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Apresentação do Percurso da Volta do PCM-PT 3.0Citar: "Será certamente um trepador a ganhar a Volta, mas a incerteza durará até ao ultimo dia"
O primeiro dia da Volta começa logo o marcar a geral. Contrarrelógio individual com partida na cidade capital do maior concelho de Portugal, Barcelos, e chegada numa das localidades mais pitorescas do Minho, Vila Verde. Com 25km de luta individual as diferenças no final deste dia poderão já ser significativas, os menos hábeis poderá já ter mais de um minuto para o vencedor.
Primeira tirada em linha com o início na capital do Minho, Braga, para os corredores terminarem já no distrito do Porto, junto às praias da Póvoa de Varzim. No início do dia os corredores têm uma pequena incursão na zona do Gerês com três subidas categorizadas que vão coroar o primeiro rei da montanha, no entanto os últimos dois terços são todos eles planos e dificilmente o desfecho não será em pelotão compacto.
Ao terceiro dia de prova começa a decidir-se a corrida com uma etapa que é uma montanha-russa. Os corredores partem de Castro Daire para logo nos primeiros afrontarem a dificílima subida da Serra de Montemuro seguida pelo Monte São Cristovão. Depois deste combinado os corredores entre numa série de subidas nas margens do Rio Douro. Subidas não muito inclinadas mas muito longas e que poderão passar fatura em função da dureza que se foi acumulando ao longo do dia, ter uma equipa forte pode ser decisivo para resistir a este dia.
A grande etapa da primeira metade da volta. O início no Peso da Régua, bem juntos às margens do Douro, onde podemos ver alguns dos cruzeiros da Douro Azul atracados, marcará o começo de uma longa travessia que contempla cinco contagens de montanha, e que conduz o pelotão até Fafe, salão de visitas do Minho. Alto de Quintela, Alto de Espinho, Barragem do Alvão, Alto do Velão e no final o duríssimo Monte do Viso colocam esta etapa ao nível de uma qualquer etapa de uma grande volta.
Depois destes dias duríssimos surge um bloco de etapas destinadas aos homens mais rápidos. Ovar marca o regresso da Volta ao litoral do país, numa viagem curta até Oliveira de Azemeis. O final com o último quilômetro e meio em ligeira subida poderá ser traiçoeiro.
Partida de Oliveira do Bairro para mais um etapa plana com a incursão da Serra do Caramulo a marcar a maior dificuldade do dia, subida categorizada de segunda categoria. No final a chegada é na cidade de Viseu, um dos palcos habituais da Volta.
A Volta chega à Beira Interior com uma etapa plana mas que poderá ser complicada caso se verifiquem as habituais altas temperaturas nesta zona. O Sabugal é o ponto de partida para a viagem até outra cidade emblemática da Volta, Castelo Branco. Esta será a última tirada plana, depois disto os sprinters podem arrumar as malas e assistir ao resto da corrida no sofá.
As decisões da Volta iniciam-se numa curta ligação entre a Pampilhosa da Serra e a Serra da Lousã, numa etapa em que a última subida deverá marcar as decisões. É a estreia de mais uma montanha na volta, pelo menos nesta vertente que apresenta uma parte inicial bem dura por uma desconhecida estrada municipal e que trás uma outra novidade, o sterrato.
A etapa rainha da Volta. Mais de 200km de puro espetáculo e chacina nas subidas da Serra da Estrela. A partida do Fundão deverá ser praticamente o único momento calmo que o pelotão terá, desde aí é sempre a subir. Portela do Arão, Lagoa Comprida, Penhas Douradas, e até a curta subida do Alto de Verdelhos, prometem despedaçar o pelotão que deverá chegar à última subida já muito fragmentado. E para o final que temos reservado? O Alto da Torre pela vertente da Covilhã, aquela que muitos consideram a subida mais difícil de Portugal e que os adeptos reclamavam à muito pelo seu regresso.
Para quem pensou que a dureza já tinha acabado estava bem enganado. Para o penúltimo dia está marcado mais um carrossel de subidas nas Serras do Açor, Muradal e Alvelos. No total são seis as subidas categorizadas no caminho entre Oliveira do Hospital e a Sertã que prometem muito espetáculo. Quem preciso de recuperar tempo não se poderá queixar de falta de oportunidades.
E para a Volta ficar mesmo bem decidida nada melhor que uma crono-escalada para fechar a corrida. Ligação entre Portalegre e Marvão para lembrar uma etapa que era um clássico na nossa Volta na viragem do milênio.
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