Reflexo sem Nexo |
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Registado: 13 Jun 2012, 21:42 Mensagens: 11888 Localização: Lordelo
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Nome Completo: Tao Geoghegan HartNacionalidade|Lugar Nascimento: Britânica| Hackney, LondonData Nascimento: 30 Março de 1995 (21 Anos)Perfil Corredor: Trepador/Clássicas AcidentadasHistórico Equipas: 2014- Bissel Development Team 2015- Axeon Cycling Team 2016- Axeon Hagens BermanPrincipais Resultados 2016: 6ºGeral Final Volta ao Alentejo 8ºLugar Giro del Belvedere 7ºLugar GP Palio del Recioto 1ºLugar Trofeo Piva Classificação Juventude e 6ºGeral Final Tour of the Gila 2ºClassificação Juventude e 12ºGeral Final Amgen Tour of California (5ºLugar na 4ªEtapa) 2ºClassificação Pontos e 2ºGeral Final Course de la Paix U23 (2º na 2ªEtapa) 2ºClassificação Juventude e 2ºGeral Final Tour de Savoie Mont Blanc (1ºLugar na 5ªEtapa) 2ºCampeonato Nacional Contra-Relógio Sub23 Grã-Bretanha 1ºCampeonato Nacional Estrada Sub23 Grã-Bretanha 6ºCampeonato Nacional Estrada Elite Grã-Bretanha 3ºClassificação Juventude e 12ºGeral Final Tour of Utah (2ºLugar na 5ªEtapa) 6ºGeral Final Tour de l'Avenir (4ºLugar na 1ªEtapa) 14ºGeral Final Tour of Britain Carreira:Tao Geoghegan Hart é o nome que se segue nesta larga lista e talvez aquele que a maioria de vocês conhece melhor, o britânico que nasceu em Hackney é aquele que apresenta o maior palmarés de todos os nomes aqui presentes, tendo já resultados de relevo em corridas de alguma nomeada. Desde pequeno que o desporto sempre foi a sua paixão, primeiro foi o futebol, depois veio a natação e por fim apareceu o ciclismo, desporto esse pelo qual Tao Hart se revela fascinado, Tom Southam antigo corredor, conta que certo dia numa prova em Londres, um rapazinho de 15 anos veio ter com ele e colocou-lhe diversas questões, desde a sua carreira, a forma como treinava etc., esse rapaz era Tao Hart que deixava Tom Southam totalmente impressionado, pois segundo ele aquele era o rapaz mais confiante que ele já alguma vez tinha conhecido.O confesso admirador de Mark Cavendish e Sir Bradley Wiggins tinha então o objectivo de chegar ao topo do ciclismo e a verdade é que desde cedo mostrava muita apetência para o ciclismo quer na estrada quer na pista, em 2012 e no seu primeiro ano de júnior Tao Hart era medalha de prata nos Campeonatos da Europa de pista mas as coisas não lhe correram como ele esperava na estrada, Matthew Winston o treinador e um dos grandes pilares para o sucesso de Tao Hart, pedia calma ao seu pupilo e disse-lhe que 2013 seria o seu ano de explosão e a verdade é que não se enganou. Tao Hart tinha um 2013 de sonho e revelava-se um corredor todo o terreno, era 3º em Roubaix, ganhava o Tour de Istria e o Giro della Lunigiana provas com algumas dificuldades e obtinha ainda vários resultados de relevo ao longo do ano, afirmava-se como uma das grandes figuras do pelotão júnior que era composto por nomes como Mathieu Van Der Poel, Robert Power, Mads Pedersen, Sam Oomen entre outros, seria ele capaz de continuar a mostrar todo o seu talento enquanto Sub23, correndo agora também com os corredores elite?Bissel Development Team era a equipa que Tao Hart ia representar em 2014, a formação comandada por Axel Merckx tinha como objectivo desenvolver os grandes talentos do ciclismo mundial, já tinham passado pelas mãos de Axel corredores como Jasper Stuyven, Ian Boswell e Lawson Craddock, o britânico iria tentar seguir as pisadas destes também jovens corredores e dava boas indicações logo no ano de estreia como Sub23, era 3º na Liege e fechava o ano da melhor maneira, com um 10º na geral final do Avenir e um 15º na geral final do Tour of Britain, esta última prova contava com a presença de diversas formações do WorldTour e a Sky ficava desde já de olho em Tao Hart, Axel Mercxk mostrava-se satisfeito com a época de estreia do jovem de Hackney e previa-lhe um 2015 risonho. A verdade é que Tao Hart lutava bastante para concretizar o seu sonho de singrar no ciclismo, seguia há risca o seu programa de treinos mas as primeiras horas eram feitas na companhia de profissionais como Dan Martin, Paul Voss, Matt Brammeier e Erick Rowsell, segundo ele aprendeu muito com todos eles mas confessa também que alguns deles eram muito descontraídos, se estivesse a chover tiravam o dia de folga.Em 