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PS 0%  0%  [ 0 ]
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IL 23%  23%  [ 7 ]
BE 6%  6%  [ 2 ]
CDU 6%  6%  [ 2 ]
Livre 26%  26%  [ 8 ]
PAN 0%  0%  [ 0 ]
ADN 0%  0%  [ 0 ]
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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 12:18 
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Disse Parede de Coura como podia ter dito qualquer outra coisa, até o Boom. Era só um exemplo de uma tendência que verifico que a malta vai aceitando vínculos precários que impedem ou dificultam o acesso à habitação, educação, direito à constituição de família, envolvimento na vida da comunidade, poucas garantias na saúde e um monte de coisas que se poderiam considerar o básico, mas que dá para manter padrões de consumo elevados em esferas que já entram no superfluo. Isto está muito enraizado pelas campanhas do viver para o momento, de ser trendy, estar bem integrado nas esferas de sociabilidade. É uma visão de juventude que serve muito à manutenção das esferas do poder e que é bastante bussiness friendly.

Posso alongar-me, se for necessário, mas tenho mesmo que sair agora. :P

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Nem todos os que estão dispostos a lutar pela liberdade, lutam pelo socialismo/
Mas todos os que lutam pelo socialismo, lutam pela liberdade.


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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 13:56 
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O que o Osmo queria dizer é que ir ao Paredes é a definição de "ser fixe" dentro de muitas das mentes de hoje em dia. Mesmo que não fumem uns berlaites.

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 14:20 
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Eu cá concordo com muito do que ele disse. Agora ser do Podemos também faz parte do ser fixe e ser da Frente Nacional do ser rebelde. Nem sempre a manada acaba por servir os interesses das esferas do poder, antes parece-me que segue mais comummente o caminho da idiotice. Muitos dos movimentos políticos que surgem actualmente na Europa não são o resultado de opiniões individuais que pretendem romper com normas e com práticas instituídas na nossa sociedade. Nem representam qualquer pensamento político. São alimentados por esse mesmo "ser fixe" do Podemos ou pelo ódio e o racismo como o UKIP. E entre isso ou o bipartidarismo reinante, venham de lá os conservadores. 8-[

E vê-se habitualmente que muitas pessoas escolhem os fixes e não aqueles que apresentam as melhores ideias ou são mais capazes para o desempenho de funções públicas. Afinal isto é a democracia e é por isto que nós lutamos. 8-[

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 15:55 
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Anyway, falou-se cedo de mais. As medidas do Programa de Salónica foram enviadas ao Eurogrupo. A reforma baseia-se no apoio às classes mais precárias e ao combate à corrupção e evasão fiscal. Parece-me bem. Duvido é que seja aceite.


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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 18:47 
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Em primeiro, sobre a questão da Ucrânia, o que eu disse é óbvio mas não para muitas pessoas. O que quis dizer é que não há um lado bom e um mau, são dois imperialismos a lutar entre si, ou pior, a financiarem e apoiarem lados diferentes da barricada.

50 Sombras de Osmo Escreveu:

Anyway, em relação a tudo isto da Grécia. Primeiro, gosto da redução de um programa político a promessas que podem ser exequíveis ou não. Isto é esclarecedor do estado da democracia que por aqui temos. Um programa político eleito pelas pessoas transforma-se em vontade popular. Essa vontade popular não tem limites, tem aqueles que quiser impôr a si mesma. Muito menos é limitada por uma organização cujos princípios, adesões, tratados, etc. não foram sujeitos a sufrágio. Antes que alguém venha a fazer comparações parvas com o Governo português, cá a legitimidade do Governo foi embora quando precisamente não cumpriram o programa, quando sistematicamente as suas políticas são declaradas inconstitucionais, e como não fossem suficientes as sondagens, toda a ampla mobilização social transversal mostra que este Governo não governa consoante a vontade popular. O que se tem passado com a Grécia é horrendo. Como é que um núcleo pequeno de pessoas se sente no poder de dizer a milhões de pessoas como se devem governar. Achar que a pretexto da dívida é legítimo impôr a política sobre um povo, é o mesmo que achar que a Máfia está desresponsabilizada das extorsões porque foi a outra parte a recorrer a ela.



O programa político é importantíssimo e faz todo o sentido que seja cumprido. Essa vontade popular é direcionada para determinado partidotambém pela forma como x partido pretende governar no seu mandato. Juridicamente é claro que a legitimidade não é afetada mas politicamente a legitimidade é posta em causa, não é bonito mentir descaradamente sobre o que se vai fazer. Isso das organizações e tudo o mais não poderem influenciar a Democracia é verdade, mas os gregos decidiram livremente entrar na UE, Euro votando massivamente em partidos que tinham esse programa. Mais, a vontade popular dos gregos é permanecer no Euro e para estar no Euro é preciso cumprir determinadas regras.

50 Sombras de Osmo Escreveu:

http://www.publico.pt/politica/noticia/portugal-devia-estar-a-preparar-ha-muito-tempo-uma-saida-ordenada-do-euro-1686942

O Miguel Tiago coloca, não sendo propriamente novidade, coisas interessantes sobre a reflexão do PCP na questão europeia e da economia nacional.

"Acha que essa é a solução para os problemas do país?[saída do euro]

A renegociação da dívida e a saída ordenada do euro e, eventualmente, a alteração do nosso posicionamento face à União não são soluções, são instrumentos. Podem vir a demonstrar-se necessários. São passos que podem vir a ter de ser dados, mas a solução é outra. É o controlo das alavancas da economia, é a garantia de direitos na Saúde e na Educação e uma qualidade de vida, acabar com o desemprego, o controlo da banca. Isso é que são as soluções. A saída do euro não é, para os comunistas, um sinal de vitória. Pode é ser um instrumento, e teria de ser negociada. O povo português não pode sentir-se limitado perante escolhas futuras."


