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Está a começar a Liga Virtual 2024! O Draft World Tour já arrancou. Está atento a este tópico do nosso fórum!

Data/Hora: 22 Mai 2024, 04:54

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MensagemEnviado: 26 Out 2020, 23:59 
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Um pouco na onda do aparecimento de uma nova estrela do nosso ciclismo, o João Almeida, crio este tópico a fim de discutirmos quais foram os 10 ciclistas portugueses mais marcantes do ciclismo português.

Com o objetivo também que se possa falar e dar a conhecer nomes importantes da nossa modalidade e também apelar ao sentido de pesquisa e de interesse em saber quem foram os nossos melhores ciclistas e porquê.

Aqui fica o meu Top 10, numa ordem cronológica de acordo com a época em que cada um deles correu.


- José Maria Nicolau

- Alfredo Trindade

- Alves Barbosa

- Ribeiro da Silva

- Joaquim Agostinho

- Marco Chagas

- Acácio da Silva

- Joaquim Gomes

- José Azevedo

- Rui Costa


Lancem os vossos nomes ;) ;) ;)


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 00:47 
CAMPEÓN, ALBERTO CAMPEÓN.
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Não há como fugir muito aos nomes que referiste. Pessoalmente, talvez colocasse o Sérgio Paulinho no lugar do Joaquim Gomes pela medalha de prata em Atenas.

Os dois primeiros não têm referências no panorama nacional, mas até por ter sido a primeira grande rivalidade no ciclismo nacional, até pelos clubes em questão, considero que devam ficar, sendo que dos restantes o Joaquim Gomes parece-me aquele mais fácil de retirar.

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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 01:38 
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CandidoBarbosaPT Escreveu:
Não há como fugir muito aos nomes que referiste. Pessoalmente, talvez colocasse o Sérgio Paulinho no lugar do Joaquim Gomes pela medalha de prata em Atenas.

Os dois primeiros não têm referências no panorama nacional, mas até por ter sido a primeira grande rivalidade no ciclismo nacional, até pelos clubes em questão, considero que devam ficar, sendo que dos restantes o Joaquim Gomes parece-me aquele mais fácil de retirar.


Obrigado pelo teu comentário.

O Sérgio Paulinho prometia muito nas camadas jovens mas depois como elite e individualmente a sua carreira fica muito aquém do que poderia ter atingido, talvez fruto da sua opção, correr no estrangeiro como gregário. Corre duas Voltas a Portugal nos seus primeiros anos de elite conseguindo um 9º e um 6º lugar na geral, segue-se a medalha de prata nos jogos olímpicos e aqui esta foi atingida com grande mérito...segue caminho para uma carreira internacional, vencendo uma etapa na Vuelta (2006), no Tour (2010) e mais tarde quase que vence também no Giro. É a partir dessa última vitória no Tour que começa a entrar num perfeito anonimato, eu diria mesmo que nunca foi um corredor apaixonante, daqueles que nos fazia "colar" à TV. Depois no regresso a Portugal, já era uma sombra de si mesmo, bem longe daquele início de carreira que parecia auspicioso. Não o consigo colocar neste lote, pois não posso fazer uma análise só com base em vitórias, aliás eu coloco o Paulinho atrás de corredores como o Vítor Gamito e o Cândido Barbosa que podem internacionalmente não ter atingido tanto, mas foram corredores de grande carisma, apaixonantes e em Portugal com desempenhos muito bons.

Em relação ao Joaquim Gomes, foi só o melhor trepador português da toda a década de 90 bem acima dos demais, e nesta especialidade também um dos melhores de toda a história do ciclismo português. Era outro corredor com carisma e apaixonante. Duas vitórias à geral na Volta, 4 vezes em 3º e uma em 2º, fora outras classificações dentro do Top 10. Não fez carreira no estrangeiro porque simplesmente não quis...teve propostas de boas equipas espanholas mas a Sicasal e a Recer Boavista (equipas onde correu até aos 30 anos de idade) cobriam sempre essas propostas em termos de ordenado e o Joaquim Gomes assim, preferiu sempre ficar.

