Dentro de dois dias iremos ter o inicio de mais uma edição do Dakar, mais uma na América do Sul, com passagem pela Argentina e pela Bolívia.
O grande destaque este ano vai para a presença do Mikko Hirvonen, a guiar um Mini da equipa oficial, e do Sebastien Loeb, que vai guiar o Peugeot, que se espera mais competitivo, face ao desastre do ano passado. Apesar de esperar que ambos sejam bastante rápidos, não sei se terão a experiência necessária para conseguir vencer este ano o Dakar. Para vencer, espero uma luta entre o Al-Attiah, De Villiers e Nani Roma, sendo que o qatari tem favoritismo. Não coloco aqui nenhum dos Peugeot do Peterhansel e do Sainz pois acho que este ano a Peugeot ainda não conseguir estar com o carro com a sua maior competitividade, e penso que, sem problema de fiabilidade, conseguirão terminar no top 10, mas acho que a vitória está fora do alcance. O Alrajhi o ano passado andou muito rápido, e pode ser um outsider, e o Terranova, se conseguir ter um rally sem problemas, pode conseguir o pódio para os argentinos.
Em termos de portugueses nos carros, temos o Carlos Sousa como o nosso maior representante, guiando um Mitsubishi, que esperamos que volte a fechar no top 10, e que talvez alcance uma vitória em etapa. Além disso, temos o Filipe Palmeiro a guiar o chileno Boris Garafulic, que guia um Mini. Outros destaques é mais uma vez a presença do "Bigode Voador", Adam Malysz, que espero que tenha mais sorte face ao ano passado e feche no top 10, do piloto da Porsche do WEC Romain Dumas, que guia um Peugeot, do Robby Gordon com o seu Gordini, e do Martin Prokop, atual piloto do WRC.
Nas motas, com a reforma do Marc Coma, temos talvez o grande favorito, o Paulo Gonçalves, que o ano passado terminou em 2º, e este ano é talvez o maior candidato a vencer, a par do Juan Barreda Bort. Se tudo correr bem, o Paulo dará luta e pode muito bem trazer a vitória para casa. O Rubén Faria e o Hélder Rodrigues são também candidatos, e quão bom seria se ocorresse um 1-2-3?
Mas é complicado, mas temos 3 pilotos bem capazes disso. O Toby Price é também um forte candidato, após a estreia o ano passado, e temos aindo o Jordi Villadoms, que deverá ser a par do Price o chefe de file da KTM. Temos ainda mais dois portugueses nas motas, o Mario Patrão e o Pedro Bianchi Prata que poderão tentar um top 50-40.
Nos quads, não temos nenhum português, e espera-se a luta entre o Rafal Sonik, o Ignacio Casale e os irmãos Patronelli, sendo sempre uma das provas mais renhidas. O Sergio Lafuente, que o ano passado esteve na luta, não está presente, e o 2º e o 3º classificados do ano passado acabaram muito distantes do Sonik, por isso serão considerados apenas outsiders, sendo esses o argentino Jeremias Gonzalez e o boliviano Walter Nosiglia.
Nos camiões, temos o português José Martins num Renault com o #551 (deixando os quads a única categoria sem um representante português), sendo que se espera uma luta entre os Kamaz, de Mardeev, de Nikolaev e de Karginov, os Iveco de Gerard de Rooy e Ales Loprais e o MAN de Hans Stacey. Espera-se uma luta bastante intensa, com ainda um ou outro outsider a intrometer-se (atenção ao MAZ de Siarhei Viazovich, que o ano passado andou muito rápido em algumas etapas e ao Tatra do Martin Kolomy), mas talvez, de todas, será a classe em que vai haver mais luta, apesar de achar que a Kamaz entra como a grande favorita.
E vá, tá ai um mini-preview do Dakar 2016.