Já percebi porque desvalorizas tanto os programas eleitorais, é mesmo porque o PCP não faz a mínima ideia do que diz que quer fazer.
Okay então é assim, os comunistas defendem a saída do euro para tomar conta de tudo o que o osmo referiu, vamos lá ver no que isso ia dar: Saída ordenada do euro=preparação=tempo para os capitais todos saírem dos bancos=falta de liquidez=colapso dos bancos=colapso de todo o setor que depende dos bancos. Aliás para isto acontecer nem era necessário que o PCP assumisse o poder, bastava estarem lá próximo, vê-se bem o que está a acontecer com o Syriza que é um partido bem mais moderado que o PCP e só em janeiro saíram da Grécia 14 mil milhões e creio que mais ainda em Fevereiro. Adiante, saída do Euro -->desvalorização da moeda-->valor da riqueza nacional desvalorizava-se e rácio da dívida(agora em escudos)/produto aumentava significativamente e passávamos a ter uma dívida de mais de 200% e não só do Estado como das empresas e a fantasia comunista acabava aqui, se chegasse a tanto. Mesmo que não houvesse saída do euro, as nacionalizações que o PCP ia fazer(da banca, outros setores da economia) levavam o País imediatamente para a bancarrota, ou melhor, nem chegavam a ser realizadas porque não haveria dinheiro disponível, ninguém ia emprestar dinheiro a um País que quer aumentar brutalmente os gastos e não pagar parte da dívida... Pegando nesta ideia, Não pagar parte da dívida=aumento brutal das taxas de juro sobre o Estado e empresas=impossível de realizar todas aquelas nacionalizações e aumento de gastos em todos aqueles setores que o PC quer.
Em última análise, o projeto comunista só ia trazer mais miséria, desemprego e pobreza ás pessoas. Podem ter existido cortes na educação, Segurança social, SNS mas ainda funcionam minimamente, com o PCP no poder deixava de haver dinheiro para sustentar tudo isto. Isto é que não é nada sensual.
A URSS já caiu, este tipo de programas só faziam sentido com um gigante como a URSS a apoiar.

xanuh Escreveu:
O Syriza tem todo um mandato para cumprir as promessas que fez. Ninguém exige que o façam em 2 ou 3 meses. Por agora pelo menos já congelaram todas as privatizações quem estavam em curso, já é alguma coisa.


Pelo contrário, a Grécia na carta enviada ao Eurogrupo esta manhã comprometeu-se a não congelar as privatizações :P

untal Escreveu:
Anyway, falou-se cedo de mais. As medidas do Programa de Salónica foram enviadas ao Eurogrupo. A reforma baseia-se no apoio às classes mais precárias e ao combate à corrupção e evasão fiscal. Parece-me bem. Duvido é que seja aceite.


A mim parece-me um excelente programa, pena que só dure 4 meses(de qualquer forma acho que se for bem sucedido vão estendê-lo pelo menos mais um ano).
De qualquer forma, este não é o programa de salónica, grande parte das bandeiras do programa eleitoral no Syriza não vão ser cumpridas. O programa de salónica fala em readmissão dos funcionários públicos e restauração do dos salários, o acordo com o eurogrupo não fala em readmissão de funcionários públicos, e compromete-se a rever as tabelas salariais associando parte do salário á produtividade. O programa de salónica falava em aumento dos gastos públicos, o acordo compromete-se a controlar os gastos, o programa de salónica falava em cortes na dívida, o acordo não refere nada em relação á dívida e não vai existir perdão nenhum, o Syriza comprometeu-se a suspender privatizações, o acordo refere que não vai suspender o que inclui provavelmente a do porto do pireu que deve ser totalmente privatizado. O acordo inclui ainda redução dos incentivos para as reformas antecipadas, mais flexibilidade nos contratos coletivos, os subsídios não vão ser repostos.

btw, o programa foi imediatamente aceite e até elogiado pelo eurogrupo

Mais uma vez, o que o Syriza conseguiu é bom e sensato e estão no bom caminho, mas só estão porque se moderaram bastante e cederam em inúmeras coisas que referi e que estão no acordo. Não se exige que os partidos cumpram 100% de tudo o que prometeram, muito menos imeditamente. Acho é que é exigível aos partidos prometerem coisas sensatas e moderadas que saibam que podem alcançar, de modo nenhum o Syriza podia/pode concretizar grande parte das bandeiras com as quais ganhou as eleições. É financeiramente impossível!
Da mesma forma que o BE e o PCP não podem concretizar aquilo a que se propõem sem aumentar ainda mais a miséria e pobreza. Esta é uma boa altura para estes partidos reverem as suas posições, porque não se pode ter uma discussão séria e realista sobre a dívida se ainda existem partidos que propõem auditorias cidadãs e não pagamentos de parte da dívida.

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 23:10 
O QUEEE? FORA DE JOGO CARALHO!
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http://www.record.xl.pt/Futebol/Naciona ... _id=933049

Comunistas de oops, podem chorar.

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 23:35 
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A isenção ao Benfica não vai ser concretizada(e bem)

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 24 Fev 2015, 23:55 
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Essa e a dos carros de 99.... Se vivesse em Lisboa não votava Costa nas próximas autárquicas. 8-[

Edit: Esta piada vai amanhã à FEP falar sobre o BES, pena que acho que não vou ter tempo para ir lá ouvir e participar num espetáculo excelente de stand-up gratuito. :cry:

http://expresso.sapo.pt/-acoes-de-passos-coelho-no-bes-podem-valer-milhoesa-portugal=f883534
http://expresso.sapo.pt/ps-um-bes-assado-com-arroz-do-mesmo=f879847?_=1424518276109

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 25 Fev 2015, 13:49 
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Nabo, ser fixe é ser do Syriza ou do Podemos? LOL! Tens razão quando falas que estas situações geram aproveitamentos, mas isso são os Beppe Grillo e Marinho Pinto da vida, ou as máquinas dos bipartidarismo a "renovarem-se" através de primárias e outras patetices. Agora, ser do Syriza ou do Podemos está longe de ser fixe, nos dias de hoje, é um acto de coragem. Porque como tentei explicar acima, a visão que se cria do modo correcto de viver (no caso particular, entre os jovens) em sentido algum desafia o sistema estabelecido, pelo contrário. Já a participação e apoio por estes movimentos, com todas as limitações que tenham, é ir contra a corrente, é expôr-se à marginalização e requer coragem para se afirmarem e não baixarem a guarda.

