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26 de Agosto de Agosto de 2016 - Eterno segundoOlá a todos, como é que estão? Espero que bem e peço já desculpa por ontem não vos ter vindo cá dizer o que aconteceu na etapa, mas o hotel ficava longe do sítio da meta e, chegando lá, apenas tive tempo para jantar e ir descansar para o dia de hoje. Mas bem, vamos lá ver o que aconteceu ontem.
Cento e oitenta quilómetros de uma etapa que era considerada plana mas que, na realidade, estava bem longe de o ser.
A cerca de trinta quilómetros do final começaram a surgir cortes no pelotão, sendo que ficamos cerca de cinquenta ciclistas neste grupo da frente.
Para nosso azar, um dos ciclistas em melhor forma da nossa equipa, o Tiago, caiu a cerca de sete quilómetros da meta e acabou por ser mais grave do que o esperado, apesar de não ter abandonado.
Com a entrada nos quilómetros finais e preparação do sprint, eu assumo o pelotão em forma de lançamento para o Rui, já que as bonificações podem ser muito importantes nesta Vuelta.
E entramos no sprint final isolados com o Sagan e o Froome ao nosso lado.
A vitória foi para o Sagan por larga margem, com o Rui a conseguir um muito bom excelente lugar e não, eu e o Froome não ficamos nestas posições, fomos ultrapassados por quem vinha lançado no pelotão.
Rui Costa segundo, eu nono e o Rui acabou por ser o único dos favoritos a bonificar ontem, começando logo a recuperar parte do tempo perdido no contra-relógio colectivo.
O Peter Sagan manteve a camisola vermelha mas em igualdade de tempo com o Cavendish, não a perdeu mesmo por muito pouco.
E esta é a etapa de hoje, uma etapa muito mais à minha medida e, acima de tudo, à medida do Rui!
Os ataques começaram cedo, com o Bardet a atacar na terceira categoria antes da meta, ainda com 36 quilómetros pela frente.
E até conseguiu alcançar uma vantagem confortável, cerca de cinquenta segundos, tendo tido o Albasini e o Chris Sorensen a atacarem depois dele e a estarem entre ele e o pelotão onde nós vamos.
Depois do Sorensen ter sido apanhado mesmo sobre a linha da contagem de montanha, a selecção europeia pôs-se a perseguir o duo da frente até os ter apanhado, já menos de vinte quilómetros da meta.
Ataque do Sergio Henao a 16 quilómetros da meta, na última subida antes da subida final do dia!
Kwiatkowski e Dani Moreno juntam-se ao ataque, enquanto que eu vou para a frente do grupo impor ritmo.
Valverde a atacar também, começam os nomes importantes a tentar sair!
E forma-se mesmo um quarteto na frente e com uma boa vantagem para o nosso grupo, mas ainda falta a subida final.
Começa a última subida e o Froome lança logo o seu ataque, 6500 metros para a meta!
Eu e o Rui continuamos calmos no grupo, apenas a impor um ritmo forte que está a deixar imensa gente para trás.
Até que o grupo quebra mesmo e vamos sozinhos em busca da frente!
A 4 quilómetros, o Moreno ataca e nós estamos quase a alcançar o grupo.
O Moreno consegue mesmo isolar-se e nós conseguimos entrar neste grupo com alguma facilidade, apesar de eu já estar a morrer e estar completamente sem energia.
O Moreno entra no último quilómetro e é o Rui quem tenta trazer o grupo até ao espanhol.
Sem ajuda, o Rui lança-se ao ataque!
E não vence por muito pouco, mais um segundo lugar, mas hoje ganha tempo na estrada e em bonificações a toda a gente que deve lutar pela prova no fim das três semanas.
Eu cheguei à meta completamente exausto, mas feliz pelo resultado do Rui e pelo meu sétimo lugar, uma vez que não estou aqui para ganhar a prova.
20 segundos importantes que o Rui ganhou a todos, pena por ter sido mais uma vez segundo na etapa e não a vencer, mas a continuar assim vai de certeza vencer, continua tão ou mais forte do que se mostrou na Volta a Portugal!
Camisola vermelha no Dani Moreno e o Rui já é quarto, com um salto de quase 190 posições em apenas dois dias.
E os dois segundos lugares fazem do Rui líder dos pontos, um prémio mais que justo até ao momento!
Na Vantenfall Cyclassics que se correu ontem, vitória do Nocentini depois de um ataque nos últimos quilómetros, uma prova normalmente disputada por sprinters.
Nada a destacar do nosso lado, mas o Borkas acabou por estar entre os dez primeiros da prova.
Já na última etapa do USA Pro Challenge, foi dia de um comboio perfeito da nossa equipa que culminou com a vitória do Filipe Cardoso e com o segundo posto do Nelson Oliveira, que assumiram uma velocidade completamente acima do resto do pelotão no lançamento do sprint.
Vitória do Filipe na etapa!
Vitória do Thomas de Gendt na classificação geral.
Vitória do Mestre na classificação da montanha e, devido às bonificações da etapa...
Vitória do Nelson na juventude por apenas três segundos sobre o Quintana! Uma grande prova nos Estados Unidos por parte da nossa selecção, com três vitórias de etapa e duas camisolas a virem para Portugal! E bem, por hoje e ontem é tudo, amanhã há mais Vuelta, fiquem bem que eu vou descansar!
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