De acordo com o tema abordado no tópico:
viewtopic.php?f=374&t=14737, crio este novo tópico para falarmos de ciclistas cujos resultados ficaram bastante aquém do esperado, desde ciclistas portugueses a estrangeiros, vou indicar alguns:
Carlos Sabido - Recordar os tempos em que a Casactiva dominava o pelotão sub 23 e numa equipa que contava com João Benta, Luís Mendonça, Rui Vinhas, entre outros, era o Carlos Sabido que mais me chamava a atenção pelos seus desempenhos, sobretudo nas provas que faziam parte do Troféu RTP. Podia não ser o melhor ciclista da equipa, mas era aquele em quem eu depositava grandes esperanças para quando da sua passagem a elite. Acabou por não fazer carreira, ao contrário dos colegas que citei.
João Leal - Venceu com bastante à vontade a Volta a Portugal de júniores em 2010, prova onde para além da geral individual, venceu a classificação da montanha e arrumou com a concorrência logo na primeira etapa da competição. Depois disto, não mais apareceu.
João Cabreira - Sempre o considerei um dos ciclistas mais talentosos da sua geração, se não mesmo o mais talentoso. Grande trepador, tinha tudo para fazer uma carreira consistente a nível de resultados, por culpa própria ou não, tal acabou por não acontecer.
Nuno Almeida - Bem, na minha opinião nunca achei este ciclista nada de especial, o que me chamou a atenção foi a avaliação e análise do polémico Dr.º Benjamim Carvalho ao seu VO2 em situação de treino e que indicava que estaríamos na presença de um corredor com nível de World Tour, verifiquem
O Nuno Almeida terminou a carreira em 2018 e sem conseguir qualquer vitória no seu palmarés.
Marco Cunha - Um sprinter que apareceu muito cedo entre os elites (um pouco à imagem do Tiago Machado). Com 19 anos correu a sua primeira Volta a Portugal em bicicleta, nunca confirmando o potencial que evidenciava nos escalões de formação.
A nível de corredores estrangeiros temos:
Santiago Blanco - Apontado como o próximo espanhol que iria vencer o Tour a seguir a Miguel Indurain, nunca conseguiu desligar-se desta exigência, revelando mesmo imensas dificuldades em render em provas de longa duração e com quilometragens excessivas.
Juan Miguel Mercado - Deu-se a conhecer na Volta a Portugal do ano 2000, quando com apenas 22 anos terminou no 5º lugar e venceu a classificação da juventude. No ano seguinte regressa à Volta, para revelar-se na minha opinião o homem mais forte a subir, sem no entanto conseguir bater os mais completos e experientes Fabian Jeker e Andrei Zintchenko, faz 3º. Semanas depois vence a Volta a Burgos. O seu bom rendimento mantém-se na Vuelta, onde vence a chegada aos Lagos de Covadonga e faz 5º na geral individual. A partir daqui e apesar de vencer etapas no Tour, não consegue estar na discussão das grandes Voltas como seria de esperar e acaba a carreira em 2007, com apenas 29 anos de idade.
Ivan Quaranta - Como tinha falado num sprinter português, volto aos sprínteres para citar um estrangeiro, neste caso Ivan Quaranta. Ciclista com uma boa compleição física e que foi dos poucos que bateu Mario Cipollini no Giro, talvez por isso era apontado como o seu sucessor, o que é certo é que a maioria das suas vitórias aconteceram em Itália, faltando sempre algo a este ciclista para atingir outros patamares.
Romans Vainsteins - Também já falei dele hoje, campeão do mundo em 2000 de forma surpreendente, não foi menos surpreendente quando o próprio afirmou que venceria o Tour em poucos anos, o que é certo é que tanto as suas palavras como o seu potencial ficaram muito longe dos resultados que obteria depois.
Avancem com os vossos nomes.