Num mundo que cada vez mais mergulha em crise, eis que uma empresa de telecomunicações se reergue do passado para se tornar novamente numa potência no mundo do ciclismo. É verdade, sem que nada o fizesse prever eis que o ano de 2011 fica marcado pelo regresso desse memorável patrocinador ao ciclismo, desta feita para apoiar financeiramente a formação de uma equipa do escalão Continental-Tour com nítidas ambições a voltar a tornar-se nome máximo do pelotão mundial. É notícia de capa nos principais jornais desportivos e até generalistas: a
T-Mobile Team estava de volta ao activo e mais ambiciosa que nunca!!
Para aqueles que tiveram a triste sina de nunca conhecer esta força da modalidade do início do milénio ou sequer a deprimente displicência de sequer procurar algumas memórias sobre este dominante plantel, aqui ficam algumas informações acerca desta máquina alemã. Criada em 1991 como Team Telekom e conhecida actualmente como Team HTC-Highroad, a
T-Mobile Team existiu entre
2004 e 2007 e contou nos seus quadros com grandes ciclistas como
Jan Ullrich,
Andreas Klöden,
Alexandre Vinokourov,
Erik Zabel,
Steffan Wesemans,
Giuseppe Guerini,
Kim Kirchen,
Sergei Ivanov,
Matthias Kessler,
Serhiy Honchar,
Markus Burghardt,
Marco Pinotti,
Bert Grabsch,
Linus Gerdemann,
Oscar Sevilla,
Andreas Klier,
Mark Cavendish ou
Gerald Ciolek. O palmarés da equipa é igualmente bastante impressionante com vitórias em grandes clássicas (
Ronde van Vlaanderen, Liège-Bastogne-Liège, Gent-Wevelgem, Paris-Tours) e múltiplas vitórias de etapa em praticamente todas as grandes provas do calendário ciclístico (
Tour de France, Giro d'Italia, Vuelta a España, Deutschland-Tour, Tour de Suisse, Paris-Nice, Critérium du Dauphiné Liberé, Eneco Tour). Apesar da falta da conquista de uma grande volta, a equipa colocou sempre elementos como
Jan Ullrich,
Andreas Klöden ou
Alexandre Vinokourov em lugares cimeiros destas provas, sendo a prova disso as múltiplas vitórias na classificação por equipas nestas competições. Infelizmente o doping manchou o nome desta enorme marca ao ter vários ciclistas associados a casos destes (Jan Ullrich, Oscar Sevilla, Patrik Sinkewitz), o que levaria à saída de cena do grande patrocinador da equipa e a várias mudanças na estrutura directiva da equipa, bem como no próprio plantel e no staff técnico.
Claro que o regresso deste patrocinador ao mundo do ciclismo, em virtude do passado mais negro da equipa, não é tão livre e forte financeiramente a nível empreendedor, mas não foi isso que impediu que se formasse uma equipa perigosa desportivamente e O escolhido para assumir as rédeas deste arriscado mas ambicioso projecto acabou por ser nada mais nada menos que o português
Rui Sousa, antigo director-adjunto da Portugal Telecom e que à chegada a
Bona revelou aos jornalistas presentes que estava "bastante entusiasmado com o seu novo cargo e ansioso para começar a temporada".
EQUIPAMENTO
Para liderar a formação alemã o escolhido foi o colombiano Rigoberto Urán, um sul-americano ainda jovem mas que já possui capacidades bastante boas na montanha, também não andando mal nos contra-relógios individuais. Espera-se deste ciclista principalmente bons resultados em provas por etapas, como por exemplo um Top-10 em Grand-Tours e uma possível vitória na classificação dos jovens. Urán convenceu os responsáveis da T-Mobile graças aos seus bons resultados apesar da tenra idade, como por exemplo o 2º lugar na Geral da Volta a Catalunya, 3º no Giro di Lombardia (ambos em 2008 ), 5º na geral do Tour de Romandie (em 2009) e 7º na geral do Tour de Suisse (em 2010). Espera-se que ele consiga melhorar estes resultados este ano, dado que as condições colocadas ao seu dispor são excelentes.
Os dois primeiros ciclistas são os Co-líderes da equipa, ou seja, vão ser muitas vezes líderes em provas que o líder não esteja presente. Tony Martin espera-se bons resultados em provas de uma semana e vitórias em contra relógios individuais que é a sua especialidade. Já Geraint Thomas será o líder da equipa em provas de pavé, onde se espera vários top 10 deste ciclista, no entanto é um ciclista onde anda bem nos contra relógios e que sprinta razoavelmente bem. De Marcel Kittel é óbvio o que se espera deste ciclista alemão, vitórias em provas que terminem em pelotão compacto. Kittel ainda é jovem mas já possui muita qualidade no que toca a sprints, espera-se que no futuro consiga rivalizar com os tubarões do sprint.
Estes são os ciclistas com maiores responsabilidades no que a apoio aos líderes se refere, não descuidando contudo a possibilidade de liderarem a equipa em algumas provas de menor nomeada, e eles são: Michael Matthews, que poderá ser sprinter desde que Kittel não esteja presente, Sep Vanmarcke que será um dos principais gregários do Thomas nas clássicas de pavé, Fábio Duarte e Kevin Seeldrayers que se espera que sejam dois escudeiros do líder na alta montanha, mas que também podem ser líderes se o líder principal não estiver presente.
Os gregários vão trabalhar para os outros ou tentar vitórias através de fugas e são os seguintes: Roger Kluge (sprint), Paul Voss (contra-relógio), Dominic Klemme (pavé), Paul Martens (colinas), Johannes Frohlinger (montanha), Thibaut Pinot (montanha), Coen Vermeltfoort (sprint), Wout Poels ( montanha), Daniel Teklehaimanot (montanha), Jetse Bol ( sprint), Tom Dumoulin (contra-relógio), Wilco Kelderman (montanha), Romain Sicard (montanha), Jonathan Castroviejo (contra-relógio), Yohan Offredo (clássicas), Pim Lightart (sprint) e por fim Stijn Joseph (pavé).DADOS DO PLANTELOBJECTIVOS
Por último gostava de agradecer ao
Mike por toda a ajuda que me deu para começar isto, ao
Bruno Domingos por ter dado uns retoques na DB de maneira a ter isto como queria, ao
Sican por ter alterado os objectivos de maneira a ficarem mais realistas e ao
Kazam por ter feito o banner; espero que gostem da história.