Não acho isso assim tão linear, veja-se por ex o Valverde que nunca ganhou a Lombardia ou o van Avermaet a Flandres. O que conta é capitalizar, e neste momento o Pogacar já tem uma coleção de monumentos mais diversificada que o Valverde, Alaphilippe, MvdP e outros.
Pessoalmente considero que MSR e Flandres estão ao alcance dele (com as suas características atuais). Se um dia se fartar de ganhar GTs tem aqui 1 bom objetivo, era mais nessa perspectiva que queria levar a discussão.

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Não vejo o Pogacar a conseguir ganhar, nem a estar perto, Flandres e Roubaix. Para mim os que continuam a ter mais hipóteses são o WVA e MVP. E este Colbrelli

Será que sequer vai tentar? É o primeiro ciclista com verdadeiras possibilidades para ganhar tantos Tours como o Armstrong (o Contador eventualmente também as teria, mas no ano a seguir à primeira vitória a equipa não participou e depois perdeu algumas chances a tentar dobradinhas) e irá colocar tudo isso em causa ao tentar uma preparação para a Ronde e Paris-Roubaix? A Milano Sanremo ainda dou de barato porque alguém que sprinta como ele, tem sempre boas chances de ganhar num grupo reduzido.

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Não acho que o Pogacar tenha interesse no pavé. Para mim seria absurdo da parte dele sequer pensar nisso. Tem um leque enorme de oportunidades para ganhar e bater recordes noutros terrenos.

É verdade que o Van Aert é sem dúvidas o homem mais talhado para conseguir este feito, mas sinceramente começo a duvidar realmente se algum dia acontecerá (e digo isto sendo um grande fã dele).
É verdade que este ano foi o 3° no CQ Ranking e por larga margem, mas não deixa de ser um ano que soube a pouco. As únicas provas importantes em que atingiu as expetativas foram o Tour e os JO, de resto só ganhou provas menos prestigiadas.
Isto deve-se principalmente a uma má preparação (a meu ver). Foi dececionante a forma como se mostrou no Mundial e no Paris Roubaix depois da Volta à Grã Bretanha. O mesmo se pode dizer da primavera, no mês de março a sua melhor prova foi o Tirreno Adriatico que era a corrida menos adaptada às suas caraterísticas. Uma semana depois estava a ser descarregado pelos melhores na E3. A Ghent Wevelgem ganhou devido às circunstâncias da corrida, foi o único do grupo da frente que tinha um colega. Na Ronde já não esteve tão mal como na E3 e esteve no ataque decisivo, mas no momento mais crítico não teve pernas para responder (aqui também acrescento: será que a S5, a bicicleta aero da Cérvelo, foi a melhor escolha para um prova com essa distância?). Depois fez boas provas em abril, o que até nos indica que poderia ter o pico apontado para o Paris Roubaix. Em compensação tivemos dois duelos memoráveis na Brabantse Pijl e na Amstel.
Há também a questão do ciclocross que lhe tira semanas em cima da bicicleta mesmo antes do início da primavera (este ano esse efeito ainda foi maior devido ao nascimento do Georges).
Por isso, a próxima época será decisiva para apurar se o Van Aert será efetivamente capaz desse feito. Terá um núcleo de clássicas mais forte, uma pausa de fim de época maior (o fim da época da estrada e o início da Taça do Mundo de CX é maior) e terá o tempo de rever os erros táticos e de forma deste ano.

O Valverde podia perfeitamente ter ganho a Lombardia se tivesse abdicado de fazer o Tour ou a Vuelta nalguns anos, mesmo assim ficou perto nalgumas ocasiões. Quanto ao Van Avermaet não é assim tão surpreendente já que só ganhou uma vez o Roubaix.

Mas falando do Pogacar, também acho que é homem para ganhar a MSR, ainda que seja uma prova difícil de prever mas para a RVV já acho que tivesse de mudar um pouco a preparação ainda que ao contrário de outros não considere impossível, ao contrário do que acontece com o Roubaix. Não tenho é grandes dúvidas que acabará por ganhar pelo menos mais uma LBL e Lombardia e quem sabe ser campeão do mundo ainda que provavelmente tenha de esperar por 2024 para ter um percurso para isso.

Acho que se o Pogacar apontar o pico de forma para MSR, Tirreno e Ronde e deixar a Liege para outros anos e depois vai ao Tour, acho que é possível ganhar a MSR e Ronde.
Já o Paris Roubaix, não estou mesmo a ver. Ele não me parece um bom rolador naturalmente, tem de estar naquela forma absurda e mesmo assim os CRs onde ganhou não eram planos.

Como o Kops disse acima, interessa capitalizar. O Allaphilipe era gajo para ter quantas LBL? Parece que depois do ano em que apareceu a ser 2º atrás do Bala ia ser o grande dominador e anda sempre a dar na trave.
O Valverde quantos segundos tem na Lombardia? O Purito quantos segundos tem na vida?

És forte mas precisas muito de estar no momento certo no sítio certo.

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Pogacar para o ano vai a SanRemo e Flandres.

Estou curioso para ver o que ele pode fazer em Sanremo. Ele em 2020 chegou no grupo principal, vamos ver o que vai acontecer, já bateu Alaphilipe ao sprint, agora é bater no Van Aert e MVDP

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Subscrevo.
Mesmo Flandres, máquina como ele é, estou bastante curioso. Acredito que tenha a potência necessária para os muros.

É curiosa a inclusão destes 2 monumentos, são exatamente os 2 que discutimos há umas semanas como potenciais alvos.

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A MSR é um monumento que por exemplo o Valverde rejeitou quase a sua carreira, seria um erro o Pogacar não tentar pelo menos. A RVV mais que não seja serve para ver como anda no paralelo, já que há pave no Tour.

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Não me parece nada de transcendente que possa ganhar a Milano Sanremo. Aliás, na teoria a maneira como tem de correr até é bastante simples: colocar a equipa a impor um ritmo alto nas subidas antes do Poggio e quando chegar ao Poggio atacar. Se alguém o seguir, depois é questão de discutir ao sprint, onde já se viu que consegue bater muita gente.

Em relação à Flandres, já tenho mais dúvidas.

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Faltam 3, já ganhou a mais difícil

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