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8 de Setembro de 2016 - Camisola SaltitanteOlá a todos, como é que estão? Eu estou bem, uma vez que hoje foi dia de descanso aqui na Vuelta mas, como estou em atraso para com vocês, hoje deixo-vos com quatro etapas, entre elas, o contra-relógio individual desta Vuelta!
A primeira das etapas foi quase plana, apesar de um constante sobe e desce muito leve, pelo que não se previa nada de especial a acontecer neste dia.
A vitória acabou por sorrir à fuga, uma fuga em que, inicialmente, tínhamos dois ciclistas, sendo que o Nuno Bico foi forçado a abandonar a competição quando, depois de lançar-se ao ataque na fase final da corrida e ir em direcção à vitória, ter tido uma queda que o forçou a abandonar, foi demasiado azar. O vencedor foi então o australiano Simon Gerrans, com o André Cardoso a ser segundo.
No pelotão, o Froome tentou movimentar-se nos últimos quilómetros, acabou por desistir disso e apenas lançar o Swift, um lançamento que o Rui aproveitou.
Como é óbvio, longe de conseguir competir com o Swift ao sprint, mas foi somar mais pontos para a camisola verde que lhe pertence.
Quase meia hora de diferença entre a frente e o pelotão, foi um dia de total descanso no grupo.
E, como podem ver, foi mesmo por muito pouco que o Gerrans não se tornou no novo camisola vermelha com esta fuga.
Seguiu-se o contra-relógio individual, 40 quilómetros difíceis e em que eu estava a apontar a conseguir a minha primeira vitória nesta Vuelta.
E fiz um bom contra-relógio, fui o primeiro do top10 a terminar, uma vez que dobrei o Sergio Henao e também o belga que era décimo primeiro classificado na altura. Além disso, era líder provisório, tudo a correr dentro do planeado.
Apesar de ter sido dobrado, o Henao acabou por me usar como referência e manter a diferença estável nos dois minutos.
O Horner também esteve mal neste contra-relógio, permitindo-me melhorar a minha classificação.
O Daniel Moreno ainda pior!
O próprio Kwiatkowski acabou a perder um minuto para mim e isto relançou-me na luta pela camisola branca.
Tendo em conta os outros registos, o Valverde conseguiu um bom registo.
Quem pagou o esforço da fuga do dia anterior foi mesmo o Zaugg e nota-se que não é um ciclista que venha a ser perigoso daqui para a frente.
E eis que chega o Froome, que dobrou o Gerrans e rouba-me o melhor tempo!
O Gerrans conseguiu fazer um contra-relógio equivalente ao dos melhores homens da classificação geral mas, assim que o terreno inclinar nas próximas etapas, não será de esperar vê-lo por lá.
E o Rui a fazer também um excelente contra-relógio e a perder apenas 16 segundos para o Froome!
Ao olhar para a classificação desta etapa, quase faz parecer que existem três ciclistas num nível completamente diferente nesta Vuelta mas, verdade seja dita, são apenas dois, o Rui e o Froome. Eu estou longe dos meus melhores níveis mas o meu melhor ainda está por vir, já que estou em melhoria de forma, concentrado em vencer os dois títulos mundiais este ano.
Com a diferença que foi feita, Chris Froome recupera a camisola vermelha, uma camisola que anda a saltitar entre ele e o Rui, que grande Vuelta!
Etapa 12, 185 quilómetros quase sem problemas até chegar ao final em que há uma rampa assustadora!
Estamos já nos últimos cinco quilómetros, comigo a impor ritmo para o Rui e já se vê a rampa ao fundo, é terrível!
Começa a subida, com o Rui na frente do pelotão e os fugitivos ainda por apanhar, o meu trabalho por hoje está feito e agora é tentar não descolar.
Rui a atacar logo ao início!
Apanha os fugitivos e ainda não há reacção cá atrás!
O Valverde e o Froome tentam mas o Rui já conseguiu uma boa vantagem, tem aproveitado de forma incrível estes finais de grandes inclinações e que nada se adequam ao britânico.
Vitória do Rui, com bonificações e tempo ganho na estrada!
Apesar do segundo lugar do Valverde, o que realmente interessa é o facto do Froome ter sido quarto e não bonificado, pelo que perde um total de 37 segundos para o Rui e...
O ping pong da camisola vermelha continua! Isto está a ser mesmo incrível, estou a adorar esta corrida! Com esta vitória, o Rui junta à camisola vermelha e à camisola verde, a camisola branca com bolas azuis, símbolo da liderança da montanha, com um ponto de vantagem para o Froome.
Por fim, uma etapa que se antevia que fosse de descanso para os homens da geral e de trabalho para as equipas dos sprinters.
E foi isso mesmo, com vitória do Marcel Kittel com alguma facilidade.
Foi um dia de completo descanso para nós, em que nem tivemos de assumir o pelotão e pudemos relaxar um pouco dos dias anteriores.
Rui de vermelho.
Rui de verde.
Rui às bolinhas. Está a ser, sem dúvida, uma das melhores grandes voltas que alguma vez vi e só tenho pena de não estar a lutar por ela lado a lado com os dois campeões que o estão a fazer. Felizmente, é o Rui que está de vermelho e, também felizmente, ainda existem imensas etapas até ao fim da prova, pelo que ainda espero muito mais espectáculo e espero ajudar a que o mesmo aconteça. E por hoje é isto, fiquem bem, até amanhã!
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