistas do século XX que podem dizer o mesmo. Também não concordo com a afirmação de que "o Nobel deve servir para distinguir os melhores". Deve servir para distinguir os que merecem ser distinguidos. Porque "o melhor", em Literatura ou em Arte, não existe. Mas mesmo falando de artes, tem de haver critérios e fundamentações para se distinguir alguém, para se distinguir quem merece.

Literatura não é somente o que é editado e publicado sob a forma de um livro. Se o é para alguns, então estão errados ou estão a querer distorcer as coisas. Literatura é tudo aquilo que se faz com recurso ao uso da palavra escrita (ou não escrita, mas admito que isto possa não ser consensual). Pode ser um livro, um poema, uma crónica de jornal, um artigo de revista, um guião de uma peça teatro, até uns versos escritos num muro podem ser Literatura.

Relativamente ao Bob Dylan, as primeiras canções dele distinguiram-se dos outros cantautores nómadas americanos precisamente pela lírica. Pelo carácter interventivo que tinham, e pela presença de muitos elementos da Literatura de Língua Inglesa nos seus textos. Ele conhecia os escritores ingleses, ainda hoje deram exemplos disso na TSF. É verdade que conhecemos os seus poemas através de canções, mas não é menos verdade que ainda hoje é uma referência para todos os músicos e letristas do planeta quando se dedicam a construir letras para as suas canções. Tens noção do que isto significa? Do alcance que as letras dele tiveram? Tens noção da quantidade de pessoas que começaram a escrever letras para canções depois de conhecerem as letras do Bob Dylan? Volto ao primeiro parágrafo, se a influência for um critério, poucos terão o alcance do Bob Dylan.

E, apesar de muitos dos seus poemas serem tão poderosos e terem um alcance tão grande que se mantêm actuais nos dias de hoje (outro critério), o Bob Dylan foi um gajo que nunca parou de desbravar caminho. Não se limitou a repetir as fórmulas que lhe tinham dado sucesso e notoriedade. Ele ousou mudar-se e transformar-se em diversas facetas (mais um), ousou ir contra os seus próprios admiradores que não percebiam as mudanças e o criticavam. E fê-lo sendo ele próprio, ou seja, criou maneiras diferentes e inovadoras de dizer o que tinha a dizer, fossem poemas de intervenção, de carácter religioso ou de sabedoria de um homem velho e experimentado.

O prémio foi-lhe entregue precisamente por isso, pela forma como ele criou novas formas de se expressar e como foi um dos impulsionadores para a elevação da língua inglesa ao nível planetário (obviamente que coincidiu com outros fenómenos e acontecimentos, mas a sua influência na cultura pop e rock, que proliferou pelo mundo inteiro, não se equipara a mais ninguém. Nem àqueles que foram ou são melhores letristas do que ele).

Admito que haja escritores que mereçam mais o prémio do que o Bob Dylan. O que me causa mais impressão é dizerem que o Bob Dylan não merece o prémio ou que o mesmo não é sério. O que me apetece responder é "I say there're no depressed words just depressed minds" (Dylan)


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 14 Out 2016, 08:14 
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Miguel Escreveu:


Também não concordo que se diga que o prémio não é serio. O prémio só veio muito atrasado e acho que o principal objetivo da atribuição deste prémio foi tentar com que este género de intervenção renascesse, porque que muito pouca gente o tem utilizado no século XXI. Vou apresentar aqui algumas razões que pretendem justificar este prémio

1ª - Antes de Bob Dylan, ninguém se atrevia a escrever músicas e letras de intervenção. Todas as letras até à altura eram sobre amores ou outras situações relacionadas e Bob Dylan foi o primeiro a transpôr este género de intervenção dos tempos modernos que já existia há muito tempo na literatura para a música.

2ª - Bob Dylan estava longe de se destacar pela sua voz rouca. A razão pela qual Dylan foi tão elogiado foi por causa das suas letras que são autênticas obras de arte.