Adiante, Ascom, a primeira frase é um monte de asneiras, que mantém o simplismo bacoco de análise que já tinhas referido no post anterior, que eu procurei denunciar. Luta entre dois imperialismos? Que há potências a apoiar cada lado, é uma verdade, mas isto pode resumir-se a uma luta entre dois imperialismos? Como eu disse, os rebeldes do Donbass não se alinham a Putin, não fazem no terreno o que a Rússia quer. Eles têm os seus objectivos, tácticas e estratégias independentes, que passa sobretudo por não reconhecerem o Golpe de Estado do Euromaidan. A Rússia simplesmente vê aqui algo que pode aproveitar, mas está longe de ser instigado por eles, aliás basta ver a diferença entre esta guerra civil e a questão da Crimeia. Já do outro lado, é público toda uma campanha que nasce dentro do contexto da Guerra Fria e que continua após a dissolução da URSS, com particular força na Ucrânia onde o PCU era ainda o maior partido, de destabilização e capitulação dos países de leste ao capital ocidental, que teve vários episódios como o default russo em 1998, a Guerra na Jugoslávia, o conflito com a Geórgia, a emergência do nacionalismo naquelas regiões, etc. Tudo é movido por interesses, alegar que esses interesses não têm uma moralidade a eles associada é parvo que como já disse serve os interesses de quem está do lado "certo" e que não sofre com as políticas militaristas de certos Estados.

Em relação à defesa da entrada na UE e no Euro, estás então a dizer-me que nessa altura esses partidos não mentiram descaradamente sobre o que iam fazer? Dizes tu que agora é o Syriza que mente. Que piada. Epá, primeiro, continua a não fazer sentido falar sobre Syriza e UE como se fossem adversários, quando não o são, pelo menos, na óptica do Syriza. Depois, basta analisar o caso português como se vê claramente que se criou um mito à volta da UE e do Euro, sobretudo na lógica que nos ia colocar ao lado dos alemães dos nórdicos etc., que era absolutamente falso. Uma pessoal normal obviamente que acha uma boa ideia receber tanto como um alemão, e vai na cantiga, os tratados europeus nunca foram devidamente explicados às pessoas, e quando são sujeitos a referendo, normalmente tudo o que vai no sentido de uniformizar com a UE é derrotado. A música "Portugal na CEE" dos GNR é feita precisamente no sentido de demonstrar o delírio que se criou na sociedade portuguesa acerca do europeísmo. É o mesmo que dizer que os portugueses votaram na troika nas eleições de 2011, quando os programas do PS e PSD eram diferentes daquilo que vinha no acordo da troika, mentindo e omitindo. O Syriza mente? O Governo grego quer fazer as coisas pelas quais foi eleito, está é a ser forçado por outros que não os próprios cidadãos a não fazer aquilo porque foi eleito. Está a ser chantageado por causa de políticas mentirosas de PS/PSD (desculpa, ND/PASOK, um gajo confunde) que durante décadas sempre colocaram caminhos de prosperidade que nunca se verificaram e sempre omitindo dos programas eleitorais eixos centrais das suas políticas, colocando a Grécia no caminho em que está.

Depois dizes que desvalorizo os programas eleitorais quando o meu post foi claramente a fazer do programa eleitoral vencedor uma questão de soberania popular que não pode ser descartada como se nada fosse por outros que nada tiveram a ver com esse processo. Logo aqui começas bem, até Setembro ainda és capaz de ter lugar numa circunscrição em Viseu ou assim. Depois tentas traçar um caminho linear do seguimento de uma política. Não sei o que te leva a achares um boss de previsão económica, quando até os gurus da cena não têm tido grande sucesso nisso. Mas mesmo assim, essa linearidade revela o limite de alcance das vistas que tens. Ora não sendo, como já afirmei várias vezes aqui, mega-entendedor de economia sobretudo relativo a estes mecanismos financeiros e tal, algumas coisas que são ridículas:

"Saída ordenada do euro=preparação=tempo para os capitais todos saírem dos bancos=falta de liquidez=colapso dos bancos=colapso de todo o setor que depende dos bancos". Os capitais todos? Porque raio haveria de querer uma velinha, um estudante ou na verdade a maioria da população retirar os seus capitais de um banco? Para quê? Para onde? E com que motivo? Essas saídas de capitais tendem a ser normalmente de investimentos estrangeiros, ou de empresas com grande volumes de negócios, é mau, mas não são todos os capitais que saem. Segundo isso era uma questão se o Estado não fizesse nada em relação a isso, e o PCP claramente coloca (como até vem na entrevista que meti portanto estás a escrever sem ter em conta o que a outra parte coloca na mesa o que é sempre bom sinal numa discussão) a necessidade do controlo público da banca e sucessiva nacionalização. É que nem é inédito, desde 2008 que se tem assistido em vários países do Mundo o Estado a envolver-se precisamente para evitar o colapso do sector bancário, e em Portugal já tiveste isso com o BPN e agora com o BES. Portanto essa linha de raciocínio não faz sentido, simplesmente o PCP quer ser coerente em levar isto de forma a evitar novos casos, e não intervir em situações extremas e colocando os contribuintes a pagar as falhar de um sistema nas quais accionistas e administradores não sofrem consequências pelos seus actos.

"saíram da Grécia 14 mil milhões e creio que mais ainda em Fevereiro". Porque o Governo grego não quer intervir no sistema bancário. Em 1975, para evitar que o sistema bancário fosse usado para atacar a democracia portuguesa, foi acordada a nacionalização da banca e dos seguros, e foram impostas restrições ao fluxo de capitais. Esta medida teve aprovação do PCP, MDP/CDE, PS, PPD, CDS. Era uma altura onde o recurso a instrumentos não eram tidos como dogma. Se se vir que pudesse ser necessário voltar a usar esses instrumentos, porque não?

"saída do Euro -->desvalorização da moeda-->valor da riqueza nacional desvalorizava-se e rácio da dívida(agora em escudos)/produto aumentava significativamente". Não necessariamente, para isso é que o PCP fala em preperação, precisamente para se negociar com os parceiros internacionais os moldes em que se retiraria do Euro, sobretudo na questão da convertabilidade da dívida de euros para escudos. Aliás, o PCP de qualquer modo já propõe a renegociação da dívida em montantes, juros e prazos, porque actualmente ela é insustentável. Por isso se para o devedor torna-se insustentável devolver o dinheiro, é do interesse do credor que se negocie as condições para rentabilizar o investimento que fez, ou mais que não seja, para cortar as perdas. Como tu próprio referes, isso já foi feito na Grécia com a ND, e em prazos se não me engano, também já se fez em Portugal com o PSD. Esse espantalho só surge, curiosamente, quando é a esquerda no poder.

"as nacionalizações que o PCP ia fazer(da banca, outros setores da economia) levavam o País imediatamente para a bancarrota". Porquê? Acho que nas nacionalizações que referi em 1975 o único custo foi da electricidade porque a reunião foi à noite, papel para o despacho e imprimir em Diário da República. Tomando o controlo público da banca, acaba-se com a chantagem do vou sair com o dinheiro, é que o dinheiro não se guarda debaixo dos colchões.