O Nicolau e o Trindade são 2 ícones das primeiras Voltas a Portugal, 2 corredores que rivalizaram e que tinham características e estilos de correr totalmente díspares. Cada um com duas Voltas no bolso e outras boas prestações. O Nicolau por exemplo pesava 80 Kg, se fosse hoje dificilmente ganhava uma Volta a Portugal, mas naquele tempo com aquelas estradas e quilometragens tinha uma força ao alcance de poucos ciclistas...fartava-se de partir aros e crenques das bicicletas que utilizava, sinónimo da sua pujança física. Foi o primeiro ciclista em Portugal a usar bicicleta com multiplicação, uma novidade naquela época. Já o Trindade era um corredor de baixa estatura e franzino, aquilo que hoje poderíamos definir como sendo um corredor trepador, era muito inteligente na forma de correr. Corria quase sempre sem se levantar do selim, teve uma carreira um pouco mais longa que o Nicolau, mas ambos foram as grandes referências da década de 30 do século passado, mesmo a nível internacional quando competiam no estrangeiro (correram muito no Brasil) venciam muitas vezes e eram constantemente capa dos jornais e revistas da época.


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 01:57 
CAMPEÓN, ALBERTO CAMPEÓN.
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Pengo Escreveu:
CandidoBarbosaPT Escreveu:
Não há como fugir muito aos nomes que referiste. Pessoalmente, talvez colocasse o Sérgio Paulinho no lugar do Joaquim Gomes pela medalha de prata em Atenas.

Os dois primeiros não têm referências no panorama nacional, mas até por ter sido a primeira grande rivalidade no ciclismo nacional, até pelos clubes em questão, considero que devam ficar, sendo que dos restantes o Joaquim Gomes parece-me aquele mais fácil de retirar.


Obrigado pelo teu comentário.

O Sérgio Paulinho prometia muito nas camadas jovens mas depois como elite e individualmente a sua carreira fica muito aquém do que poderia ter atingido, talvez fruto da sua opção, correr no estrangeiro como gregário. Corre duas Voltas a Portugal nos seus primeiros anos de elite conseguindo um 9º e um 6º lugar na geral, segue-se a medalha de prata nos jogos olímpicos e aqui esta foi atingida com grande mérito...segue caminho para uma carreira internacional, vencendo uma etapa na Vuelta (2006), no Tour (2010) e mais tarde quase que vence também no Giro. É a partir dessa última vitória no Tour que começa a entrar num perfeito anonimato, eu diria mesmo que nunca foi um corredor apaixonante, daqueles que nos fazia "colar" à TV. Depois no regresso a Portugal, já era uma sombra de si mesmo, bem longe daquele início de carreira que parecia auspicioso. Não o consigo colocar neste lote, pois não posso fazer uma análise só com base em vitórias, aliás eu coloco o Paulinho atrás de corredores como o Vítor Gamito e o Cândido Barbosa que podem internacionalmente não ter atingido tanto, mas foram corredores de grande carisma, apaixonantes e em Portugal com desempenhos muito bons.

Em relação ao Joaquim Gomes, foi só o melhor trepador português da toda a década de 90 bem acima dos demais, e nesta especialidade também um dos melhores de toda a história do ciclismo português. Era outro corredor com carisma e apaixonante. Duas vitórias à geral na Volta, 4 vezes em 3º e uma em 2º, fora outras classificações dentro do Top 10. Não fez carreira no estrangeiro porque simplesmente não quis...teve propostas de boas equipas espanholas mas a Sicasal e a Recer Boavista (equipas onde correu até aos 30 anos de idade) cobriam sempre essas propostas em termos de ordenado e o Joaquim Gomes assim, preferiu sempre ficar.

O Nicolau e o Trindade são 2 ícones das primeiras Voltas a Portugal, 2 corredores que rivalizaram e que tinham características e estilos de correr totalmente díspares. Cada um com duas Voltas no bolso e outras boas prestações. O Nicolau por exemplo pesava 80 Kg, se fosse hoje dificilmente ganhava uma Volta a Portugal, mas naquele tempo com aquelas estradas e quilometragens tinha uma força ao alcance de poucos ciclistas...fartava-se de partir aros e crenques das bicicletas que utilizava, sinónimo da sua pujança física. Foi o primeiro ciclista em Portugal a usar bicicleta com multiplicação, uma novidade naquela época. Já o Trindade era um corredor pequeno e franzino, aquilo que hoje poderíamos encaixar como sendo um corredor trepador, era muito inteligente na forma de correr. Corria quase sempre sem se levantar do selim, teve uma carreira um pouco mais longa que o Nicolau e eles foram as grandes refrências da década de 30 do século passado, mesmo a nível internacional quando íam ao estrangeiro (correram muito no Brasil) venciam muitas vezes e eram constantemente capa dos jornais e revistas da época.