3ª - Literatura não é só livros de 500 páginas. Eu acredito que tudo o que foi alguma vez escrito pode ser considerado literatura, desde que seja escrito com rigor. Dou o exemplo das cantigas de amigo, de amor e de escárnio e maldizer da Idade Média. São consideradas literatura medieval e como o nome indica, incluem letra e música. Se existissem prémios destes na Idade Média, aposto que os trovadores que compuseram estas letras seriam os primeiros a vencer.

Por fim, coloco aqui o link de duas obras de arte de Bob Dylan para quem não conheça.

http://www.lyricsfreak.com/b/bob+dylan/the+times+they+are+a+changin_20021240.html
http://www.azlyrics.com/lyrics/bobdylan/itsalrightmaimonlybleeding.html


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 14 Out 2016, 08:27 
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Nao vou entrar neste tema até porque eu dou muito pouco valor a seja que prémios for relativamente a qualquer tipo de arte visto que arte será sempre subjectiva. A mim dá-me literalmente igual quem ganha qualquer desses prémios, porque nunca na vida vou basear uma opiniao minha em qualquer opiniao de qualquer crítico que ganha a vida fazendo da arte ciência.

O que vou comentar é a tua 1ª frase do 1º ponto que é evidentemente mentira.


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 14 Out 2016, 09:56 
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@dberkie e Alaska,

Dizer que ele é um músico não é menosprezar a transcendência da sua arte para outras. Claro que o Dylan tem valor literário, e um valor enormíssimo na influência sobre a construção lírica em tudo o que veio. Só não acho que isso o faça mais habilitado que qualquer outro poeta. E muitas coisas que apontas aí dberkie, são influências principalmente musicais, como o não repetir fórmulas, o ter mudado para a guitarra eléctrica, etc. Tais características não podem ser tidas em conta num prémio Nobel e, obviamente valorizando o Dylan, as letras dele são indissociáveis da música.
Se existisse um prémio Nobel da Música, ninguém consideraria o Dylan elegível para o da Literatura. E, como digo no meu texto, espero então que agora atribuam prémios a argumentistas.

Alaska Escreveu:
Nao vou entrar neste tema até porque eu dou muito pouco valor a seja que prémios for relativamente a qualquer tipo de arte visto que arte será sempre subjectiva. A mim dá-me literalmente igual quem ganha qualquer desses prémios, porque nunca na vida vou basear uma opiniao minha em qualquer opiniao de qualquer crítico que ganha a vida fazendo da arte ciência.


O problema é que, para que eu possa apreciar algum livro traduzido na minha língua, alguém precisa de o traduzir e, ao entregar o Nobel a alguém com menos presença em mercados internacionais, é possível fazê-lo chegar até mais pessoas, até nós. Ora, todos sabemos que o Dylan não precisa disso.
Sem dúvida, o valor que eu dou a estes prémios também é bastante pouco, é sempre subjectivo dizer que alguém é melhor que outro, e não é isso que se quer de uma arte subjectiva. Ainda assim há certos critérios objectivos que são possíveis de analisar que, não tornando algo universalmente válido, permitem uma tentativa de comparação entre diferentes artistas. Não estou a dizer que isso é aplicável a este meu texto em relação ao Dylan, mas acho que nem tudo é subjectivo.

E o Bruno Vieira Amaral, no Observador, também levanta questões bastantes interessantes com as quais concordo, nomeadamente a relativa aos cantautores que não são de língua inglesa. Aí está o link:
http://observador.pt/2016/10/13/bob-dylan-nao-merecia/

Sadinus Escreveu:
3ª - Literatura não é só livros de 500 páginas. Eu acredito que tudo o que foi alguma vez escrito pode ser considerado literatura, desde que seja escrito com rigor. Dou o exemplo das cantigas de amigo, de amor e de escárnio e maldizer da Idade Média. São consideradas literatura medieval e como o nome indica, incluem letra e música. Se existissem prémios destes na Idade Média, aposto que os trovadores que compuseram estas letras seriam os primeiros a vencer.