"Não pagar parte da dívida=aumento brutal das taxas de juro sobre o Estado e empresas=impossível de realizar todas aquelas nacionalizações e aumento de gastos em todos aqueles setores que o PC quer.". Porque é que os juros aumentariam se o risco de incumprimento diminui ao diminuir o valor da dívida? E mesmo que aumente, saindo do Euro tens medidas para contrariar isso, se for preciso, que se inflacione por momentos a economia para conseguir empregar um estímulo que consiga começar a gerar fluxos de riqueza dependentes da produção e não do crédito. É o que já foi feito em inúmeros países que caíram em default e que recuperaram após isso.

"Em última análise, o projeto comunista só ia trazer mais miséria, desemprego e pobreza ás pessoas.". Portanto a solução é contentar com a miséria, desemprego e pobreza actuais. Viva Salazar! Orgulhosamente europeus! A lição de António Costa no portugal dos 3 E's: Empreendedorismo, Europa, Emigração. A trilogia da educação nacional. Ridículo o teu discurso de que está tudo bem assim e não podia ser de outra maneira. :roll:

"A URSS já caiu, este tipo de programas só faziam sentido com um gigante como a URSS a apoiar.". Menos mal que reconheces a importância da URSS na democratização e respeito pela soberania dos povos.

Nabo, acho que o Ascom expressa bem os problemas do bipartidarismo nas sociedades ocidentais, tudo o que saia da lógica dominante é para abater, e só é realista, sensato, responsável e sei lá mais o quê, o que não muda, o que contribui para a estagnação. Esta forma de pensar se realmente fizesse sentido nas pessoas, ainda hoje andavamos a caçar e a colher frutas das árvores, porque isso da agricultura é financeiramente impossível.

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 26 Fev 2015, 00:36 
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50 Sombras de Osmo Escreveu:
"Saída ordenada do euro=preparação=tempo para os capitais todos saírem dos bancos=falta de liquidez=colapso dos bancos=colapso de todo o setor que depende dos bancos". Os capitais todos? Porque raio haveria de querer uma velinha, um estudante ou na verdade a maioria da população retirar os seus capitais de um banco? Para quê? Para onde? E com que motivo? Essas saídas de capitais tendem a ser normalmente de investimentos estrangeiros, ou de empresas com grande volumes de negócios, é mau, mas não são todos os capitais que saem. Segundo isso era uma questão se o Estado não fizesse nada em relação a isso, e o PCP claramente coloca (como até vem na entrevista que meti portanto estás a escrever sem ter em conta o que a outra parte coloca na mesa o que é sempre bom sinal numa discussão) a necessidade do controlo público da banca e sucessiva nacionalização. É que nem é inédito, desde 2008 que se tem assistido em vários países do Mundo o Estado a envolver-se precisamente para evitar o colapso do sector bancário, e em Portugal já tiveste isso com o BPN e agora com o BES. Portanto essa linha de raciocínio não faz sentido, simplesmente o PCP quer ser coerente em levar isto de forma a evitar novos casos, e não intervir em situações extremas e colocando os contribuintes a pagar as falhar de um sistema nas quais accionistas e administradores não sofrem consequências pelos seus actos.

Como Portugal até é um país em que se poupa muito... não faz mal nenhum desatar a expropriar porque é de esperar que a acumulação de capital e os investimentos que se baseiam na expectativa de que não haverá expropriações irão continuar a desenvolver-se como nada tivesse acontecido e o crescimento a seguir milagrosamente.
Queres explicar como é que sustentas um sector bancário do tamanho do nosso sem capital nacional para o sustentar e sem estar a mamar milhares de milhões diariamente do BCE?
Ou achas que ainda existiria alguém que procurasse bonds gregos se o BCE não os aceitasse nas operações de financiamento?
Também ainda acreditas no Pai Natal?

Seguindo, falas bastante necessidade do controlo público da banca e sucessiva nacionalização etc etc...
Penso que estás na hora de dizeres aqui há malta os sítios em que isso resultou é que os países que vivem no extremo oposto ao que disseste vivem com os melhores padrões de vida á face da Terra e aqueles que tu falas vivem num estado miserável.
50 Sombras de Osmo Escreveu:
"saíram da Grécia 14 mil milhões e creio que mais ainda em Fevereiro". Porque o Governo grego não quer intervir no sistema bancário. Em 1975, para evitar que o sistema bancário fosse usado para atacar a democracia portuguesa, foi acordada a nacionalização da banca e dos seguros, e foram impostas restrições ao fluxo de capitais. Esta medida teve aprovação do PCP, MDP/CDE, PS, PPD, CDS. Era uma altura onde o recurso a instrumentos não eram tidos como dogma. Se se vir que pudesse ser necessário voltar a usar esses instrumentos, porque não?

Essas intervenções foram tão boas que conseguiram trazer a proeza de trazer cá o FMI em dois anos num país atolado de reservas de divisas e ouro, definitivamente era complicado exigir um resultado melhor.
Ou será que os pseudo instrumentos socialistas só funcionam com o dinheiro de outros a cair ás pazadas cá no país?
50 Sombras de Osmo Escreveu:
"saída do Euro -->desvalorização da moeda-->valor da riqueza nacional desvalorizava-se e rácio da dívida(agora em escudos)/produto aumentava significativamente". Não necessariamente, para isso é que o PCP fala em preperação, precisamente para se negociar com os parceiros internacionais os moldes em que se retiraria do Euro, sobretudo na questão da convertabilidade da dívida de euros para escudos. Aliás, o PCP de qualquer modo já propõe a renegociação da dívida em montantes, juros e prazos, porque actualmente ela é insustentável. Por isso se para o devedor torna-se insustentável devolver o dinheiro, é do interesse do credor que se negocie as condições para rentabilizar o investimento que fez, ou mais que não seja, para cortar as perdas. Como tu próprio referes, isso já foi feito na Grécia com a ND, e em prazos se não me engano, também já se fez em Portugal com o PSD. Esse espantalho só surge, curiosamente, quando é a esquerda no poder.