2015 a Bissel passava a Axeon mas o projecto era basicamente o mesmo, Tao Hart seguia com Axel Merckx e era talvez a grande figura da equipa, que contava agora com o português Rúben Guerreiro, o britânico tinha agora pela frente um ano de maiores responsabilidades. Os seus primeiros resultados de destaque surgiam em Abril e Maio, nas clássicas era 6º no Trofeo Piva e voltava a repetir o 3º na Liege, nas grandes voltas era 8º no Tour de Gila e 13º no Tour da California, prova onde estavam presentes diversas formações do escalão WorldTour, duas semanas mais tarde corria em Roubaix mas era apenas 27º, o próprio Tao confessou que aquele 3º lugar em Júnior foi um resultado inesperado, talvez o dia em que tudo lhe correu de feição. Tao voltava a mostrar-se novamente em evidência nos meses de Agosto e Setembro, era 13º no Tour de Utah, 7º no USA Pro Challenge vencendo também a juventude e era apenas desta feita 21º no Tour of Britain mas a Sky chavama Tao Hart para estagiar com a equipa na fase final da época e aparentemente desde aí ficou acertada a contratação do britânico para 2017, 2016 seria então ao que tudo indicava o seu último ano na Axeon.A Axeon voltava a mudar o nome para Axeon Hagens Berman mas o projecto era basicamente o mesmo, de destacar que a formação americana tinha um plantel muito interessante, composto na sua larga maioria por americanos com grande potencial, Tao Hart era novamente a figura máxima do projecto a par do português Rúben Guerreiro. O britânico iniciava a sua temporada em solo ibérico, nas quatro corridas realizadas em Portugal e Espanha destacava-se sobretudo o 6ºLugar na Volta ao Alentejo, seguiram-se depois as clássicas acidentadas e Geoghegan Hart estava em particular evidência nas italianas, era 8º no Belvedere, 7º no Palio del Recioto e vencia o Trofeo Piva, fruto talvez de algum desgaste era apenas 19º na Liège U23 e não repetia o pódio que conseguiu nas duas últimas edições. Nos meses de Maio e Junho surgiam as grandes voltas no calendário do britânico e ele mostrava-se bastante regular, era 6º em Gila, 12º no Tour da California, 2º na Course de la Paix U23 e 2º novamente desta feita no Tour de Savoie onde vencia uma etapa, a finalizar Junho era ainda Campeão Nacional de Sub23 e 6º na mesma prova mas na categoria de elites, seguia-se agora a última parte da época onde estava colocado um dos grandes objectivos da época para Tao Hart, a Volta a França do Futuro.Depois de um período de preparação específica durante o mês de Julho em Girona, local preferido de treinos do britânico, seguia-se um dos seus grandes objectivos da temporada que iria ser antecedido pelo Tour of Utah. Na prova americana Tao finalizava apenas em 12º na Geral mas esteve perto de vencer a 5ªEtapa, no entanto "bateu na trave" e foi superado por Kiel Reijnen, ainda antes da prova francesa o britânico ganhava um balão de oxigénio, a Sky oficializava a sua contratação para os próximos dois anos, Tao ia super motivado para o Avenir mas iria ter concorrência forte pela frente. Concorrência essa que se viria a revelar forte demais para o britânico, ele que até começou bem ao integrar uma fuga logo no primeiro dia que teve sucesso, não ganhava a etapa mas colocava já os rivais a 46segundos. No entanto e nas etapas decisivas de alta montanha, Tao Hart revelava-se incapaz de seguir com os melhores e finalizaria a prova apenas na 6ª posição, era o melhor lugar do britânico no Avenir mas ele revelou-se insatisfeito após o término da prova. Já em Setembro e sem grandes objectivos nas últimas provas da época, Tao Hart era ainda 14º no Tour of Britain ao serviço da selecção britânica e nono nos campeonatos da europa de contra-relógio para o escalão de Sub23, a sua última prova da época era provavelmente a Ruota d'Oro onde fechava em 10º, era este o 2016 de Tao Hart onde se confirmava mesmo o seu abandono da Axeon.E agora o que podemos esperar de Tao Hart para 2017? Será a Sky capaz de espremer ao máximo o potencial do jovem britânico? Irá Tao desenvolver as suas capacidades na alta montanha, ele que é visto mais como um corredor de clássicas? Atingirá ele o patamar de Froome ou Wiggins e conseguirá pelo menos vencer um Tour? Fará melhor figura que o seu anterior companheiro Rúben Guerreiro em época de estreia para ambos no WorldTour?.
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