A corrida nos moldes em que é realizada não é compatível com uma boa participação.

É uma corrida .1, com quase 2 semanas de competição, num extremo da Europa, em que as equipas locais têm andamentos de outro nível e a maioria das equipas CT vem cá fazer figura de corpo presente.

No mesmo período há inúmeras competições ProSeries, que oferecem muito mais pontos por um terço dos dias de competição que as equipas têm "empancados" em Portugal:
- Polynormande + Tour du Limousin são 5 dias de competição e oferecem mais pontos que a Volta
- Burgos, Volta a Dinamarca e Arctic Race têm entre 4 a 5 dias e oferecem muito mais pontos, disputando-se em simultâneo com a Volta
- Volta à Alemanha começa poucos dias depois, tem também só 5 dias e oferece mais pontos
- Para além das provas por etapas há também o calendário belga com 3 clássicas 1.1 no período da Volta que em 3 dias oferece muito mais pontos do que estas equipas podem ambicionar em Portugal.
- Tour de l'Avenir começa durante a Volta o que impede as melhores equipas Sub-23 de poderem participar numa das poucas provas com mais de 10 dias de duração e que até poderia ser útil para avaliarem o potencial dos jovens em provas de longa duração (mas aí o posicionamento em agosto também não seria favorável porque era um overkill conciliar o Avenir com outra prova superior a 5 dias num tão curto espaço de tempo). Sendo equipas com poucos elementos, basta terem muitos selecionados para o Avenir para nem conseguirem constituir uma equipa de 6 elementos ou 7 para vir cá.


A única solução que vejo é cortar a Volta em termos de duração e em vez de termos 10 dias, com etapas que não variam muito de ano para ano, concentrar mais em algo que seja no máximo de 7 dias, subindo claro a ProSeries. De caminho isso iria matar o escalão continental português, mas também honestamente não temos profundidade neste momento para 9 equipas UCI, cuja grande maioria só é continental para correr a Volta, porque de resto pouco calendário internacional tem. Sair do slot de Agosto também era o ideal, que é um período muito concentrado de provas, mas no verão não vejo outra solução. A única seria em Julho, em que o calendário não está muito concentrado por causa do Tour, mas isso seria acabar com a corrida em termos mediáticos.

Opção técnica do Joaquim Andrade. Mas como deves imaginar o Barry não ficou nada contente com essa decisão, até porque dava imenso jeito ao António Carvalho e ao Afonso Eulálio ter um escudeiro como o Barry na montanha. Em princípio será o líder no GP JN, ele já se está a preparar e a treinar para isso, em casa.

Realmente há escolhas dificeis de entender.

É estranho, mas não muito. O Barry Miller está a ter uma época horrível, não fez absolutamente nada, e também não sabemos como ele é no seio do grupo. Claro que preferia o seu upside, mesmo que passasse ao lado da corrida, a ter o Fábio Oliveira ou o Francisco Moreira, mas o mais provável é que o seu nível não derivasse do que tem sido.

Quanto ao Gaspar Gonçalves, parece ter estagnado nos últimos anos. O Pedro Pinto é similar em termos de caracterísiticas, mas seis anos mais novo e com resultados muito superiores. O Francisco Guerreiro provavelmente seria o 7º elemento, mas após o GP das Beiras só fez o campeonato nacional e não o concluiu, portanto deve ter tido algum problema físico. Faz mais sentido apostar nestes dois jovens que no Gaspar Gonçalves, que provavelmente sai no fim do ano e não será grande perda.

Outro que provavelmente devia considerar sair, se houver interesse apesar do seu passado, é o Rui Carvalho, que esteve bem o ano todo e não foi selecionado para a Volta. Acaba por fazer sentido a sua ausência porque alguém tem de controlar as fugas nos primeiros dias, ele não tem essas caraterísticas, e devem guardar o Ángel Sánchez para a GC, mas seria chamado de caras no Feirense, no Louletano e no Boavista, para além da Kelly e da LA que apostam em pessoal mais jovem.