Basicamente o PCP vai negociar o que não dá para negociar.
A convertibilidade da dívida é um não problema inventado porque ela será sempre paga em dólares ou euros.
O que os Portugueses fizessem com o Escudo era apenas sua responsabilidade.
E ao belo estilo marxista, o que será de esperar pelas n experiências que já se viram é que vai chegar a altura em que a esquerda patriótica vai continuar em insistir em défices sucessivos e a resolve-los imprimindo moeda até que a inflação ande pelos 2,3 ou 4 dígitos fazendo com que exista escassez generalizada e com o povo padrão de vida atrasado como é o costume.

50 Sombras de Osmo Escreveu:
"as nacionalizações que o PCP ia fazer(da banca, outros setores da economia) levavam o País imediatamente para a bancarrota". Porquê? Acho que nas nacionalizações que referi em 1975 o único custo foi da electricidade porque a reunião foi à noite, papel para o despacho e imprimir em Diário da República. Tomando o controlo público da banca, acaba-se com a chantagem do vou sair com o dinheiro, é que o dinheiro não se guarda debaixo dos colchões.

Tirando o facto da inflação dos preços andar pelos 30% nesses gloriosos tempos não vejo outro custo associado a essa selvejaria. :lol:
Já nem falo da expansão da dívida nesse período porque já vi que nessa cabeça isso não existiu.
50 Sombras de Osmo Escreveu:
"Não pagar parte da dívida=aumento brutal das taxas de juro sobre o Estado e empresas=impossível de realizar todas aquelas nacionalizações e aumento de gastos em todos aqueles setores que o PC quer.". Porque é que os juros aumentariam se o risco de incumprimento diminui ao diminuir o valor da dívida? E mesmo que aumente, saindo do Euro tens medidas para contrariar isso, se for preciso, que se inflacione por momentos a economia para conseguir empregar um estímulo que consiga começar a gerar fluxos de riqueza dependentes da produção e não do crédito. É o que já foi feito em inúmeros países que caíram em default e que recuperaram após isso.

Pois... é como no caso Argentino, sabe-se lá porque os juros actualmente até são do mais baixo que existe pelo que nos devemos fiar que essa solução milagrosa irá realmente gerar juros baixos. lol
Já nem pergunto se sabes quais são os determinantes do juro porque já deu para ver isso não interessa para nada.
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Pois essa do pequeníssimo estímulo é do tipo do conto vigário que tanto os marxistas adoram só que depois acabam com inflações animalescas e com o povo a morrer á fome mas nada disso é um problema porque é tudo gerado de boas intenções.
E definitivamente a Argentina é novamente um bom exemplo na medida em que não se deve subestimar a quantidade de cagada que o Estado é capaz de fazer numa economia. Conseguiram a proeza demolir o único período de estabilidade que a Argentina teve em 50 anos só porque achavam piada ao Che Economics e como tal tinham de voltar andar mandar défices a torto e a direito.
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O desenrolar dos acontecimentos na Argentino foi mesmo grande evidência da espectacular recuperação que tiveram... basicamente eles mandaram mais de uma década de crescimento com os porcos e 11 anos depois da crise Russa tavam na mesma.
Normalmente na economia o tempo costuma ser um bem económico bastante escasso mas pelo que já vi no mundo fantasia marxista isso não interessa para nada.
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50 Sombras de Osmo Escreveu:
"Em última análise, o projeto comunista só ia trazer mais miséria, desemprego e pobreza ás pessoas.". Portanto a solução é contentar com a miséria, desemprego e pobreza actuais. Viva Salazar! Orgulhosamente europeus! A lição de António Costa no portugal dos 3 E's: Empreendedorismo, Europa, Emigração. A trilogia da educação nacional. Ridículo o teu discurso de que está tudo bem assim e não podia ser de outra maneira. :roll:

F*ck yeah! Bora lá espalhar riqueza e prosperidade pelo povo e acabar com a miséria seguindo o Che Economics.
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Logo segundo a brilhante lógica comunista se a miséria, desemprego e pobreza actuais não chegam vamos impor mais medidas de modo a gerar ainda mais miséria, desemprego e pobreza futuras.
Parece-me legítimo se um o Grego vive mal com 700€ nada melhor que rebentar com o sistema monetário de modo a po-lo a receber 200€, só que como irão receber uns 300 mil dracmas fica tudo feliz e com sorte ainda metem um salário mínimo nos 500 mil dracmas espalhando assim prosperidade no mundo grego.


Curioso que no meio de tanto fantasia não consegui ler a parte em é que o Osmo explicava como é que iam acabar com os défices terminando assim a sua relação com os financiamentos dos mercados de capitais externos.
Ou será que o Socialismo só é fixe a viver com o dinheiro dos outros? Hum, caso a pensar. :roll:

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“No one should expect that any logical argument or any experience could ever shake the almost religious fervor of those who believe in salvation through spending and credit expansion.”


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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 26 Fev 2015, 02:09 
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Irei, mais tarde, responder ao que estás a dizer. Mas deixo a nota que é impressionante a redução que fazes da crise argentina. Em momento algum falaste na questão da paridade do peso argentino ao dólar, que em termos macroeconómicos é algo super importante para se ter uma apreciação correcta das causas da crise. E é interessante ver alguém a falar de juros, inflação, défice, etc. como se a política económica dos países fosse feita a pensar em subir ou descer esses indicadores. E como se o facto do indicador estar x ou y traduz-se necessariamente numa realidade ou outra, prosperidade ou miséria. O conforto que deve ser ter uma visão tão simples do funcionamento social.

O materialismo dialéctico, a matriz pela qual um marxista estuda a realidade, tendo um carácter objectivo, impondo regras no desenvolvimento social (aqui esta expressão nada tem a ver com prosperidade social ou whatever, é a mudança da sociedade ao longo do tempo) chegando mesmo a ser determinista, nunca faz uma avaliação de régua e esquadro ao olhar a um qualquer caso concreto, nas quais essas regras podem assumir as mais variadas expressões, que no fundo é o que dá riqueza e profundidade à diversidade humana. Como tal, vejo sempre com espanto a leviandade, seja pelo Ascom que repete um bocado o que se diz na tv ou tu que vens vomitar o "capitalismo puro", tratam os temas com doses de fatalismo e dogmatismo impressionantes, que só faria sentido num mundo absolutamente idealizado.

Mas pronto, quando tiver tempo, irei responder concretamente às tuas críticas. Só mais uma notinha, fizeste bem nalgumas coisas não teres ido muito longe na tua resposta. Dedicares muito tempo a falar sobre o PREC é só arranjares lenha para te queimares, como aliás vais ter oportunidade de descobrir.