Nem nunca disse que o era. Literatura é tudo, incluindo ensaios, poesia (e dentro desta, a música). Fiquei super feliz com a atribuição do Nobel à Svetlana Alexievich, uma escritora de não-ficção que não conhecia e cuja vitória no Nobel me permitiu ter acesso às suas obras traduzidas para português. Mas se as letras de canções são poemas, e eu acho que o são, o Dylan estará a competir directamente com todos os poetas vivos. Num Prémio que premeia tão poucas vezes poetas, parece-me quase gozar a cara de todos os poetas existentes ao ir buscar alguém à música (por muito que a sua qualidade transcenda essa área).

@Wheels

Sobre o Churchill, não tendo lido as suas obras históricas, que obviamente terão bastante valor, mas, num prémio que se entende como carreira, premiar a carreira do Churchill pela influência na literatura parece-me... inadequado.

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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 14 Out 2016, 14:26 
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Miguel Escreveu:
E muitas coisas que apontas aí dberkie, são influências principalmente musicais, como o não repetir fórmulas, o ter mudado para a guitarra eléctrica, etc.


Miguel esse é um mau exemplo. Aliás, a passagem para a guitarra eléctrica é um óptimo exemplo de como o próprio Dylan também foi influenciado por outros e não só um influenciador e inovador.

No repetir fórmulas não me refiro a música, refiro-me aos seus poemas, às letras das suas canções. Foi influenciador na forma e no conteúdo, para além de não ter sido apenas um autor de intervenção social e política. Ele passou por diversas fases nas temáticas das suas canções, algumas das quais enumerei no post anterior.

E volto a insistir na mesma tecla, a quantidade de pessoas que se inspiraram nos textos dele para começar a escrever poemas e letras para canções é enorme. E não me refiro só a músicos, refiro-me a letristas e pessoas comuns que se dedicaram ao uso da palavra depois de se inspirarem nas letras dele. Sinceramente, julgo que ele até foi mais inspirador como letrista pelo significado que dava às suas canções do que propriamente pela parte musical separada da letra, que não é nem especialmente inovadora nem complexa. Musicalmente ele é e sempre foi muito simples, a grande inovação do Bob Dylan foi fazer da canção mais do que apenas um entretenimento, embora não tenha sido o primeiro a fazê-lo, foi pioneiro a integrar isso em música para as massas.

O facto de ter chegado a muito mais gente porque o fez através da música é para mim irrelevante. Se chegou a muita gente e a sua arte provocou efeitos, então a sua influência é real, é verdadeira. Não é uma suposição. Tenho a certeza que há escritores com menos alcance mas com textos mais ricos, mas os efeitos que poderiam ter se fossem mais conhecidos são apenas suposições.


Enviado do meu U9200 através de Tapatalk


Editado pela última vez por dberkie em 14 Out 2016, 15:12, num total de 1 vez.

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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 14 Out 2016, 14:36 
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Mas eu concordo com isso tudo, dberkie. Só não acho que isso sejam argumentos válidos para ele ganhar um Nobel da Literatura. Apesar de tudo o que disseste, essa influência, esses ditos poemas, são indissociáveis da música, na obra dele.

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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 19 Out 2016, 10:38 
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chaves_andre Escreveu:
Alguém ja leu o livro do Harry Potter?


Sim.


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 19 Out 2016, 11:46 
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Master_Mind Escreveu:
chaves_andre Escreveu:
Alguém ja leu o livro do Harry Potter?


Sim.


E que tal?

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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 19 Out 2016, 12:23 
Wut Wut
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Não vale o dinheiro que pedem por ele. É bom, mas nada de extraordinário. E é demasiado pequeno (o número de páginas engana pois como é um guião tem muito espaço em branco).

Apesar disso recomendo a todos os fãs da saga. É sempre bom voltar àquele mundo criado pela JK Rowling :) E as novas personagens são interessantes.


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 19 Out 2016, 15:26 
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É uma peça, acaba por ser normal, a ver se leio.