Agradeço a resposta. Demonstras um profundo conhecimento do ciclismo português e sua história.

Quanto a mim, lá está. É uma medalha nos jogos olímpicos, talvez o maior evento desportivo do mundo. Se fosse de ouro não tenho dúvidas de que ele constaria em qualquer lista.
No entanto, claro que tenho de concordar quando dizes que foi um ciclista que nunca foi carismático. Na verdade até ficou mais conhecido pelo trabalho invisível do que outra coisa. A verdade é que é fácil de se reconhecer que o Joaquim Gomes enquanto ciclista era superior, mas lá está para mim a medalha em Atenas pesa muito. Quando será que vamos ter outra?

Quanto ao Vítor Gamito, não tendo tido uma carreira internacional, foi bastante relevante na década de 90 e início de 2000 no panorama nacional. Já o Cândido, não vale a pena falar. Era um ciclista que adorava, ganhava ao sprint e depois andava a discutir a nossa volta. Pena que nunca conseguiu ganhar. Partiu-me o coração quando em 2005 perdeu para o ciclista russo.

Outro ciclista que poderia ser equacionado seria o Fernando Mendes, mas teve o azar de coincidir com o maior fenómeno de popularidade (e talento!) do ciclismo nacional.

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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 02:30 
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CandidoBarbosaPT Escreveu:
Não há como fugir muito aos nomes que referiste. Pessoalmente, talvez colocasse o Sérgio Paulinho no lugar do Joaquim Gomes pela medalha de prata em Atenas.

Os dois primeiros não têm referências no panorama nacional, mas até por ter sido a primeira grande rivalidade no ciclismo nacional, até pelos clubes em questão, considero que devam ficar, sendo que dos restantes o Joaquim Gomes parece-me aquele mais fácil de retirar.


Obrigado pelo teu comentário.

O Sérgio Paulinho prometia muito nas camadas jovens mas depois como elite e individualmente a sua carreira fica muito aquém do que poderia ter atingido, talvez fruto da sua opção, correr no estrangeiro como gregário. Corre duas Voltas a Portugal nos seus primeiros anos de elite conseguindo um 9º e um 6º lugar na geral, segue-se a medalha de prata nos jogos olímpicos e aqui esta foi atingida com grande mérito...segue caminho para uma carreira internacional, vencendo uma etapa na Vuelta (2006), no Tour (2010) e mais tarde quase que vence também no Giro. É a partir dessa última vitória no Tour que começa a entrar num perfeito anonimato, eu diria mesmo que nunca foi um corredor apaixonante, daqueles que nos fazia "colar" à TV. Depois no regresso a Portugal, já era uma sombra de si mesmo, bem longe daquele início de carreira que parecia auspicioso. Não o consigo colocar neste lote, pois não posso fazer uma análise só com base em vitórias, aliás eu coloco o Paulinho atrás de corredores como o Vítor Gamito e o Cândido Barbosa que podem internacionalmente não ter atingido tanto, mas foram corredores de grande carisma, apaixonantes e em Portugal com desempenhos muito bons.

Em relação ao Joaquim Gomes, foi só o melhor trepador português da toda a década de 90 bem acima dos demais, e nesta especialidade também um dos melhores de toda a história do ciclismo português. Era outro corredor com carisma e apaixonante. Duas vitórias à geral na Volta, 4 vezes em 3º e uma em 2º, fora outras classificações dentro do Top 10. Não fez carreira no estrangeiro porque simplesmente não quis...teve propostas de boas equipas espanholas mas a Sicasal e a Recer Boavista (equipas onde correu até aos 30 anos de idade) cobriam sempre essas propostas em termos de ordenado e o Joaquim Gomes assim, preferiu sempre ficar.

O Nicolau e o Trindade são 2 ícones das primeiras Voltas a Portugal, 2 corredores que rivalizaram e que tinham características e estilos de correr totalmente díspares. Cada um com duas Voltas no bolso e outras boas prestações. O Nicolau por exemplo pesava 80 Kg, se fosse hoje dificilmente ganhava uma Volta a Portugal, mas naquele tempo com aquelas estradas e quilometragens tinha uma força ao alcance de poucos ciclistas...fartava-se de partir aros e crenques das bicicletas que utilizava, sinónimo da sua pujança física. Foi o primeiro ciclista em Portugal a usar bicicleta com multiplicação, uma novidade naquela época. Já o Trindade era um corredor pequeno e franzino, aquilo que hoje poderíamos encaixar como sendo um corredor trepador, era muito inteligente na forma de correr. Corria quase sempre sem se levantar do selim, teve uma carreira um pouco mais longa que o Nicolau e eles foram as grandes refrências da década de 30 do século passado, mesmo a nível internacional quando íam ao estrangeiro (correram muito no Brasil) venciam muitas vezes e eram constantemente capa dos jornais e revistas da época.