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Nem todos os que estão dispostos a lutar pela liberdade, lutam pelo socialismo/
Mas todos os que lutam pelo socialismo, lutam pela liberdade.


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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 26 Fev 2015, 19:29 
Penta no Tour
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Registado: 27 Set 2008, 16:11
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50 Sombras de Osmo Escreveu:

Em relação à defesa da entrada na UE e no Euro, estás então a dizer-me que nessa altura esses partidos não mentiram descaradamente sobre o que iam fazer? Dizes tu que agora é o Syriza que mente. Que piada. Epá, primeiro, continua a não fazer sentido falar sobre Syriza e UE como se fossem adversários, quando não o são, pelo menos, na óptica do Syriza. Depois, basta analisar o caso português como se vê claramente que se criou um mito à volta da UE e do Euro, sobretudo na lógica que nos ia colocar ao lado dos alemães dos nórdicos etc., que era absolutamente falso. Uma pessoal normal obviamente que acha uma boa ideia receber tanto como um alemão, e vai na cantiga, os tratados europeus nunca foram devidamente explicados às pessoas, e quando são sujeitos a referendo, normalmente tudo o que vai no sentido de uniformizar com a UE é derrotado. A música "Portugal na CEE" dos GNR é feita precisamente no sentido de demonstrar o delírio que se criou na sociedade portuguesa acerca do europeísmo. É o mesmo que dizer que os portugueses votaram na troika nas eleições de 2011, quando os programas do PS e PSD eram diferentes daquilo que vinha no acordo da troika, mentindo e omitindo. O Syriza mente? O Governo grego quer fazer as coisas pelas quais foi eleito, está é a ser forçado por outros que não os próprios cidadãos a não fazer aquilo porque foi eleito. Está a ser chantageado por causa de políticas mentirosas de PS/PSD (desculpa, ND/PASOK, um gajo confunde) que durante décadas sempre colocaram caminhos de prosperidade que nunca se verificaram e sempre omitindo dos programas eleitorais eixos centrais das suas políticas, colocando a Grécia no caminho em que está.



Por a ND/PASOK ter mentido e feito porcaria ao longo dos anos, não quer dizer que o Syriza não tenha mentido também. E fizeram-no, mesmo alguns deputados do Syriza já estão desconfortáveis com a situação, houve um pelo menos(deputado ou eurodeputado não me lembro) que pediu desculpa aos eleitores por o Syriza ter oferecido uma ilusão. Era óbvio que eles não iam ter perdão de dívida, que não iam conseguir fazer, sequer, metade das coisas que estavam a propor, por isso é uma ilusão. É também por isso que o KKE vai esta sexta fazer uma manifestação anti governo, o que achas disso já agora? Quanto á questão da entrada de Portugal na UE, concordo que as expectativas estavam demasiado altas, mas é indubitável que a entrada de Portugal na CEE(depois UE) resultou numa melhoria das condições de vida das pessoas que compensa a partilha da soberania. E acrescento que os nossos padrões de vida podiam até ser melhores, se os fundos europeus tivessem sido melhor aproveitados e não tivéssemos algumas políticas erradas ao longo do tempo. Por fim, que tem a ver neste momento o ND/PASOK com as negociações do Syriza? Estás a insinuar que o Syriza não conseguiu x porque o estes dois partidos ao longo dos fizeram as política que fizeram? Digo mais, se o ND/PASOK não tivessem as políticas que tiveram, não seria preciso resgate, mas a questão aqui é que o Syriza sabia como todos nós as condições do País, toda a dependência exterior da Grécia e sabia perfeitamente que nunca iria ter perdão de dívida e não era possível ter a política que eles prometeram. Mais do que tudo, o PCP, o Bloco e o podemos, sabendo do que está a acontecer têm o dever de corrigir as políticas que propõem com esta experiência do Syriza, é uma questão de honestidade intelectual.

50 Sombras de Osmo Escreveu:

Depois dizes que desvalorizo os programas eleitorais quando o meu post foi claramente a fazer do programa eleitoral vencedor uma questão de soberania popular que não pode ser descartada como se nada fosse por outros que nada tiveram a ver com esse processo. Logo aqui começas bem, até Setembro ainda és capaz de ter lugar numa circunscrição em Viseu ou assim. Depois tentas traçar um caminho linear do seguimento de uma política. Não sei o que te leva a achares um boss de previsão económica, quando até os gurus da cena não têm tido grande sucesso nisso. Mas mesmo assim, essa linearidade revela o limite de alcance das vistas que tens. Ora não sendo, como já afirmei várias vezes aqui, mega-entendedor de economia sobretudo relativo a estes mecanismos financeiros e tal, algumas coisas que são ridículas:



Eu não sou um mega entendedor de economia nem boss de previsão económica, de todo. No entanto, o que referi são nexos causais simples e básicos que acontecem se aplicadas determinadas políticas, e mais, são coisas que aconteceram/estão a acontecer com o Syriza, não é preciso prever o futuro, basta olhar para o presente.

50 Sombras de Osmo Escreveu:

"Saída ordenada do euro=preparação=tempo para os capitais todos saírem dos bancos=falta de liquidez=colapso dos bancos=colapso de todo o setor que depende dos bancos". Os capitais todos? Porque raio haveria de querer uma velinha, um estudante ou na verdade a maioria da população retirar os seus capitais de um banco? Para quê? Para onde? E com que motivo? Essas saídas de capitais tendem a ser normalmente de investimentos estrangeiros, ou de empresas com grande volumes de negócios, é mau, mas não são todos os capitais que saem. Segundo isso era uma questão se o Estado não fizesse nada em relação a isso, e o PCP claramente coloca (como até vem na entrevista que meti portanto estás a escrever sem ter em conta o que a outra parte coloca na mesa o que é sempre bom sinal numa discussão) a necessidade do controlo público da banca e sucessiva nacionalização. É que nem é inédito, desde 2008 que se tem assistido em vários países do Mundo o Estado a envolver-se precisamente para evitar o colapso do sector bancário, e em Portugal já tiveste isso com o BPN e agora com o BES. Portanto essa linha de raciocínio não faz sentido, simplesmente o PCP quer ser coerente em levar isto de forma a evitar novos casos, e não intervir em situações extremas e colocando os contribuintes a pagar as falhar de um sistema nas quais accionistas e administradores não sofrem consequências pelos seus actos.