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 03 Set 2018, 11:45 
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Então e essas leituras de Verão malta?

Da minha parte destaco "Por Quem os sinos Dobram". Estou a meio do livro e tem tudo para ser um dos 10 meus livros favoritos. Estou ansiosamente à espera de um fim de semana em condições para o acabar.

Li outras coisas, algumas meio por brincadeira. Na feira do livro comprei um livro sobre a Catarina Eufémia e outro sobre a Reforma Agrária. São dois livros de carácter biográfico/histórico mas nota-se que os tipos das edições Avante foram demasiadamente parciais a contar a história. Não recomendaria os livros.

Li uma biografia do Fernando Rosas que achei espetacular.

Li o "A Revolução do Algoritmo Mestre" que me parece ser um bom kick-off para quem quer perceber melhor os fundamentos do estudo e desenvolvimento da inteligência artificial, muitas vezes mistificada pelos media.

Li o "Húmus" do Raul Brandão que entrou no top 5 dos livros que menos prazer me deram ler. Acho que não estou num mood suficientemente destrutivo lol

Vou lendo o "Lá Fora" do Pedro Mexia. É bom. É apenas um livro de crónicas e ainda não li tudo, mas parece-me inevitável achar que ele é superior como comentador que como escritor.

Como ainda não acabei o Hemingway, o melhor que li nestas férias foi "Go Set a Watchman" da Harper Lee. Já tinha lido "To Kill a Mockingbird" e voltar a encontrar aquelas personagens foi especial, com a agravante de partilhar os sentimentos nostálgicos da Louise Finch quando, vinda da cidade, regressa a casa para as férias e se debate constantemente com isso. Muito bom. Não dou 5* ao livro porque o final foi um bocado confuso. Mas aconselho, sobretudo a quem já tiver lido o primeiro da autora.


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 03 Set 2018, 11:55 
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zeduarte 10 Escreveu:

Da minha parte destaco "Por Quem os sinos Dobram". Estou a meio do livro e tem tudo para ser um dos 10 meus livros favoritos. Estou ansiosamente à espera de um fim de semana em condições para o acabar.

Como ainda não acabei o Hemingway, o melhor que li nestas férias foi "Go Set a Watchman" da Harper Lee. Já tinha lido "To Kill a Mockingbird" e voltar a encontrar aquelas personagens foi especial, com a agravante de partilhar os sentimentos nostálgicos da Louise Finch quando, vinda da cidade, regressa a casa para as férias e se debate constantemente com isso. Muito bom. Não dou 5* ao livro porque o final foi um bocado confuso. Mas aconselho, sobretudo a quem já tiver lido o primeiro da autora.



Li o Farewell to Arms e por isso mesmo não comprei o dos sinos. Tenho algum receio que seja de certa forma parecido, mas a escrita do Hemmingway é excelente. Prima pela simplicidade sem deixar de ser de elevado recorte.

Acabei há pouco o Amor nos Tempos da Cólera do Marquez. Os livros dele são um pouco de digestão lenta, mas no fim vês que valeu a pena.

Agora voltei a F. Scott Fitzgerald Tender is the night.


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 Assunto da Mensagem: Re: Literatura
MensagemEnviado: 03 Set 2018, 13:00 
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"Digestão lenta"

Gostei da expressão. Entendendo isto como um sucessão lenta de acontecimentos, uma rotina mortiça de vidas vulgares, quase como uma certa providencialidade provinciana, mesmo que às vezes com episódios poderosos, violentos ou pesados. Não me é muito difícil ligar "Por Quem os Sinos Dobram" a uma escola romântica e latina da qual o Gabo estaria evidentemente ao centro. Dele li "Cem Anos de Solidão", "Ninguém Escreve ao Coronel" e "Cândida Erêndira". Gostei de todos.

Aish, Tender is Night? Nunca li, mas deve ter sido aí que os Blur foram buscar inspiração. O mundo é pequeno :P


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