Agradeço a resposta. Demonstras um profundo conhecimento do ciclismo português e sua história.

Quanto a mim, lá está. É uma medalha nos jogos olímpicos, talvez o maior evento desportivo do mundo. Se fosse de ouro não tenho dúvidas de que ele constaria em qualquer lista.
No entanto, claro que tenho de concordar quando dizes que foi um ciclista que nunca foi carismático. Na verdade até ficou mais conhecido pelo trabalho invisível do que outra coisa. A verdade é que é fácil de se reconhecer que o Joaquim Gomes enquanto ciclista era superior, mas lá está para mim a medalha em Atenas pesa muito. Quando será que vamos ter outra?

Quanto ao Vítor Gamito, não tendo tido uma carreira internacional, foi bastante relevante na década de 90 e início de 2000 no panorama nacional. Já o Cândido, não vale a pena falar. Era um ciclista que adorava, ganhava ao sprint e depois andava a discutir a nossa volta. Pena que nunca conseguiu ganhar. Partiu-me o coração quando em 2005 perdeu para o ciclista russo.

Outro ciclista que poderia ser equacionado seria o Fernando Mendes, mas teve o azar de coincidir com o maior fenómeno de popularidade (e talento!) do ciclismo nacional.


Sabes que os Jogos Olímpicos foram durante largos anos uma prova para ciclistas amadores e só a partir de 1996 passaram a ser corridos por profissionais. Ou seja, a vitória do Sérgio Paulinho surge na 3ª edição em que os jogos são corridos por ciclistas profissionais, mas o rótulo "amador" que esta prova adquiriu durante muitos anos nunca se desligou por completo e há ciclistas que ainda hoje preferem ganhar uma etapa no Tour ou serem campeões do mundo do que conseguir uma medalha nos jogos, eu compreendo e aceito.

O Vítor Gamito era outro predestinado. Fortíssimo contra relogista, estava para os contra relógios como o Joaquim Gomes estava para as montanhas, um e outro dos melhores que já vi a nível nacional. Faltava ao Gamito sobreviver à alta montanha, com o passar dos anos foi-se adaptando, trabalhou e sofreu imenso, tornou-se completo e podia de facto ter ganho mais do que apenas uma Volta a Portugal. Aconselho a todos os amantes de ciclismo neste fórum a verem a reportagem da Sandra Vindeirinho sobe a carreira do Gamito, chama-se um "Raio de Sorte" e retrata toda a sua carreira. É uma delícia de reportagem que eu vi pela primeira vez há 20 anos: https://www.youtube.com/watch?v=Peuloy-yDH8

O Fernando Mendes...CandidoBarbosaPT ainda bem que o referes, estava à espera que se lembrassem dele. Era um grande corredor, muito completo e competente, da geração do Joaquim Agostinho, o Fernando Mendes é de facto aquele que mais se aproxima dele naquela época. Prestações de bom nível no Tour, Vuelta (sobretudo) e Giro. Em Portugal apenas ganhou por uma vez a Volta a Portugal logo após o 25 de abril e aproveitando o facto do Agostinho não estar em competição. O Fernando Mendes merecia ter ganho mais vezes a prova rainha do nosso ciclismo, sendo de salientar que foi desclassificado em 1978 quando se encontrava em 1º lugar numa vitória que se adivinhava. Foi desclassificado por se ter recusado a efetuar um controlo anti doping.


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 10:16 
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Aconselho a todos os amantes de ciclismo neste fórum a verem a reportagem da Sandra Vindeirinho sobe a carreira do Gamito, chama-se um "Raio de Sorte" e retrata toda a sua carreira. É uma delícia de reportagem que eu vi pela primeira vez há 20 anos: https://www.youtube.com/watch?v=Peuloy-yDH8

Ali aos 9:55 o Paulo Martins. Por acaso é algo que gostaria de saber (visto naquela altura ser muito novo, apesar de me lembrar que na infância o meu ídolo era precisamente o Vítor Gamito. Com 5/6 anos, andava na bicicleta e vestia uma camisola amarela para ser o Vítor Gamito): quão relevante foi o Paulo Martins no pelotão nacional? Quão relevante foi a sua carreira?