Os capitais todos não, mas os capitais suficientes para provocar uma crise de liquidez. Porque raio haveriam de querer essas pessoas tirar o dinheiro de Portugal? Porque o valor da sua riqueza diminuiu se o dinheiro delas se mantiver em escudos. É um exercício simples e bastante simples de fazer, entre manter o valor da minha riqueza em euros deslocando o meu capital, ou mantendo o meu dinheiro onde está, e sofrer uma grande desvalorização. Qualquer dessas pessoas que tenha algum dinheiro(não precisam de ser milionários) podem fazer isso. E lá está, é algo que está a acontecer na Grécia! o dinheiro tirado dos bancos entre janeiro e fevereiro foi suficiente para deixar os bancos a tremer, foi o suficiente para fazer com que o governo grego cedesse em tanta coisa. Quanto ás nacionalizações, não! Não é de todo assim, os Estados, por vezes, intervém em Bancos que estão em risco de colapso durante um determinado período de tempo, a proposta do PCP é tomar o controlo da banca permanentemente. São coisas diferentes


50 Sombras de Osmo Escreveu:

"saída do Euro -->desvalorização da moeda-->valor da riqueza nacional desvalorizava-se e rácio da dívida(agora em escudos)/produto aumentava significativamente". Não necessariamente, para isso é que o PCP fala em preperação, precisamente para se negociar com os parceiros internacionais os moldes em que se retiraria do Euro, sobretudo na questão da convertabilidade da dívida de euros para escudos. Aliás, o PCP de qualquer modo já propõe a renegociação da dívida em montantes, juros e prazos, porque actualmente ela é insustentável. Por isso se para o devedor torna-se insustentável devolver o dinheiro, é do interesse do credor que se negocie as condições para rentabilizar o investimento que fez, ou mais que não seja, para cortar as perdas. Como tu próprio referes, isso já foi feito na Grécia com a ND, e em prazos se não me engano, também já se fez em Portugal com o PSD. Esse espantalho só surge, curiosamente, quando é a esquerda no poder.



E olharmos para a realidade? Não é preciso fazer previsões, só é preciso ser pragmático! Achas que o Syriza não tentou negociar tudo isso? Simplesmente não há abertura para isso, nem sequer para negociar obrigações perpétuas ou obrigações indexadas ao crescimento. Na óptica do credor, a dívida continua a ser pagável. Quanto á insustentabilidade da dívida, porque é que é insustentável? O Sócrates uma vez disse uma coisa que é inteiramente verdade e se aprende em Finanças Públicas, ''as dívidas não se pagam, gerem-se''. As dívidas não têm de ser perdoadas em montantes para que sejam pagas, por exemplo, quando chegar á altura do pagamento, pode-se renovar parte dessa dívida com mais dívida, é normalíssimo acontecer não só com estados como com empresas, daí ser importante ter taxas de juro baixas para que a dívida contraída tenha menos encargos e assim seja mais fácil a sua gestão. De qualquer forma, existem imensos mecanismos para uma Gestão Normal da dívida pública entre as quais amortizações antecipadas, recompras, reciclagem da dívida(pagar dívida cara com dívida barata) e outras instrumentos. Isto quer dizer que vamos ficar com dívida para sempre? Não necessariamente, eventualmente pagamo-la, porque se for bem gerida a dívida vai diminuindo. Isto aconteceu com a Suécia, embora não tivesse uma dívida tão elevada nem problemas tão graves como os nossos, também teve um problema de dívida que chegou a 73% e agora situa-se nos 40 e já foi mais baixa. Relativamente ao perdão de dívida grego, três notas: Foi um perdão de dívida que estava na mão de privados(pessoas como tu e eu que tinham dinheiro investido em dívida grega) e isso é mais fácil de fazer do que negociar isso com Estados que atualmente detém praticamente toda a dívida grega, de qualquer forma, as taxas de juro não baixaram significativamente e sobretudo a dívida pública grega aumentou consideravelmente depois para níveis semelhantes aos do perdão, porque se não existir estabilidade orçamental não vale de nada renegociar em montantes, juros e prazos porque a dívida vai aumentar toda novamente com a agravante de a taxa de juro ser mais alta.

50 Sombras de Osmo Escreveu:

"as nacionalizações que o PCP ia fazer(da banca, outros setores da economia) levavam o País imediatamente para a bancarrota". Porquê? Acho que nas nacionalizações que referi em 1975 o único custo foi da electricidade porque a reunião foi à noite, papel para o despacho e imprimir em Diário da República. Tomando o controlo público da banca, acaba-se com a chantagem do vou sair com o dinheiro, é que o dinheiro não se guarda debaixo dos colchões.



Já demonstrei que mesmo antes do PCP chegar ao poder o dinheiro ia voar dos bancos, provocando senão uma crise de liquidez, um prejuízo avassalador nos bancos e, com isso, ias ter custos para além dos da eletricidade. De qualquer forma, se fosses com essa ideia avante, deixavas de ter investimento estrangeiro em Portugal(quem iria querer investir num País, cujo governo pode nacionalizar as empresas a todo o momento?) e isso é absolutamente necessário para recuperarmos. Anyway, mais uma vez pensas como se tivesses em 75, se calhar nessa altura a URSS supria esses investimentos e ajudava o País, agora não existe nada disso.

50 Sombras de Osmo Escreveu:

"Não pagar parte da dívida=aumento brutal das taxas de juro sobre o Estado e empresas=impossível de realizar todas aquelas nacionalizações e aumento de gastos em todos aqueles setores que o PC quer.". Porque é que os juros aumentariam se o risco de incumprimento diminui ao diminuir o valor da dívida? E mesmo que aumente, saindo do Euro tens medidas para contrariar isso, se for preciso, que se inflacione por momentos a economia para conseguir empregar um estímulo que consiga começar a gerar fluxos de riqueza dependentes da produção e não do crédito. É o que já foi feito em inúmeros países que caíram em default e que recuperaram após isso.



Mais uma vez isto é algo que está a acontecer, o credor não quer ter perdas nenhumas e tu apareces e dizes que, apesar de estar a ser tudo pago, não vão pagar tudo o que estava combinado, achas que a confiança(taxas de juro) no País sobem ou descem? Achas que alguém que não seja louco vai investir num pais que não pagou a totalidade do que lhe emprestaram anteriormente? Quanto á questão da inflação, eu acho que inflação nos dois ou três dígitos como acontece em alguns países seja alguma base sustentável para o crescimento, acho mesmo que prejudica os mais pobres.

