xanuh Escreveu:
Resende Escreveu:
xanuh Escreveu:
No entanto a do Padre Antonio Vieira foi apenas construida e colocada ali em 2017. Que sentido fez isso também? Se fosse uma estátua antiga ainda se percebia a sua existência, agora assim não tem muita lógica.
Assim de repente não sei em que contexto foi colocada a estátua, mas quem a vandalizou não tem o mínimo de noção de como a mentalidade do Padre António Vieira estava muito à frente do seu tempo e do trabalhão dele na defesa dos direitos dos nativos.
Só para não falar da sua contribuição para a cultura portuguesa, por meio dos seus sermões e cartas.
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Atenção que a história do Padre António Vieira também nos é ensinada de forma a que pareça um grande humanista, quando se aprofundarmos um pouco mais, não é bem assim. Claro, não era nenhum carniceiro, mas também não era bem o homem que nos ensinam na escola. De qualquer forma, também não acho que vandalizar a estátuta dele faça parte de qualquer solução.
Certamente que não será uma figura histórica perfeita aos nossos olhos (nenhuma o é), mas para a época em que viveu, o Padre António Vieira demonstrou uma compaixão pela população indígena que era quase inexistente não só nos seus pares como também na sociedade em geral.
Sim, certamente a postura dele não terá sido a mesma face à população negra que terá sido face à população nativa sul-americana, mas dado o contexto em que viveu e dada a defesa que fez dos indígenas, enquanto muitos outros elementos do clero e colonos os exploravam forte e feio para enriquecer, não acho que a figura dele seja passível de ser vandalizada.
A primeira coisa que devemos ter em conta quando olhamos para a História, é que não a podemos julgar com os olhos do século XXI. Tudo fez parte de um processo de evolução que culminou com o que estamos a viver hoje e a sociedade está em mudança constante. Isto não significa que figuras históricas que tenham ganho nome a traficar e explorar escravos devam ser imunes à crítica. Acho que qualquer figura que choque diretamente com os direitos humanos, à partida, não deve ser exacerbada. Mas para isso é que existem os museus, para preservar memórias na sua contextualização correta.
O melhor exemplo que posso dar é o tratamento que a Alemanha atual faz da Alemanha nazi. Destruir é esquecer e há coisas que não devem ser esquecidas, e a exploração de milhões de africanos é uma delas.
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