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 11:03 
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Aconselho a todos os amantes de ciclismo neste fórum a verem a reportagem da Sandra Vindeirinho sobe a carreira do Gamito, chama-se um "Raio de Sorte" e retrata toda a sua carreira. É uma delícia de reportagem que eu vi pela primeira vez há 20 anos: https://www.youtube.com/watch?v=Peuloy-yDH8

Ali aos 9:55 o Paulo Martins. Por acaso é algo que gostaria de saber (visto naquela altura ser muito novo, apesar de me lembrar que na infância o meu ídolo era precisamente o Vítor Gamito. Com 5/6 anos, andava na bicicleta e vestia uma camisola amarela para ser o Vítor Gamito): quão relevante foi o Paulo Martins no pelotão nacional? Quão relevante foi a sua carreira?


Lembro-me do Paulo Martins quando ele ainda tinha cabelo :D :D :D Foi um ciclista discreto, era rápido mas não o suficiente para disputar vitórias com os sprinters que apanhou no nosso pelotão, aliás o que ele ganha na carreira foram apenas circuitos e poucos diga-se. Foi profissional entre 1995 e 2002, estando mais tempo na equipa do Tavira que na altura era patrocinada pela Gresco.


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 11:35 
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Sugiro que este tópico siga o padrão das restantes votações caso contrário teremos meia dúzia de posts com gente a escolher os melhores ciclistas sem se criar discussão nenhuma. Este modelo de votações tem sido uma vitória aqui no fórum porque acabamos não só com cento e tal páginas em cada thread como também acabamos a esmiuçar, a comparar, relativizar e relembrar carreiras de vários ciclistas.

Acho que tentar encontrar os 10 melhores num formato de Liga podia ser interessante e diferente. Sugiro o seguinte:

1. Escolher 30 ciclistas e dividir em 6 grupos de 5;
2. Os vencedores e 4 melhores segundos apuram-se;
3. Liga entre o Top-10 final para ordenar a classificação;


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 11:53 
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zeduarte 10 Escreveu:
Sugiro que este tópico siga o padrão das restantes votações caso contrário teremos meia dúzia de posts com gente a escolher os melhores ciclistas sem se criar discussão nenhuma. Este modelo de votações tem sido uma vitória aqui no fórum porque acabamos não só com centro e tal páginas em cada thread como também acabamos a esmiuçar, a comparar, relativizar e relembrar carreiras de vários ciclistas.

Acho que tentar encontrar os 10 melhores num formato de Liga podia ser interessante e diferente. Sugiro o seguinte:

1. Escolher 30 ciclistas e dividir em 6 grupos de 5;
2. Os vencedores e 4 melhores segundos apuram-se;
3. Liga entre o Top-10 final para ordenar a classificação;


Aqui há dias eu sugeri ao tozequio que criasse um tópico com eliminatórias que colocassem frente a frente corredores que passaram pela Volta a Portugal ao longo das suas 82 edições (tanto portugueses como estrangeiros).

Já este tópico que ontem criei nada tem a ver com isso, só é pedido que indiquem os 10 melhores corredores (os mais marcantes) do ciclismo português. Ao fazê-lo vamos poder falar um pouco sobre eles, alias como eu, o CandidoBarbosaPT e o próprio Ricagale já começámos.


Editado pela última vez por Pengo em 27 Out 2020, 12:07, num total de 3 vezes.

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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 11:56 
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Ok, desculpem interromper :D continuem


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 11:59 
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zeduarte 10 Escreveu:
Ok, desculpem interromper :D continuem


Participa, dá a tua opinião, é isso que se pretende. Quem não conhecer, passa a conhecer.


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 12:09 
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Aconselho a todos os amantes de ciclismo neste fórum a verem a reportagem da Sandra Vindeirinho sobe a carreira do Gamito, chama-se um "Raio de Sorte" e retrata toda a sua carreira. É uma delícia de reportagem que eu vi pela primeira vez há 20 anos: https://www.youtube.com/watch?v=Peuloy-yDH8

Ali aos 9:55 o Paulo Martins. Por acaso é algo que gostaria de saber (visto naquela altura ser muito novo, apesar de me lembrar que na infância o meu ídolo era precisamente o Vítor Gamito. Com 5/6 anos, andava na bicicleta e vestia uma camisola amarela para ser o Vítor Gamito): quão relevante foi o Paulo Martins no pelotão nacional? Quão relevante foi a sua carreira?


