Mais do que isso, o que pesou mais foi ter de estar a recuperar posições no Poggio.

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Quer dizer, o MVP esteve o tempo todo a recuperar posições e ainda queriam que ele atacasse? Deviam dar é uma estátua ao homem por ainda conseguir ficar no top5. E dizer que aquela etapa no Tirreno foi perfeitamente escusada é de rir.

O MVP pareceu-me estar sempre a tentar esconder-se, porque o Ala estava sempre a olhar pra trás para ver onde ele andava. Pouco antes do ataque do Ala, este olha pra trás para ver quem estava e quem não estava. O MVP em 4/5 pedaladas colou logo depois do ataque. Não foi falta de pernas, não creio.

Ele ainda podia ter pernas, mas quando vais a gastar watts durante a subida toda porque entraste mal posicionado é normal esconderes-te mais um bocado para "descansar". Ás vezes uma pedalada a mais faz toda a diferença.

O meu ponto é que ele fez isso de propósito. Ele conhece bem as capacidades dele. Não se esqueçam também que tivemos uma Jumbo a descarregar forte e feio na Cipressa para evitar o tão esperado ataque do MVP. E depois a Ineos também a descarregar no Poggio, tanto para cansar a malta, como também para tentar a gracinha com o Pidcock.

Grande vitória do Stuyven, na inteligência.

Não percebi aquela tática da Ineos. Com gajos atacantes e explosivos como MVP, Van Aert, Ala, entre outros, não adiantaria muito estarem a rebentar com o pelotão para o Pidcock.

O MVP pareceu displicente na corrida. Mal posicionado, constantes recuperações, e no fim pagou isso. Que sirva para manter os pés bem assentes na terra.

Aquela etapa no TA foi escusada sim. Para quem vê como nós foi espetacular, para o ciclista nem por isso. Só veio acrescentar desgaste desnecessário uma semana antes da MSR, quando até já tinha ganho uma etapa uns dias antes, para que? Com o palmarés que o MvDP já tem é essa etapa que lhe vai fazer falta? Um monumento não seria bem mais interessante? O próprio Johan Museeuw esta semana numa entrevista disse o mesmo e praticamente anteviu este final de hoje, certamente é alguém que sabe mais que nós

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Acho que o MVDP gosta apostar nas corridas que gosta mais ou quer ganhar. Acho que desde começou na estrada nunca se referiu ao MSR ou mesmo Tour para ganhar etapas com grande interesse. Se calhar para o ano volta com mais ambição. Deve ser nestas derrotas que se motiva mais.

Além que acho que já se percebeu que o MVDP não é o melhor ciclista a colocar-se. Nem grande espingarda a usar os colegas para isso. Notei já de umas corridas para cá que perde a roda dos colegas várias vezes.

Por isso é que numa corrida como esta é tão importante uma boa colocação na frente do pelotão nos momentos-chave, para não estar a gastar forças que serão precisas no clímax da mesma.

A principal lacuna do Van der Poel é a colocação. Ao atacar tantas vezes cedo não se nota tanto, mas ele entra em imensos momentos-chave fora dos 20 primeiros. No entanto, não creio que aqui tenha perdido devido a isso, havia quem estivesse tão forte como ele a subir e ao sprint está longe de ser imbatível.

O que eu não gostei foi o a sobrevalorização constante em todo o lado (meios de comunicação, twitters que sigo, etc) dos 3 mosqueteiros durante a semana. Como se apenas 1 dos 3 pudesse vencer.
Vão atacar no Poggio. Não, na Cipressa. Não, a 50km. Não, desde o km 0.
Chega ao dia da prova ficam os 3 a chuchar no dedo.

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Dar-se demasiado hype a uma prova que de grande só tem a história e os pontos dá nesta sensação de desapontamento.

A Catalunha vai ter etapas mil vezes melhores por exemplo.

Toda a gente sabe que só vale a pena ver a última hora da corrida. E haja ou não ataques, gosto sempre bastante dessa hora. É ver a tensão crescer, ver quem se aguenta na Cipressa, a aproximação ao Poggio, ver os ataques aí, se chega um grupo isolado ou não...

Decas não digas asneiras

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Exatamente, é uma bela corrida que após 300km se decide em detalhes nos últimos quilómetros que nos últimos anos tem sido ganha por sprinters, punchers e trepadores. É sempre bem interessante ver toda a luta pelo posicionamento, ver quais são os sprinters que aguentam, se alguém ganha vantagem no pódio e depois como se desenrola essa vantagem sempre muita curta até à meta ou se alguém tenta sair de um grupo já mais restrito nos últimos quilómetros.

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