50 Sombras de Osmo Escreveu:

"Em última análise, o projeto comunista só ia trazer mais miséria, desemprego e pobreza ás pessoas.". Portanto a solução é contentar com a miséria, desemprego e pobreza actuais. Viva Salazar! Orgulhosamente europeus! A lição de António Costa no portugal dos 3 E's: Empreendedorismo, Europa, Emigração. A trilogia da educação nacional. Ridículo o teu discurso de que está tudo bem assim e não podia ser de outra maneira. :roll:



Onde disse que a solução é contentar com a atual situação? Simplesmente a solução não é algo drástico como propões, essa solução, como já demonstrei ia tornar-nos ainda mais pobres, tornar-nos numa Venezuela sem petróleo ou numa Albânia ocidental, eu não quero isso.

"
50 Sombras de Osmo Escreveu:

Nabo, acho que o Ascom expressa bem os problemas do bipartidarismo nas sociedades ocidentais, tudo o que saia da lógica dominante é para abater, e só é realista, sensato, responsável e sei lá mais o quê, o que não muda, o que contribui para a estagnação. Esta forma de pensar se realmente fizesse sentido nas pessoas, ainda hoje andavamos a caçar e a colher frutas das árvores, porque isso da agricultura é financeiramente impossível.



É importante ser realista e ter os pés na terra e não pensar como em 75. É preferível isso do que oferecer ás pessoas ilusões e coisas que nunca vão ter como o PCP faz.
Btw, eu se repetisse o que visse na tv, diria por exemplo que os gregos cederam em toda a linha e que este é um programa de austeridade igual ao de Portugal, não digo isso. A cena é que eu sinto-me á vontade para quando o meu partido ou juventude partidária faz asneiras dizer o que penso e que o que fazem sobre determinado assunto é uma tolice, até me dá um certo gozo ter essa independência e liberdade, agora não vou ter posições que são completamente afastadas do centro/centro esquerda que é onde me situo. Mas agora uma questão, e tu, não reproduzes aqui o que ouves do comité?

Para finalizar, ''sem dinheiro não há palhaços'', por dinheiro entenda-se taxas de juro baixas para se ter dinheiro barato e divida controlada e estável e por palhaços entenda-se Sistema Nacional de Saúde, Educação pública de qualidade, Estado Social etc.. Se se quer ter uma política de esquerda ou até social liberal real, com resultados efetivos ,ou seja, progresso social, menos desigualdade, menos pobreza de uma forma durável, é preciso ter em conta esta ideia.

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 26 Fev 2015, 22:12 
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50 Sombras de Osmo Escreveu:
Irei, mais tarde, responder ao que estás a dizer. Mas deixo a nota que é impressionante a redução que fazes da crise argentina. Em momento algum falaste na questão da paridade do peso argentino ao dólar, que em termos macroeconómicos é algo super importante para se ter uma apreciação correcta das causas da crise. E é interessante ver alguém a falar de juros, inflação, défice, etc. como se a política económica dos países fosse feita a pensar em subir ou descer esses indicadores. E como se o facto do indicador estar x ou y traduz-se necessariamente numa realidade ou outra, prosperidade ou miséria. O conforto que deve ser ter uma visão tão simples do funcionamento social.

Pensas mesmo que é por dizeres umas cenas genéricas que explicas o que quer seja?
A Argentina estava em regime de Currency Board que a seguir ao padrão ouro deve ser o melhor sistema já criado só como é óbvio para os psicopatas marxistas isso não servia porque o Socialismo é fixolas a roubar os do lado e a tentação para o fazer numa época de estabilidade foi demasiada, entendo o teu problema perfeitamente.

Ou seja o facto de teres juros de 20% e inflação a 60% isso pouco tem a ver com a realidade porque a realidade marxista é aquela em as pessoas vivem num mundo com unicórnios e em que relações de causa-efeito são coisa que não interessa.
E sim, caso não saibas seja em Portugal,Etiópia ou Singapura uma inflação a dois dígitos é mais do que indicador de que está no poder um governo psicopata que não se importa de ver o povo passar mal só para continuar a endividar-se.

Novamente continuas a atirar para as discussões o típicos jargões do tipo funcionamento social em que serve como justificativas para meter povos a morrer á fome só porque as intenções são bonitas só que relação com a realidade é que nem vê-la.

btw, continuas sem explicares um caso de desenvolvimento económico graças aos balelas que insistes em atirar para aqui mas isso é insignificante porque o bom é o funcionamento social.

50 Sombras de Osmo Escreveu:
Mas pronto, quando tiver tempo, irei responder concretamente às tuas críticas. Só mais uma notinha, fizeste bem nalgumas coisas não teres ido muito longe na tua resposta. Dedicares muito tempo a falar sobre o PREC é só arranjares lenha para te queimares, como aliás vais ter oportunidade de descobrir.

Certamente que não me verás falar de algo que não sei coisa ao contrário de ti porque aparentemente insistes numa teoria morta e refutada há mais de 100 anos.

Ascom Escreveu:
Quanto á questão da inflação, eu acho que inflação nos dois ou três dígitos como acontece em alguns países seja alguma base sustentável para o crescimento, acho mesmo que prejudica os mais pobres.

Isso não é verdade, expansões monetárias(inflação) que geram crescimento devido á expansão das estruturas de produção nos sectores ligados ao créditos barato mais tarde ou mais cedo irão ver bolhas a rebentar nesses sectores e com isso a meterem marcha atrás como é costume basta olhar para as depressões de 1920 e 1929, episódios como os crash do DotCom e nos mercados asiáticos ou até o exemplo do credit crunch de 08 e o que está para vir.
Uma economia que cresce com essa inflação está a crescer sob bases ilusórias que mais tarde ou mais cedo irão desabar.

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 26 Fev 2015, 23:40 
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Registado: 27 Set 2008, 16:11
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Eu enganei-me Hugo, eu quis dizer ''não seja''. esqueci-me do não. não fazia sentido estar a criticar o quote concordando com o que foi escrito lá :P

My bad

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 Assunto da Mensagem: Re: Politiquices
MensagemEnviado: 03 Mar 2015, 13:34 
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http://economico.sapo.pt/noticias/a-ministra-que-se-demitiu-na-suecia-por-nao-ter-pago-a-taxa-da-tv_213116.html

A sorte do Costa é que o Passos parece imbatível na derrota. :-k

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