zeduarte 10 Escreveu:
edKarry Escreveu:
O problema não é o dinheiro ou a W52, são as outras equipas. Quem é legitimamente candidato fora da W52? E porquê? Será só dinheiro?
O problema são as outras equipas porquê? Como é que não têm um bloco tão forte? Conseguimos arranjar uma lista de candidatos fora da W52 mas talvez nenhum deles seja mais favorito que ninguém do trio Amaro/Veloso/Rodrigues. Obviamente que para estes não será fácil aceitar não ser líder, mas se calhar como no fim do mês ele cai lá sujeitam-se a isso. Repara, se amanhã aparece uma marca qualquer a querer competir pela VAP qualquer um destes 3 será um alvo apetecível para liderar uma equipa. Quando dizes "o problema não é a W52, são as outras equipas" eu concordo, mas a causa disso para mim será sempre a falta de orçamento. O próprio nível que a W52 apresenta só se pode justificar com um nível de profissionalismo muito superior. Pode não parecer bonito, mas o que falta é $$$.
Para começar, a W52 entrou no pelotão de elites em 2013, mas os mesmos problemas verificavam-se muito antes. Ganhavam sempre os contra-relogistas. Blanco, Mestre, Tondo, o Guerra não ganhou mas foi candidato crónico, Bernabéu, etc. As equipas de sempre continuavam a não ir à procura de bons contra-relogistas, à exceção da LA que tentou transformar o Sabido num homem para a GC e resultou uma vez. Em 2011, por exemplo, quase todos os top-10 eram fracos no contra-relógio. Não tinham consciência de que ia haver um contra-relógio longo? Curiosamente, o Veloso nesse ano não tinha equipa! Tudo bem que era um ano de crise, com apenas quatro formações nacionais, mas o Boavista contratou sete novos corredores e foi a equipa que o formou, por exemplo.
Dos que mencionaste, fora o Veloso, o Rodrigues esteve 3 anos no Tavira, o Amaro foi aposta de outras equipas durante o mesmo período. O Amaro, como disse, noutra equipa só vai vencer se tiver outro colega igualmente forte ou o pelotão perder qualidade, porque a nível de trepadores existem vários com qualidade semelhante e separa-se o trigo do joio no contra-relógio. Quanto ao João Rodrigues, na altura era tido como uma jovem promessa, mas nada de mais, existiam vários que eram tidos como superiores, tanto que, se bem me lembro, quando foi ao Tour de l'Avenir foi uma surpresa. Se o Tavira reconhecia-lhe capacidade para discutir a Volta, porque não poupar o dinheiro de alguns reforços e acenar com um aumento de salário? Porque é que nenhuma equipa resolveu dar um salário ao nível da sua segunda/terceira figura ao José Fernandes, depois do que fez no Troféu Joaquim Agostinho? O líder da Efapel, que também tem um orçamento grandinho, era o Sérgio Paulinho, e a segunda peça era o Henrique Casimiro.
Se as equipas não trabalham bem, têm de olhar para elas mesmas, porque em 2013 e em 2014, pelo menos, o orçamento da então OFM era semelhante ao das outras equipas e ganharam. Porquê? Por escolherem bem o plantel, potencializarem melhor os seus ciclistas (seja lá o que isso for...) e jogarem bem taticamente. Como é que eles descobriram que o Marque tinha capacidade para vencer a Volta, mas as outras não?