Por acaso a exclusão da Volta por parte do Rui Carvalho foi, para mim, a maior surpresa até agora. Mas aqui alinho pela tua opinião, já que a equipa tem nas fileiras o João Matias e o Leangel Linarez e vai ser preciso gente para controlar o pelotão para levar os sprinters ao objetivo principal de ganhar, daí a questão da chamada do Francisco Morais que deve ser o homem de serviço nesse trabalho.

O Gaspar Gonçalves não me surpreende a ausência, já era esperado, tal como dizes o Pedro Pinto faz o mesmo tipo de trabalho, é mais novo, e no meu entender tem ainda mais qualidade que o Gaspar.

É estranho, mas não muito. O Barry Miller está a ter uma época horrível, não fez absolutamente nada, e também não sabemos como ele é no seio do grupo. Claro que preferia o seu upside, mesmo que passasse ao lado da corrida, a ter o Fábio Oliveira ou o Francisco Moreira, mas o mais provável é que o seu nível não derivasse do que tem sido.

Quanto ao Gaspar Gonçalves, parece ter estagnado nos últimos anos. O Pedro Pinto é similar em termos de caracterísiticas, mas seis anos mais novo e com resultados muito superiores. O Francisco Guerreiro provavelmente seria o 7º elemento, mas após o GP das Beiras só fez o campeonato nacional e não o concluiu, portanto deve ter tido algum problema físico. Faz mais sentido apostar nestes dois jovens que no Gaspar Gonçalves, que provavelmente sai no fim do ano e não será grande perda.

Outro que provavelmente devia considerar sair, se houver interesse apesar do seu passado, é o Rui Carvalho, que esteve bem o ano todo e não foi selecionado para a Volta. Acaba por fazer sentido a sua ausência porque alguém tem de controlar as fugas nos primeiros dias, ele não tem essas caraterísticas, e devem guardar o Ángel Sánchez para a GC, mas seria chamado de caras no Feirense, no Louletano e no Boavista, para além da Kelly e da LA que apostam em pessoal mais jovem.

A corrida nos moldes em que é realizada não é compatível com uma boa participação.

É uma corrida .1, com quase 2 semanas de competição, num extremo da Europa, em que as equipas locais têm andamentos de outro nível e a maioria das equipas CT vem cá fazer figura de corpo presente.

No mesmo período há inúmeras competições ProSeries, que oferecem muito mais pontos por um terço dos dias de competição que as equipas têm "empancados" em Portugal:
- Polynormande + Tour du Limousin são 5 dias de competição e oferecem mais pontos que a Volta
- Burgos, Volta a Dinamarca e Arctic Race têm entre 4 a 5 dias e oferecem muito mais pontos, disputando-se em simultâneo com a Volta
- Volta à Alemanha começa poucos dias depois, tem também só 5 dias e oferece mais pontos
- Para além das provas por etapas há também o calendário belga com 3 clássicas 1.1 no período da Volta que em 3 dias oferece muito mais pontos do que estas equipas podem ambicionar em Portugal.
- Tour de l'Avenir começa durante a Volta o que impede as melhores equipas Sub-23 de poderem participar numa das poucas provas com mais de 10 dias de duração e que até poderia ser útil para avaliarem o potencial dos jovens em provas de longa duração (mas aí o posicionamento em agosto também não seria favorável porque era um overkill conciliar o Avenir com outra prova superior a 5 dias num tão curto espaço de tempo). Sendo equipas com poucos elementos, basta terem muitos selecionados para o Avenir para nem conseguirem constituir uma equipa de 6 elementos ou 7 para vir cá.


A única solução que vejo é cortar a Volta em termos de duração e em vez de termos 10 dias, com etapas que não variam muito de ano para ano, concentrar mais em algo que seja no máximo de 7 dias, subindo claro a ProSeries. De caminho isso iria matar o escalão continental português, mas também honestamente não temos profundidade neste momento para 9 equipas UCI, cuja grande maioria só é continental para correr a Volta, porque de resto pouco calendário internacional tem. Sair do slot de Agosto também era o ideal, que é um período muito concentrado de provas, mas no verão não vejo outra solução. A única seria em Julho, em que o calendário não está muito concentrado por causa do Tour, mas isso seria acabar com a corrida em termos mediáticos.

Quantas etapas ganha a Glassdrive? Menos de 4 será uma desilusão.