Lembro-me do Paulo Martins quando ele ainda tinha cabelo :D :D :D Foi um ciclista discreto, era rápido mas não o suficiente para disputar vitórias com os sprinters que apanhou no nosso pelotão, aliás o que ele ganha na carreira foram apenas circuitos e poucos diga-se. Foi profissional entre 1995 e 2002, estando mais tempo na equipa do Tavira que na altura era patrocinada pela Gresco.

Sabia da ligação longa dele ao Tavira, e sabia que era mais talhado para o sprint. Mas realmente foi uma carreira discreta.


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 12:16 
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Ali aos 9:55 o Paulo Martins. Por acaso é algo que gostaria de saber (visto naquela altura ser muito novo, apesar de me lembrar que na infância o meu ídolo era precisamente o Vítor Gamito. Com 5/6 anos, andava na bicicleta e vestia uma camisola amarela para ser o Vítor Gamito): quão relevante foi o Paulo Martins no pelotão nacional? Quão relevante foi a sua carreira?


Lembro-me do Paulo Martins quando ele ainda tinha cabelo :D :D :D Foi um ciclista discreto, era rápido mas não o suficiente para disputar vitórias com os sprinters que apanhou no nosso pelotão, aliás o que ele ganha na carreira foram apenas circuitos e poucos diga-se. Foi profissional entre 1995 e 2002, estando mais tempo na equipa do Tavira que na altura era patrocinada pela Gresco.

Sabia da ligação longa dele ao Tavira, e sabia que era mais talhado para o sprint. Mas realmente foi uma carreira discreta.


Bastante. Participou nalgumas Voltas a Portugal, não sei precisar agora quantas mas sempre discretamente. Ele também ficou numa queda grave que afetou o Vítor Gamito e da qual falam nessa reportagem, não sei até que ponto isso também não o condicionou em termos físicos e psicológicos, influenciando também a sua colocação nas chegadas.


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 13:10 
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Penso que o único lugar que fica em dúvida nesse top-10 é mesmo o Joaquim Gomes. O Orlando Rodrigues não terá sido melhor corredor? Ou mesmo o Cândido Barbosa?


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MensagemEnviado: 27 Out 2020, 13:32 
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edKarry Escreveu:
Penso que o único lugar que fica em dúvida nesse top-10 é mesmo o Joaquim Gomes. O Orlando Rodrigues não terá sido melhor corredor? Ou mesmo o Cândido Barbosa?


O Orlando Rodrigues é daqueles que fica perto do Top 10 mas na minha opinião não chega lá. É verdade que foi o meu ciclista português preferido da década de 90 e tem a seu favor o facto de ser um ciclista completo. No entanto, perdia no contra relógio para o Vítor Gamito e na montanha perdia para o Joaquim Gomes e estes foram os seus 2 principais rivais daquela década. Os seus anos na Artiach foram os melhores e que coincidiram com a fase em que comecei a acompanhar a modalidade mais de perto. O Orlando era um ciclista que fazia uma gestão de esforço e corrida como ninguém e é somente neste aspeto que leva vantagem sobre Gomes e Gamito. Era um corredor muito sóbrio, calculista e inteligente. Ganha a Volta a Portugal duas vezes seguidas, o que poucos portugueses conseguiram (Trindade, José Martins, Dias dos Santos, Agostinho e Chagas) e é o único que conseguiu fazê-lo estando numa equipa estrangeira. Mas depois no estrangeiro fica aquém, na Artiach consegue acabar uma Vuelta ali perto do Top 10 e mais tarde no Tour e já ao serviço da Banesto faz 2° numa fuga a caminho de Superbesse...e é aqui na Banesto que se dá um virar de página na sua carreira, tornando-se um gregário mas com muitas intermitências ao nível do rendimento.


O Cândido Barbosa aqui no fórum todos se lembram por ser o ciclista do povo entre os anos 2000 e 2010. Muita categoria evidenciada nas camadas jovens e depois como elite vai progredindo lentamente em busca de se tornar um ciclista tão completo quanto possível, mas sempre com lacunas que o impediram de ganhar a Volta. É o 2 ° ciclista da história com mais vitórias de etapa na Volta mas parece-me que ficou a faltar algo na sua carreira.

Estes 2 corredores ficam perto do Top 10 mas para tirar de lá o Joaquim Gomes, na minha modesta opinião não chega.


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